Não foi por unanimidade pelo voto contrário do vereador Paulo Vitor, suplente no exercício do cargo de vereador e que ocupa o cargo há mais de um ano, mas os demais 23 vereadores presentes em plenário aprovaram o Projeto de Lei das Emendas Parlamentares Impositivas em segunda e definitiva votação. Ela chegou a ser aprovada em primeira votação o ano passado e não foi para a segunda, devido um acordo proposto pela mesa diretora do legislativo municipal, em que os vereadores aprovariam o Orçamento Municipal de 2018 e no inicio da presente legislatura o Projeto de Lei das Emendas Impositivas voltaria para a segunda e última votação.
Como eram sempre criadas dificuldades para a votação do Projeto de Lei e o Executivo sempre desrespeitando requerimentos de vereadores, acreditando que o parlamento municipal era seu instrumento de manipulação, um grupo de vereadores decidiu ir para o confronto da bancada do prefeito. Infelizmente não foi preciso, a base está dispersa e parece que a maioria não acredita mais no prefeito Edivaldo Holanda Júnior, uma vez que o líder do governo Pavão Filho não compareceu para não participar da derrota e coube ao vereador Paul Vitor, tentar evitar a votação com pedido de vista, mas foi atropelado e imediatamente houve a votação e o Projeto de Lei de origem do Legislativo Municipal foi aprovado.
O vereador Cézar Bombeiro comemorou a aprovação, dizendo que o parlamento municipal estava recuperando a sua independência do Poder Executivo e não pode mais ser marionete da Prefeitura de São Luís, principalmente neste momento em que ela está recheada de denúncias de corrupção e se constituindo como uma das piores administrações dos últimos dez anos. O próximo debate previsto para inflamações na Câmara Municipal é sobre o Orçamento Municipal para 2019, que apesar de já ter chegado a Câmara Municipal ainda não foi distribuído para os vereadores, mas que deve ser cobrado na próxima semana.
Depois do encerramento da sessão, alguns vereadores disseram que o prefeito precisa ter respeito pelo legislativo municipal e diante dessa postura autoritária, ele deve enfrentar dificuldades para aprovar projetos sem discussões e mais precisamente das finalidades de cada um. Outro fator determinante está no respeito aos requerimentos dos vereadores, quase todos voltados para interesses coletivos, que são ignorados pelos Secretários Municipais, e quando muito atendem apenas os vereadores do grupo restrito do prefeito.