Deus nos ajude a recuperar nossa casa, diz o Papa Francisco sobre Brumadinho

O Papa Francisco relembrou o rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), que completa um ano neste sábado (25), em um vídeo divulgado pelo Vatican News, veículo de informação do Vaticano.

“Neste primeiro aniversário da tragédia de Brumadinho, rezemos pelos 272 irmãos e irmãs que foram soterrados. E lamentamos a contaminação de toda a bacia fluvial. Ofereçamos nossa solidaridade às famílias das vítimas, um apoio à Arquidiocese e a todas as pessoas que estão sofrendo e que necessitam de nossa ajuda. Com a intercessão de São Paulo, que Deus nos ajude a recuperar e proteger a nossa casa comum”, disse.

De acordo com o Vatican News, a mensagem foi enviada aos fiéis reunidos para a I Romaria da Arquidiocese de Belo Horizonte a Brumadinho. A iniciativa católica “pela Ecologia integral” tem a intenção de “rezar e refletir, caminhar e celebrar, conscientizar e indignar, cantar e esperar”.

Essa não é a primeira vez que o pontífice fala sobre o tema. Logo após o acidente, em janeiro de 2019, Francisco expressou sentimentos pelos mortos e desaparecidos em Minas Gerais.

Em fevereiro do ano passado, o Papa recebeu um colete utilizado por um dos voluntários que ajudavam em Brumadinho. De acordo com o cardeal Sérgio da Rocha, que entregou a peça, Francisco acolheu a veste “com muita atenção”. “O Papa se interessou para saber melhor da própria situação em Brumadinho e expressou sua oração, sua solidariedade”, disse.

Francisco também enviou uma réplica da cruz que fica em seu peito para a cidade mineira. O ornamento passaria por casas das famílias afetadas pela tragédia e depois ficaria exposto no memorial Minas de Esperança, que ficará no campanário do santuário Arquidiocesano Nossa Senhora do Rosário

Um ano da tragédia

Neste sábado (25), completa um ano do rompimento da Barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, localizada em Brumadinho. A tragédia causou 272 mortes, entre funcionários da Vale e de empresas terceirizadas; moradores do município e visitantes. Até agora, ninguém foi preso ou responsabilizado. O Corpo de Bombeiros segue incessantemente na tarefa de buscar de 11 corpos que ainda estão desaparecidos. Danos ambientais, econômicos e à saúde pública são algumas das marcas deixadas nos sobreviventes.

UOL Noticias

Vale faz venda fake à Suíça e deixa de pagar bilhões em impostos no Brasil

  • Vale faz manobra no exterior para evitar R$ 23 bilhões em impostos no Brasil
  • Valor é duas vezes maior que o confiscado após a tragédia de Brumadinho (MG)

Um estudo do IJF (Instituto de Justiça Fiscal), organização formada por economistas e auditores da Receita Federal, mostra que a mineradora Vale usou uma manobra comercial para deixar de pagar pelo menos R$ 23 bilhões em impostos nas exportações de minério de ferro entre 2009 e 2015. Dois anos depois da análise do instituto, investigadores da Receita Federal contaram ao UOL que a companhia está na mira dos fiscais.

O valor sonegado pela empresa é duas vezes maior que o confiscado nas contas da Vale depois da tragédia com barragem em Brumadinho (MG).

A manobra fiscal usa a Suíça como entreposto das empresas. Do Brasil, a mineradora embarca minério de ferro para China e Japão, os maiores consumidores do produto.

A venda da carga destinada à Ásia é feita com um preço abaixo do mercado para o escritório que a própria Vale abriu na Suíça em 2006, em Saint-Prex. O escritório suíço revende a mercadoria com o valor correto aos asiáticos. Os navios não entram na Suíça, que sequer tem contato com o mar.

Como declara um valor menor, a Vale paga menos impostos no Brasil e economiza no mínimo, US$ 6,2 bilhões (aproximadamente R$ 23 bilhões), de acordo com o IJF. O valor se refere apenas ao Imposto de Renda e à CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido).Um investigador da Receita, que pediu para não ser identificado, avaliou o caso como “fraude”.

A Vale nega: “As operações com empresas controladas baseadas no exterior são previstas em lei, regulamentadas e fiscalizadas”, afirmou a assessoria da mineradora.

