Justiça condena o Governo do Estado a nomear equipe da policia civil para Alto Parnaíba

A juíza Elaile Silva Carvalho proferiu sentença que condena o Estado do Maranhão a proceder à lotação de uma equipe de policiais civis na Delegacia de Polícia de Alto Parnaíba. Conforme a Justiça, a equipe deverá ser formada por, no mínimo, um Delegado de Polícia, um Escrivão e quatro Investigadores. Para o cumprimento da sentença o Estado terá o prazo de um ano, sobe pena de pagar multa diária no valor de R$ 10 mil. A juíza, que é titular da 1ª Vara de Balsas e responde por Alto Parnaíba, atendeu ao pedido do Ministério Público, levando em consideração que a segurança pública é direito fundamental do cidadão e que o Estado vem se omitindo com relação ao seu dever constitucional de fornecê-la de forma adequada e eficiente aos moradores de Alto Parnaíba.

O pedido, deferido anteriormente de forma antecipada, é resultado de Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Estado em desfavor do Estado do Maranhão. Relata o MP que o quadro de servidores da Delegacia da comarca de Alto Parnaíba encontra-se defasado, contando apenas com um escrivão e um investigador de polícia. Por essa razão, entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão, buscando a resolução do suposto problema pela via administrativa. Entretanto, o Estado informou a insuficiência de servidores para atender à necessidade de reforço da Polícia Civil na localidade.

Com a abertura de concurso para as vagas de Delegado, Escrivão e Investigador de Polícia Civil, e homologação do concurso do ano de 2019, a parte autora alegou que as esperanças renovadas, haja vista que o quadro ganharia novos policiais. “Entretanto, ao entrar em contato a Secretaria de Segurança Pública do Estado, recebeu a informação que a nomeação dos aprovados em concurso público é ato de gestão do Chefe do Executivo e que o prazo de validade do concurso é até o dia 07 de janeiro de 2023, podendo haver nomeação para os cargos vagos na Delegacia de Alto Parnaíba até essa data”, discorre a sentença.

O autor destaca que, geralmente, os Delegados que respondem pela Delegacia de Polícia Civil da cidade de Alto Parnaíba impõem aos policiais a necessidade de deslocar o preso à Comarca de Balsas, distante cerca de 200 km. Para o MP, “isso se constitui em verdadeira vergonha para o Estado do Maranhão, dada a inexistência de condições mínimas de trafegabilidade, o que agrava a questão da segurança pública naquele município, pois deixa a cidade sem um número adequado de policiais, além de a viagem até a cidade de Balsas ser perigosa, devido às péssimas condições da estrada e o tempo que levam para se deslocarem até lá”. A ação ressalta que o diálogo com a Administração Pública Estadual levou cerca de 08 (oito) anos.

DIREITO À SEGURANÇA – “Dessa forma, a existência de um direito e de um dever geral de segurança na Constituição de 1988, conduz, por meio de um raciocínio interpretativo, a um direito fundamental à segurança pública. A partir de artigo da própria constituição, a segurança é consagrada como dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, condicionando e legitimando a atuação e a própria existência do Estado, além de impor a ele que não apenas se abstenha de intervenções indevidas na esfera desse direito, mas também que adote medidas com a finalidade de protegê-lo e de removê-lo (…) Sendo a segurança pública fator primordial de preservação da sociedade, não pode o Estado esquivar-se de sua responsabilidade, que é promover a paz social, tanto em atividades de prevenção, como de repressão da desordem e criminalidade”, fundamenta a juíza na sentença.

A magistrada observa que a situação de Alto Parnaíba, cidade localizada ao extremo sul do Maranhão que tem aproximadamente 12 mil habitantes, é tão grave que até a estrada que liga esse município à cidade de Balsas está em péssimas condições, com muitos trechos sem asfalto e muitos buracos, que fazem com que um percurso de cerca de 200Km seja feito em mais ou menos 05 (cinco) horas de viagem. “Fato esse que, chega a colocar os motoristas, passageiros e transeuntes em extremo perigo de vida e saúde, acontecendo o mesmo com os policiais que tem que levar o preso até a Delegacia de Polícia de Balsas, situação essa inconcebível (…) A ausência de um funcionamento adequado e eficiente da Delegacia de Polícia Civil da cidade de Alto Parnaíba compromete até o trabalho do Ministério Público e Poder Judiciário que necessitam dos trabalhos da Polícia Civil para complementação de suas atividades. A melhoria da segurança pública na cidade é uma exigência da população. Diante dessa situação, comprovada a inércia injustificada da Administração Pública, faz-se necessária a intervenção afirmativa do Poder Judiciário”, enfatiza Elaile Carvalho.

