Papa Francisco pede que o clero não busque apoio dos poderosos

?????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????Na cerimônia de entrega do pálio aos 24 novos arcebispos metropolitanos, durante missa na Basílica de São Pedro, o papa Francisco voltou a pedir aos padres e bispos que não busquem o apoio daqueles que têm o poder. O Pontífice afirmou que o clero não “deve perder  tempo com questões ou intrigas inúteis”, mas deve dar atenção especial ao essencial, “seguindo o exemplo de Cristo, apesar das dificuldades”.

“Que refúgio nós procuramos na nossa vida pastoral, para estarmos a salvo? O verdadeiro refúgio é a confiança em Deus: ela remove todos os medos e nos torna livres da escravidão e das tentações mundanas”, disse o papa.

Entre os 24 novos arcebispos que receberam o pálio, cinco são da África, seis da Ásia, sete da Europa e seis das Américas, incluindo o brasileiro Dom José Luiz Majella Delgado, arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, em Minas Gerais.

O papa também fez um apelo aos líderes iraquianos para que façam de tudo para “preservar a unidade nacional e evitar a guerra”. Francisco apoiou um pedido feito pelos bispos do Iraque para a formação de um governo de unidade nacional, com o objetivo de evitar um êxodo contínuo de cristãos. “Uno-me aos bispos do país em seu apelo aos governantes para que, por meio do diálogo, preservem a unidade nacional e evitem a guerra”, afirmou.

E em entrevista ao jornal Il Messaggero, publicada neste domingo, Francisco voltou a denunciar o flagelo da corrupção. “É difícil manter-se honesto na política. Às vezes é como se algumas pessoas fossem atraídas por um fenômeno endêmico, em vários níveis. O problema é que a política está desacreditada, devastada pela corrupção. Infelizmente, corrupção é um fenômeno global. Há até chefes de estado que estão na prisão”, disse.

Segundo o papa, “vivemos em uma época de mudança”, que “alimenta a decadência moral, não só na política, mas também na esfera financeira ou social”.

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