Para o economista Dão Real Pereira, diretor de Relações Institucionais da ONG, a situação chama a atenção em tempos de tragédias socioambientais como as de Brumadinho e Mariana.

Receita quer rever fiscalização

Depois do estudo do IJF e de outras análises sobre “fuga de capitais”, em 23 de dezembro passado a Receita anunciou um plano de fiscalização especial sobre triangulação de exportações agrícolas e de mineração.

As mineradoras são as principais responsáveis pelos rombos identificados pelo Fisco, segundo fonte do caso contou ao UOL. O investigador afirmou que chama a atenção a posição de intermediário do escritório da Vale na Suíça no meio da venda. “Todo planejamento tributário abusivo é fraude”, explicou.

Não é só a Vale que possui subsidiárias no exterior. Outras grandes mineradoras exportadoras têm a mesma prática, segundo levantamento do UOL com base em balanços das empresas.

Segundo o diretor de Relações Institucionais do IJF, não é possível dizer se essas empresas praticam triangulação financeira para sonegar impostos. No entanto, ele defende investigação dessas firmas para se descobrir se há irregularidades.

Parlamentares suíços pediram explicações

Na Suíça, um grupo de parlamentares de Vaud, o equivalente a um estado no Brasil, fez uma moção pedindo esclarecimentos ao governo sobre benefícios fiscais à Vale depois da tragédia de Brumadinho.

“Vendo esta sucessão de desastres, podemos imaginar que a empresa tem feito de tudo para evitar isso [o respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente e ao pagamento justo de impostos]”, afirmou ao UOL Vassilis Venizelos, uma espécia de deputado estadual da região e que integra o grupo. “A busca por ‘lucro a qualquer preço’ às vezes leva a negligenciar certos riscos.” O grupo de parlamentares ainda aguarda respostas das autoridades suíças.

Vale diz estar em situação regular

A reportagem solicitou uma entrevista com representantes da Vale, mas a empresa enviou uma nota por escrito. A mineradora afirmou à reportagem que mantém uma “empresa trading” na Suíça para atender os mercados asiático e europeu. O escritório foi aberto em 2006. Até 2014, a Suíça era considerada um “paraíso fiscal”, local com negócios facilitados e cobrança mínima de impostos.

Apesar das dívidas da Samarco, a Vale disse não possuir pendências. “A Vale informa que está em situação regular perante a Receita Federal, comprovada por suas certidões de regularidade fiscal.”

UOL Notícias

 

A popularidade estrondosa de Sérgio Moro chegou a 759 mil seguidores em 48h no Instagram

Em menos de dois dias no Instagram, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, já alcançou incríveis 759 mil seguidores.

Muito ativo no Twitter, Moro decidiu também usar o Instagram depois da pressão familiar feito por sua esposa, Rosângela, para que o ministro usasse também está plataforma.

O ex-juiz da Lava Jato mostra um credibilidade incrível e ao que tudo indica logo baterá um milhão de seguidores.

Isso é o resultado da aprovação do ministro que junto com o presidente Jair Bolsonaro vem fazendo um trabalho muito positivo, combatendo bandidos e a corrupção.

Link para o perfil do Ministro no Instagram

Confira:

Jornal da Cidade Online

Quando é que a prefeitura de São Luís e o IPHAN vão reformar o Mercado Central? A pergunta é dos feirantes

Semanalmente por duas ou três vezes visito o Mercado Central. A maioria delas não é para efetuar qualquer tipo de compra, mas para conversar com os feirantes e sentir de perto e sonhar também com as suas expectativas. Tem muitos deles com mais de 50 anos estabelecido no local e que nunca tiveram outra profissão, outros começaram ajudando os pais e depois os sucederam e não é difícil encontrarmos casos de quatro e cinco gerações de feirantes. Há um grande sonho que alimenta as esperanças de quase todos, mas existem os pessimistas, diante de muitas promessas de reforma e que nunca passaram delas, o que gera angústia e descrédito.

A expectativa geral é que seja feita a reforma geral do Mercado Central e o local venha a ser uma atração turística, a exemplo das referências de São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba e outras capitais de estados da federação.

São muitas as queixas dos feirantes, decorrentes dos engodos que têm sido vítimas de políticos, principalmente de dirigentes municipais. O caso mais recente é do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, que desde a sua primeira administração promete fazer a reforma do local, tendo afirmado por algumas vezes, que ela seria em parceria com o IPHAN. A promessa antecedeu a da rua Grande, que já foi concluída e que agora se depara com o vandalismo, por falta de educação de muita gente, em que estão comerciantes e a de fiscalização e vigilância do poder público.