“Sendo assim, entendo que o pedido é razoável e compatível com a realidade do Município de Alto Parnaíba, local de difícil acesso, localizada no extremo sul do Estado do Maranhão e com péssima estrada que liga as cidades de Balsas, polo Regional, a ela, o que aumenta a insegurança da cidade de Alto Parnaíba, e que necessita de efetivo de polícia judiciária compatível com a sua população. Não se mostra razoável, tampouco proporcional, que um Município com, aproximadamente 12.000 (doze mil) habitantes, tenha sua segurança reduzida a um escrivão ‘ad hoc’e um investigador de polícia, o que existe é uma escolha drástica e que requerer uma imposição de sofrimento da população de Alto Parnaíba ou de quem transita por ali e tem que suportar a omissão, falhas e serviços ineficientes da Polícia Civil daquele município, já tão isolado”, finalizou a magistrada.

Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão

 

CAEMA é condenada pela justiça a indenizar consumidor de São Pedro da Água Branca

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão – CAEMA – terá que indenizar um consumidor em São Pedro da Água Branca no valor de R$ 8 mil. O motivo foi a falha na prestação de serviços por parte de concessionária, deixando o autor da ação sem abastecimento de água pelo período de quase dez dias, sem aviso prévio e sem justificativa. Na ação, o consumidor relata que a companhia, há muito tempo, não vem fornecendo um serviço de qualidade aos consumidores do município de São Pedro da Água Branca, sendo constante a falta de fornecimento de água, fato este de conhecimento de toda a sociedade. Essa falha na prestação de serviço, inclusive, já motivou a propositura de Ação Civil Pública por parte do Ministério Público Estadual.

Na ação, o autor sustentou que não foi a primeira vez que ele foi prejudicado com o desabastecimento de água, já tendo sido interrompido o serviço entre os dias 11 a 26 de agosto de 2015, bem como entre os dias 5 a 30 de outubro do mesmo ano. Devido a esses constantes períodos sem o fornecimento de água, ele pretendeu junto à Justiça a condenação da CAEMA ao pagamento de danos morais. Foi designada uma audiência de conciliação, porém, as partes não chegaram a um acordo. Em contestação, a CAEMA argumentou que o abastecimento de água na cidade de São Pedro da Água Branca pode ser classificado como excelente, sendo feito de forma contínua e abrangendo todos os consumidores da cidade.

A companhia ressalta, ainda, que apenas um poço sofreu oscilação na corrente elétrica em fevereiro de 2016, gerando diminuição no volume de água, mas que tal episódio só ocorreu pela oscilação na rede elétrica, de responsabilidade da CEMAR. “A discussão dos autos refere-se à aferição da legalidade ou não na falta de fornecimento de água no domicílio do requerente, o qual é consumidor da empresa, bem como, quanto ao dever de indenizar eventuais danos extrapatrimoniais oriundos desse fato. No caso dos autos, portanto, incumbia à ré provar que prestou adequadamente o serviço de água à parte autora”, destaca a sentença.

E continua: “Inicialmente, destaca-se que a relação estabelecida entre as partes é de consumo, sendo que a requerida, concessionária de serviço público essencial, responde objetivamente pelos danos decorrentes de serviços defeituosos prestados aos seus consumidores, nos termos de artigos do Código de Defesa do Consumidor e da Constituição Federal (…) Analisando o processo, caberia à requerida demonstrar que o serviço de abastecimento de água vem sendo prestado de forma eficiente e contínua a todos os consumidores de São Pedro da Água Branca, o que não o fez”.