Como o prefeito Edivaldo Holanda Júnior deixará a direção do Executivo Municipal no final do ano e com a absoluta certeza, nem paliativos será capaz de fazer, e a promessa ficará por conta do futuro prefeito. A maioria dos feirantes entende que agora não querem ouvir discursos, mas compromisso assinado em cartório para que possam processar os autores de promessas. Estão dispostos a ouvir todos os candidatos, mas com responsabilidade do documento. Os feirantes têm anseios e acreditam que se o Mercado Central se transformar num centro turístico, ele terá um papel fundamental na atração de pessoas não apenas do Maranhão, mas de todo o Brasil. Recentemente estive no mercadão de Belo Horizonte e lamentei profundamente que em São Luís, as autoridades ainda não se sensibilizaram em colocar a capital maranhense dentro do contexto dos grandes mercadões brasileiros. Entre as grandes atrações da culinária mineira presentes no mercadão estão: o fígado com jiló, o torresmo com uma boa pinga e uma infinidade queijos de doces. Nós aqui de São Luís temos muitas ofertas, falta apenas a oportunidade.

No Maranhão da extrema pobreza Flavio Dino investiu R$ 25 milhões na “comunicação”

Do Blog do Ricardo Santos

O fascismo maranhense: Mesmo com 217 cidades na Extrema Pobreza, Flávio Dino investiu mais de 25 milhões dos impostos do povo pobre na “Comunicação”, num estado onde crianças passam fome.

O Maranhão tem 217 cidades onde as crianças estão passando fome, morado em condições sub-humanas, doentes, os esgotos são lançados nos rios e praias. Mas o governador, que deveria tirar a população da extrema pobreza, que faz campanha para o PT, investindo em politicagens, vive falando em “democracia”.

Qual democracia?

Para ser eleito governador do Maranhão no ano de 2014, o comunista prometeu “mudar” o Maranhão e tirar a população da pobreza, mas está há 6 anos no poder total do Estado e a única coisa que faz é gastar dinheiro dos pobres em comunicação. 

Abaixo, trecho do Reporter Record, exibido em 13 de março de 2017 (ano que entrou na Extrema Pobreza) mostrando aquilo que a imprensa marrom (chapa branca, ou vermelha) tenta esconder do Brasil, o verdadeiro Maranhão. Tente não chorar!

Repórter Record exibiu reportagem de famílias que vivem em extrema pobreza em cidades do Maranhão

O programa percorre a “Estrada da Fome” para mostrar quem são as pessoas que sobrevivem em condições desumanas à base de farinha e água suja em 4 cidades do Maranhão. Eles ainda são “invisíveis”, têm nome e sobrenome, mas não possuem absolutamente nada para comer.

                              Crianças que passam fome em cidades do Maranhão

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de sete milhões de brasileiros ainda passam fome no País. São adultos e crianças em condições de extrema pobreza, sendo a situação mais crítica localizada no interior do Maranhão no qual vivem a baixo da linha da pobreza .

                              Família maranhense que vive a baixo da linha da pobreza

Após três meses de investigação, os repórteres Daniel Motta e Heleine Heringer enfrentaram quase cinco mil quilômetros de estradas esburacadas e de terra para chegar às cidades mais isoladas e pobres do Brasil.

O programa exibe depoimentos sobre a luta permanente e desesperada dessas famílias para conseguir se alimentar e ter o direito de viver, a reportagem ainda revela a face mais cruel da fome: a exploração sexual de meninas em troca de comida. O jornalístico exibiu ainda entrevista com um homem que cometeu essa brutalidade com uma criança de uma das cidades maranhenses mais pobre do país.

Do Blog do Ricardo Santos

 

Prisões medievais no Brasil: retrato da negligência estatal

Marcelo Aith*

A situação degradante dos presos no Brasil não é novidade, mas uma doença não diagnosticada, originária de uma bactéria igualmente desconhecida, está deformando o corpo de detentos da Penitenciária de Boa Vista, em Roraima e retificando a fata de dignidade humana no sistema carcerário. A doença é provocada por germe poderosíssimo que está comendo a pele viva dos internos, deixando partes do corpo em decomposição. Especula-se que a doença tenha origem na grande concentração de sarna, sífilis e bicho geográfico, causando grandes feridas principalmente nãos mãos e pernas dos detentos. É tão grave e até então sem cura, que já levou para o Hospital Geral de Roraima 24 detentos, a maioria em estado grave.

Vale frisar que o Brasil há tempos vem sofrendo com a negligência estatal relativamente ao sistema carcerário. Temos  uma população de cerca de 800 mil presos definitivos e provisórios vivendo, em sua grande maioria, em presídios superlotados, em condições sub-humanas. Existe um paradigma criado no subconsciente das pessoas que o condenado ou o preso provisório, que por serem responsáveis pelos atos que cometeram, devem receber do Estado um castigo severo e desumano. Na verdade, os reeducandos, efetivamente, sofrem uma dupla sanção: uma decorrente da pena privativa de liberdade imposta pelo Estado-Juiz, outra as condições sub-humanas que vivem ao ingressarem em uma penitenciária. Os detentos além de serem meros números de registro, são tratados como verdadeiros animais, independentemente do crime que cometem.

A realidade brasileira é que os presos não têm condições dignas sequer para dormir e se alimentar adequadamente. A alimentação precária fornecida, como regra, por empresas terceirizadas, que buscam exclusivamente o lucro oferecendo produtos de baixíssima qualidade, havendo relato, inclusive, da presença de cacos de vidro, fezes de animais, espermas etc., ou seja, uma visceral e aberrante afronta à dignidade da pessoa humana, que é um dos fundamentos constitucionais do Estado Democrático de Direito.

O Brasil retomou a perspectiva bélica de segurança pública, em que o encarcerado é um inimigo do estado e da sociedade. Os abusos de poder cometidos dentro do sistema penitenciário, fruto dessa política canhestra, que “imagina” que punir reconstrói o ser humano “desvirtuado”, são constantes e não possibilita a ressocialização do detento. Conforme asseveram Eugênio Raul Zaffaroni e Nilo Batista, “as agências penitenciárias são as receptoras finais do processo seletivo da criminalização secundária”. E essas agências penitenciárias, atreladas a Secretaria de Segurança Pública, pela gritante negligência estatal, são absolutamente frágeis, o que levam, invariavelmente, os agentes penitenciários – o Estado naquele momento – agirem privilegiando apenas e tão somente a disciplina, resultando, muitas vezes, em imposições de castigos desumanos aos detentos.

Este cenário dantesco e kafkiano está em evidente choque com o princípio da dignidade humana, um dos fundamentos mais caros do Estado Democrático de Direito que supostamente vigora no Brasil. Desarte, por ser fundamento do Estado Democrático de Direito, torna-se o elemento referencial para a interpretação e aplicação das normas jurídicas. O ser humano não pode ser tratado como simples objeto, como ocorre, infelizmente, na grande maioria das penitenciárias brasileiras.

Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, em sua obra “O direito penal e a dignidade humana – a questão criminal: discurso tradicional” define com enorme felicidade o que vem a ser dignidade da pessoa humana: “Entenda-se como dignidade da pessoa humana o conjunto de atributos pessoais de natureza moral, intelectual, física, material que dão cada homem a consciência de suas necessidades, de suas aspirações, de seu valor, e o tornam merecedor de respeito e acatamento perante o corpo social”.

O princípio da dignidade da pessoa humana, consoante preleciona a doutrina constitucionalista, é dividida em dois aspectos: objetivo e subjetivo. O objetivo está intimamente relacionado ao mínimo existencial, ou seja, atrelado às suas necessidades vitais básicas, como o direito a moradia, alimentação, educação higiene, etc., previstos no artigo 7º, IV , da Constituição da República. Por outro lado, o aspecto subjetivo do princípio da dignidade da pessoa humana se relaciona com o respeito e autoestima inerentes ao ser humano que vivem em comunidade, cujo Estado tem por missão torná-los incólumes (doce ilusão).

Com efeito, o sistema penitenciário brasileiro é absolutamente caótico, com cerca de 60% a mais de presos do que a capacidade permite. Qual o resultado desse aterrorizante cenário? Prisões superlotadas, condições sub-humanas para os encarcerados, descontrole disciplinar, constantes rebeliões com mortes, sem contar, que os presídios são dominados por facções criminosas que ditam as regras internamente.