CONFISSÃO – A sentença destaca que, conforme a própria argumentação da CAEMA, o consumidor ficou desabastecido do serviço de água no período acima, totalizando 7 (sete) dias, sendo notória a falha na prestação do serviço. “Corroborando com a confissão da requerida, observa-se que o Ministério Público Estadual ingressou com Ação Civil Pública em face da concessionária, ora ré neste processo, pelo desabastecimento ocorrido no mês de fevereiro de 2016, tendo sido deferida a antecipação de tutela, com a intenção de determinar o restabelecimento do serviço (…) Frise-se que os usuários têm direito a receber serviços públicos adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos, nos termos do art. 22 do CDC (…) Ademais, a falta de fornecimento de água constitui-se em ato abusivo da requerida, conforme determinam os dispositivos legais transcritos, configurando, assim, verdadeira afronta ao princípio da legalidade por parte do administrador público e gerando o dever de indenizar”.

E finaliza: “Com relação aos danos morais, importante aferir a presença dos elementos caracterizadores da responsabilidade civil, quais sejam: o ato ilícito (…) Neste caso, é importante ressaltar que a conduta ilícita da requerida ensejou no desabastecimento de água, sendo indubitável que a ausência de prestação de tal serviço essencial gera para os consumidores inegável situação de constrangimento, que não se confunde com o mero descontentamento (…) Desta forma, caracterizado o ato estatal causador de danos morais, impõe-se o dever de indenizar, tendo em vista que restou comprovado nos autos que o requerente ficou cerca de uma semana desprovido do serviço absolutamente essencial”.

Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão

 

O Hospital da Criança é mais uma das incompetências de Edivaldo Holanda Jr e Flavio Dino

O Hospital da Criança, localizado na avenida dos Franceses tem se constituído como uma das obras de maior engodo e irresponsabilidade do poder público para a sua conclusão. Neste inverno a unidade que funciona em caráter precário e que já deveria ter sido interditado com as chuvas que invadiram o hospital e transformaram em verdadeiro inferno o resgate de crianças doentes, acompanhantes e todo o corpo de servidores.  A justiça já poderia ter determinado a intervenção no Hospital da Criança, transferindo as crianças doentes e internadas para hospitais particulares com a total responsabilidade da prefeitura de São Luís.

Já se foram muitas e muitas tentativas para a conclusão das obras, mas como para a prefeitura de São Luís, saúde não é prioridade e até mesmo direito para a população, a incompetência e a irresponsabilidade sempre se sobrepõe aos interesses coletivos.

Acreditava-se que quando de uma audiência pública na própria unidade hospitalar em que estiveram presentes os secretários municipal e estadual de saúde, representantes dos Executivos, o Ministério Público e o juiz da Vara dos Direitos Difusos e Coletivos da Comarca de São Luís.  À época foi firmado um Termo de Ajuste de Conduta pelo qual os governos estadual e municipal através de parcerias assumiram a responsabilidade de conclusão da obra.

Tudo não passou de mais um grande engodo e o Hospital da Criança vem funcionando precariamente sem condições mínimas de atendimento para a população. São inúmeras as denuncias de falta de medicamentos e falta de leitos, levando ao improviso de crianças em corredores da unidade e em outros locais não apropriados. A enchente da semana passada acabou se constituindo em alerta sobre as obras e muita gente lembrou sobre o TAC feito com o Ministério Público com a presença do Juiz da Vara dos Direitos Difusos e Coletivos.

A verdade é que tanto o Governo do Estado e a Prefeitura de São Luís não honraram os compromissos assumidos e mais uma vez a população vem sendo penalizada. Diante do que se está vendo, necessário se tornam medidas urgentes do Ministério Público e da Vara dos Direitos Difusos e Coletivos, com vistas a que uma solução seja encontrada para o problema, o que não pode é se continuar dando uma assistência médica sem um mínimo de qualidade e totalmente deficiente as crianças de São Luís e de vários municípios do Estado. Estes recorrem ao Hospital da Criança, depois do Governo do Estado sucateou a saúde em todo o Maranhão, deixando milhares de pessoas à própria mercê da morte por falta de atendimento médico.