Há possibilidade, nessa situação catastrófica que vivem os encarcerados, de ser cumprida uma das funções da pena, qual seja a ressocialização do reeducando? Presos que recebem esse tratamento voltam em que condições para a sociedade?

O princípio da dignidade da pessoa humana é fundamento básico de um estado democrático de direito, em que o respeito pelos direitos humanos e pelas garantias fundamentais é essencial e inalienável. Desrespeitá-lo é rasgar o primado insculpido no artigo 1º, III, da Constituição da República.

No Brasil estamos a vivenciar a banalização das denúncias e das prisões cautelares, fruto da retomada da perspectiva bélica de segurança pública, em que o acusado e do detento são considerados inimigos do Estado, muitas vezes alimentados pela mídia que de forma irresponsável condena pessoas antes mesmo de se iniciar o processo. O sistema penitenciário teria por finalidade precípua organizar os serviços destinados à execução penal, tendo como objetivo a regeneração dos condenados, readaptando-os à vida social, entretanto o que ocorre é diametralmente o oposto, os presos sofrem severos castigos, são tratados feito animais abandonados numa condição sub-humana.

A humanização da própria execução penal, com a ressocialização do preso é o nirvana para toda a sociedade. Para alcançar esse “sonho” há de existir uma substancial mudança de paradigma, fazendo com que os presos sejam respeitados como pessoas humanas, que tenham atividades nos presídios, diminuindo a corrupção dos funcionários que permitem a entrada de drogas e celulares, fornecendo um sistema competente de saúde para essas pessoas, dentre outras mudanças necessárias. Não pode ser normal morrer atrás das grades por descaso do Estado.

*Marcelo Aith é especialista em Direito Criminal e Direito Público e professor de Processo Penal da Escola Paulista de Direito

 

De onde veio o novo Coronavírus?

Passageiros usando máscaras nas Filipinas como medida de monitoramento e checagens no embarque e desembarque por conta do Coronavírus.

Um misterioso surto de Coronavírus, oriundo da China, está provocando pânico global, com 17 mortes confirmadas até agora. Inédita há pouco mais de um mês, a nova cepa do vírus já atingiu mais de 500 pessoas, tanto na China quanto fora dela, chegando aos Estados Unidos no início desta semana.

Especialistas temem que o número de pacientes chegue a 9,7 mil na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, onde tudo começou. A cepa do vírus provoca sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo falta de ar e febre. Nos casos mais graves, as vítimas morrem de pneumonia.

A maioria das pessoas “enfrenta” um Coronavírus em sua forma leve em algum momento da vida, quando, por exemplo, é acometida por um resfriado comum, já que os vírus das duas doenças são patógenos.

No entanto, o Coronavírus também pode desencadear epidemias com altos índices de mortalidade, como o surto de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) que matou 774 pessoas em dezenas de países no início dos anos 2000.

Mas de onde veio o novo Coronavírus?

A cepa do novo Coronavírus – batizado como 2019-nCoV – provavelmente se originou em um mercado de frutos do mar em Wuhan. O mercado também comercializa uma variedade de carnes processadas e vivas, incluindo burros, aves, camelos, raposas, texugos, ouriços e ratos.

A maioria dos que apresentaram os primeiros sintomas da doença trabalhava ou visitava o mercado. “É um vírus de RNA, que sofre mutação o tempo todo”, afirma o professor Neil Ferguson, do Imperial College de Londres. Em termos simples, o RNA é uma forma “precursora” e anterior ao DNA. Os vírus em constante evolução – como o Coronavírus – podem desenvolver a capacidade de infectar novas espécies mais facilmente.

Foi o que ocorreu com a gripe aviária, que “surge naturalmente entre aves aquáticas selvagens e pode infectar aves domésticas e outras espécies de aves e animais”, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Cientistas da Universidade de Pequim localizaram amostras do 2019-nCoV em cobras e compararam o DNA do vírus ao de outros patógenos de vários lugares e presentes em outras espécies. Os resultados sugerem 2019-nCoV é uma “combinação de um coronavírus encontrado em morcegos e outro coronavírus de origem desconhecida”.

Há a possibilidade de que o vírus contenha uma mistura de proteínas que se conectam aos receptores nas células, permitindo que ele entre e desencadeie a doença.