 

 

 

Governo Flavio Dino inicia em março descontos das novas alíquotas de contribuição ao FEPA

O SINTSEP informa aos servidores públicos estaduais que as novas alíquotas de contribuição ao Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria (Fepa), que foram alteradas pela Lei Complementar 014/2019, de autoria do Poder Executivo maranhense, entrarão em vigor a partir da folha do mês de março. Confira na tabela abaixo os índices que serão aplicados a partir da faixa salarial:

Fonte: IPREV/MA

Vale lembrar que o Estado realizou apenas a adequação das alíquotas de contribuição dos servidores após a aprovação da Reforma da Previdência em nível federal (Emenda Constitucional n°103/2019), adotando o modelo de alíquota progressiva. As regras atuais para a aposentadoria, como idade mínima e tempo de contribuição, permanecem as mesmas.

SINTSEP Imprensa

“O SINTSEP jamais se deixou levar por outros interesses que não sejam os dos servidores”

Todo trabalhador fica satisfeito e feliz quando seu salário é pago regularmente, sem atraso e sendo reajustado, no mínimo, pela taxa de inflação do período (anual). Uma coisa que deveria ser simples, automático e justo, porém tem sempre alguma pedra no meio do caminho impedindo que o fato venha a acontecer. E, geralmente, o governo procura ajustar ou equilibrar suas contas sacrificando os trabalhadores.

Como o Brasil atravessa uma crise econômica e sua economia encontra-se em recessão, com baixa taxa de crescimento, além de uma taxa de desemprego acima de 11% e subemprego em uma escala crescente, isso prejudica, também, a gestão dos Estados e Municípios, que, em alguns casos, ainda não conseguiram arcar com o pagamento do décimo terceiro salário de 2018 e 2019, bem como a folha de pagamento de meses anteriores e o atual.

Por causa dessa situação desconfortante e inquietante, muitos servidores ficam sobressaltados em pensar na possibilidade desse fato ocorrer, e ora a Deus para evitar tamanho desastre. Isso, de certa forma, nos transforma, aos poucos, em um servidor pacato, acomodado e sem vontade e disposição para reivindicar melhorias salariais junto ao Governo do Estado e pleitear uma política salarial que recupere nossas perdas salariais.

Alguns governadores, até mesmo de estados sem crise, para justificarem o congelamento de salário de seus funcionários, culpam a crise do país e arrotam que, ainda assim, estão pagando seus servidores em dia. Como se isso não fosse uma obrigação do empregador. O contrassenso dessa política salarial de arrocho, para os trabalhadores, é que os cargos da máquina pública do Estado foram loteados e distribuídos aos seus supostos aliados políticos, em troca de apoio no Parlamento.

O tempo passa e sentimos dentro de casa a diminuição do nosso poder de comprar e a escassez dos bens de consumo essencial, que permitiriam darmos uma vida digna aos nossos familiares. E, ainda assim, continuamos quietos e, de certa forma, conformados com a nossa situação, comparado aos funcionários de outros estados com salários atrasados.

Pelo que estamos acompanhando ou, ainda, se o governador não mudar sua política de congelamento de salário, tudo indica que o único reajuste ou aumento salarial que teremos no governo Flávio Dino será através das ações do SINTSEP na Justiça. Elas continuam vivas e darão fortes alegrias aos nossos filiados! Mas, entendemos que é preciso fazer a luta, para sermos respeitados como trabalhadores, cidadãos e pais de famílias. Neste sentido, estamos convocando todos os servidores públicos estaduais para um ato cívico em frente ao Palácio dos Leões, no dia 13 de março de 2020 (sexta-feira).

Por fim, continuamos firmes no propósito de representar bem os nossos filiados e o conjunto dos servidores públicos estaduais, na certeza de que sindicato é para defender os interesses dos trabalhadores, e, jamais, pode ou poderá ser chapa branca. Reforçamos que não somos contra o Governo do Estado, apenas sabemos que o nosso lado é a defesa da nossa categoria.

O SINTSEP jamais se deixou levar por outros interesses que não sejam os dos servidores, independente de qual seja o governo de plantão. Precisamos do seu apoio para fortalecer nossa luta e garantir nossos direitos e conquistas!

Cleinaldo Bil Lopes

Presidente

 

Sérgio Moro lança projeto para o povo denunciar corrupção na administração pública

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) acaba de dar a “arrancada” para mais uma grande iniciativa contra a corrupção dentro de instituições públicas.

O lançamento foi feito nesta quarta-feira, 29, e contou com as presenças dos ministros Sérgio Moro e Wagner Rosário (Controladoria Geral da União).

Trata-se de uma inovadora parceria entre o MJSP e a Câmara de Comércio Internacional (ICC, na sigla em inglês).

O evento também teve a presença de membros de algumas instituições que farão parte do projeto como: Daniel Feffer (Conselho da ICC Brasil); Tânia Consentino (Comissão de Responsabilidade Corporativa e Anticorrupção da ICC Brasil) e presidente da Microsoft Brasil; Carlo Verona, membro da Comissão de Responsabilidade Corporativa e Anticorrupção da ICC Brasil e líder do projeto sobre o canal de denúncias junto ao MJSP.

O principal intuito do projeto é no sentido de que a população denuncie os casos ilícitos praticados contra a administração pública. O ICC disponibilizará um canal para receber denúncias e as repassará diretamente para o Ministério da Justiça.

Jornal da Cidade Online

 

Estado age como se a criminalidade fosse produto de geração espontânea

Dados divulgados pelo instituto Ipsos em 2019 mostraram que a violência é o assunto que atualmente mais preocupa os brasileiros. O resultado do levantamento é compreensível: segundo a última edição do Mapa da Violência, o país registrou 65,6 mil homicídios em 2017.

Para Walfrido Warde, políticas de segurança pública “se resumem a atitudes repressivas explícitas e implícitas”

O número corresponde a 31 mortes para cada 100 mil habitantes, o que é considerado altíssimo. A OMS, por exemplo, considera como epidêmicas taxas de homicídio superiores a 10 casos a cada 100 mil habitantes.

Foi pensando na relevância desse tema que o Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) e a Trevisan Escola de Negócios resolveram organizar o evento “O Futuro da Segurança Pública no Brasil”, que ocorre no dia 30 de janeiro, das 9h às 12h30. A entrada é gratuita.

Estarão presentes o ex-ministro da Segurança Pública Raul Jungmann, a ex-presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos Eugênia Gonzaga, o presidente da Ajufe, Fernando Mendes, e os desembargadores aposentados Marco Antônio Marques e Walter Maierovitch.

Em entrevista à ConJur, o advogado e presidente da IREE, Walfrido Warde, reafirmou a importância do tema por considerar que no Brasil “as políticas públicas se estabelecem como se a criminalidade fosse produto de geração espontânea e não se remetesse a causas que devem ser atacadas”.

“As medidas de segurança pública se resumem a atitudes repressivas explícitas e implícitas. Ou seja, à capacidade de repressão policial e à concreção das penas. E, nesse aspecto, pouco se investe nos setores de inteligência policial e na qualidade das decisões, para os fins de se produzir decisões mais justas”, afirma.

Ainda de acordo com o advogado, o aumento da pobreza é um dos fenômenos que ajudam a explicar os altos índices de criminalidade.

“Hordas de crianças crescem sob a indiferença do Estado e da sociedade civil. O crime se torna, portanto, a solução mais evidente de sobrevivência, senão tudo o que conhecem, ao entrar e sair dos reformatórios, até que a morte os encontre, pela bala da polícia ou dos comparsas”, afirma.

Força Nacional
Com o objetivo de combater o crime organizado, Moro assinou em agosto de 2019 portarias que autorizam o uso da Força Nacional em cinco estados. O prazo para permanência dos militares foi prorrogado em quatro deles no início deste ano.

De acordo com a determinação, a Força Nacional seguirá atuando no Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Paraná até o dia 2 de junho.

Para Walfrido, o uso dos militares aponta para uma informação já conhecida no Brasil: a de que as forças estaduais e militares não dão conta de cumprir suas competências.

O advogado considera que isso ocorre “porque há um profundo desarranjo de contas, causado sobretudo pela recessão econômica que vivemos desde 2015 e porque uma urgentíssima reforma administrativa denuncia a inadequação do modo como as forças policiais se organizam e atuam no país”.

O advogado ressalta que é possível explorar o campo da inovação tecnológica para garantir maior segurança. “A tecnologia de reconhecimento facial já é uma realidade e provê ferramenta essencial no monitoramento de atividades criminosas. O acompanhamento de comunicações, se empregado dentro dos limites legais, é fundamental para a obtenção de inteligência”, diz.

Fonte: Consultor Jurídico

Jornalista resolve finalmente desobedecer a “Ditadura da Toga” e não atende ao STF

O jornalista Allan dos Santos, editor do site Terça Livre, não atendeu a um chamado do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em tese, cometeu “desobediência civil”, mas a ordem emanada da corte é arbitrária, absurda, ilegal e ditatorial, configurando efetivamente uma promíscua “Ditadura da Toga”, que até agora ninguém havia tido a coragem de enfrentar.

Veremos agora qual será a posição dos ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, se irão mandar prender o jornalista ou se assumirão a mais completa desmoralização.

Um texto do escritor Eduardo Matos de Alencar é preciso com relação ao caso.

Leia abaixo:

“O Allan dos Santos se negou a comparecer perante o STF num inquérito ilegal, que sequer o deixava saber se ia como réu, investigado ou testemunha.

Esse absurdo tem corrido livremente, em que pesem as críticas na opinião publica. Pessoas tem sido convocadas, retiradas de sua casa e constrangidas a depor sobre postagens em rede social e outras imbecilidades, perante uma Corte de juízes autoritários e ressentidos.

Até agora, ninguém havia cometido o ato de desobediência civil absolutamente necessário. Allan dos Santos o fez. E agora o tribunal terá de se haver com o dilema de mandar prender um jornalista com registro oficial ou ser desmoralizado na sua autoridade.

Caso opte pela primeira opção, vai dar razão de sobra para a retomada da agenda pelo impeachment de ministros togados. Um jornalista preso é caso para internacionalização, acionamento dos mecanismos de proteção de direitos na OEA e outros que estiverem à disposição.

Allan deu um presente a todos nós e um recado translúcido. Não se submetam, não aceitem, não baixem a cabeça para o julgo de autoridades ilegítimas. A liberdade vai vencer, não eles. Fim de papo.

Que se fodam Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Podem vir para cima. Não vamos mais ceder um passo.”

 Jornal da Cidade Online

Lula e Boulos são denunciados pelo Ministério Público por invasão de imóvel

O Ministério Público Federal (MPF), em São Paulo, denunciou o ex-presidente Lula e o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos pela invasão do apartamento tríplex do Guarujá, em abril de 2018. De acordo com o Ministério, os dois devem respondem por dano de propriedade. As informações são do jornal O Globo.

Segundo as informações obtidas pelo jornal, o MPF considerou falas ditas por Lula,  no início de 2018, quando teve o recurso negado e a pena aumentada para 12 anos e um mês de prisão. Em um discurso feito em São Paulo ele disse ao “pessoal do Boulos” para ocupar o triplex. “Se eles me condenaram me deem pelo menos o apartamento. Eu até já pedi para o Guilherme Boulos mandar o pessoal dele ocupar aquele apartamento. Já que é meu, ocupem”, disse Lula na época. Depois da prisão do ex-presidente, o apartamento foi ocupado por um grupo vinculado ao MTST. Atualmente, o processo do MPF corre em sigilo.

De acordo com o MPF  Lula e Boulos devem responder por dano de propriedade. Esse crime, prevê pena de seis meses a dois anos para quem “destruir ou danificar” coisa própria que está em poder de terceiro por decisão judicial.

Nas redes sociais, Guilherme Boulos comentou a ação do Ministério e a chamou de “nova farsa do triplex”.

Em outro documento, o procurador Thiago Lacerda Nobre recomenda à Justiça o desmembramento do processo e que o ex-presidente responda individualmente. “Assim, em atenção ao princípio constitucional da rápida duração do processo, e visando a imprimir celeridade no feito, posto se tratar de delito apenado com pena branda, e cujos fatos remontam a abril/2018, requer seja recebida, desde logo, a denúncia em relação a Lula, e por conseguinte, promovido o desmembramento do feito”, conclui o procurador em um trecho do documento.

Após a soltura de Lula, no ano passado, Boulos, candidato as eleições presidenciais de 2018 pelo Psol, firmou uma posição de apoio e proximidade ao ex-presidente e ao Partido dos Trabalhadores (PT). No final do ano passado, em uma postagem nas redes sociais, Boulos compartilhou uma foto com Lula seguida de um texto em que celebrava a soltura do ex-presidente.  “A libertação de Lula marca o primeiro passo para a reparação de uma injustiça e o inicio da derrota de Sergio Moro e seu bando. Foi uma vitória da esquerda brasileira, depois de duros golpes nos últimos anos “, diz trecho da postagem feita em novembro do ano passado.

Congresso em Foco

 

Como funciona a desinformação e assassinato de reputação da Globo contra o atual governo

Para quem quiser decifrar como funciona o processo de desinformação e assassinato de reputação por parte da Globo contra o atual governo, vou revelar para vocês algumas informações para que decifrem quando assistirem ao próximo Jornal Nacional:

1- Faz parte da estratégia de desinformação usar frases negativas de impacto, como: “Bolsonaro ataca,” “declaração polêmica,” “crise no governo,” etc. Reparem que essas frases são ditas com muita ênfase, e sempre vem acompanhadas da palavra Bolsonaro… Isso cria no seu imaginário, a associação negativa, com o nome Bolsonaro. Isso é para que seu subconsciente se acostume com essa associação.

2- Sempre que houver uma notícia positiva, repare que a palavra Bolsonaro é omitida, e substituída pelas palavras “governo” ou “Brasil”.

3- Quando Bolsonaro é associado inevitavelmente a algo positivo, repare que SEMPRE a matéria seguinte será desfavorável ao governo, sempre!

4- As reportagens desfavoráveis ao governo, são sempre feitas pelos mesmos repórteres, são aqueles que têm uma espécie de confiança da direção, e estão sempre fazendo as reportagens de interesse da emissora, como sobre adversários políticos da Globo, militância por Marielle, ou contra a Igreja Universal, ou a Record… São sempre os mesmos jornalistas que fazem esse tipo de reportagem.

5- Sempre que Bolsonaro viaja para algum lugar ou faz algum importante acordo comercial benéfico ao Brasil, o JN desvirtua o feito, maximizando polêmicas específicas durante a viagem, explorando a impulsividade de Bolsonaro ao dar entrevistas, fazendo perguntas específicas sem sentido, porque já possuem uma narrativa montada negativa e fazem a pergunta já com a matéria pronta, a fim de polemizar e tirar o foco da viagem, exemplo: “briga com Moro”, “filhos que causam problemas”, ou “opiniões polêmicas” aleatórias.

Nós somos animais linguísticos e não nos comunicamos apenas pelo QUE dizemos, mas também COMO dizemos e reagimos de modo diferente ao mesmo texto quando o ouvimos de forma diferente, especialmente quando isso ocorre visualizando imagens diferentes.

A forma como falamos, também implica na comunicação, então, reparem nas expressões dos jornalistas, na maneira deles falarem e comparem com a forma que falam sobre a tal de Greta ou da Marielle, no brilho no olhar, nas palavras e na expressão facial… Tudo isso é montado para alcançar um objetivo claro: convencer você de alguma coisa que não condiz com os fatos, mas com uma agenda específica.

Ora, existem muito mais aspectos dentro desse processo, mas seria muito complexo de explicar, mas eles seguem sempre o mesmo padrão… Tudo isso é psicologia e se chama desinformação. Funciona como um processo de lavagem cerebral. Eles fazem isso há muito tempo, e o tempo todo, transformam bandidos em mocinhos e vice versa. Dessa forma, conseguem fazer com que as pessoas tenham conclusões equivocadas, e acabam assassinando reputações e construindo um mundo irrealista, perverso e manipulador.

Não caia nessa!

*Publicado originalmente no Facebook do autor Lukas Hawks