A equipe de pesquisadores descobriu que as cobras provavelmente são o “hospedeiro intermediário” entre morcegos e humanos, com a mistura de proteínas facilitando o “salto” da espécie. As cobras costumam caçar morcegos na natureza e foram vendidas no mercado de Wuhan, segundo o The Conversation.

Não está claro como o vírus pode sobreviver tanto em espécies de sangue frio quanto de quente.

No entanto, nem todos os especialistas estão convencidos dessa explicação. “Ainda não se sabe com certeza e pode nunca ser provado definitivamente”, disse o professor Paul Hunter, da Universidade de East Anglia.

“Existem relatos iniciais de que o vírus já foi detectado em morcegos e cobras, e as cepas de morcegos e cobras são semelhantes entre si e com as de casos humanos. Ainda há muito a descobrir sobre o vírus e existe uma possibilidade real de que a origem exata não seja encontrada. A grande questão não é mais de onde veio, mas como e onde está se espalhando nas populações humanas”, afirma Hunter.

Fonte: Yahoo Noticias

 

 

 

Justiça condenou empresa gestora de bitcoins a indenizar e devolver dinheiro investido

Magistrado considerou que empresa iniciou uma cadeia de investimentos e quebrou, à semelhança do que ocorre nas “pirâmides”.

Empresa contratada para gerir criptomoedas e seu dono foram condenados por danos morais e terão de devolver dinheiro investido por cliente. A decisão é do juiz de Direito Cláudio Teixeira Villar, da 2ª vara Cível da Comarca de Santos/SP, que também deferiu o pedido de rescisão contratual.

A determinação é que os réus reembolsem o valor investido pelo cliente, de R$ 354.838,14, mais juros de 1% ao mês e correção monetária, e arquem com indenização no valor de R$ 5 mil.

Foi ainda concedida tutela antecipada para bloquear ativos dos envolvidos.

A empresa deveria promover compra e venda de bitcoins, bem como a liberação do equivalente em dinheiro, quando solicitada. No entanto, ao pedir resgate de valores em dinheiro, o autor da ação recebia apenas respostas evasivas a respeito, contabilizando prejuízos do valor investido.

De acordo com a análise do magistrado, a empresa iniciou uma cadeia de investimentos e quebrou, à semelhança do que ocorre nas operações chamadas de “pirâmide”. “A premissa que soluciona a causa é clara e já está bem definida: a empresa captou recursos do autor e não devolveu, fato bastante para a procedência do reembolso“, afirmou.

“O autor não reclama pelos lucros astronômicos prometidos e não pagos, nem pelos ganhos perdidos nesse meio tempo. A pretensão é singela e se volta apenas ao capital investido, o que é insofismável, pena de se chancelar enriquecimento ilícito.”

Sobre os danos morais, pontuou tratar-se “de dano íntimo, severo, que compromete presente e futuro, e que não pode passar sem reprimenda, sobretudo pelo caráter pedagógico da indenização se enxergado o que há por detrás da situação – apropriação do dinheiro do autor e de centenas de pessoas por pura malversação, enriquecendo uns à custa de quem acreditou na oferta“.

O magistrado ainda concedeu tutela antecipada para ordenar novo bloqueio de ativos, o qual justifica-se  porque “o mercado de bitcoins foi atingido por severa crise de gestão, colocando em incerteza futura reversão do quadro”.

Migalhas

 

O crime praticado por um “gangster” travestido de jornalista

A maioria das pessoas que me acompanham sabem que eu tenho o registro profissional de jornalista. Somente os mais próximos, porém, sabem que também sou formado e licenciado como investigador privado.

Nunca ouvi dizer, em nenhuma das funções, que é permitido violar a lei no curso de uma investigação. Independente do motivo.

Dizer que uma denúncia contra Greenwald é violação à liberdade de imprensa é o mesmo que dizer que a prisão do Fernandinho Beira Mar é uma violação à liberdade de mercado.

Glenn é um criminoso.

O “The Intercept” não recebeu uma denúncia e publicou-a, com mero interesse jornalístico. O caso é o pagamento sistemático de um hacker, para a violação ilegal do sigilo telefônico de autoridades, com clara intenção de manipulação política. Pra piorar, tudo isso feito por um estrangeiro.

Me envergonha profundamente que grande parte da imprensa saia em defesa do acusado. Sua conduta fere fortemente a ética e a dignidade da profissão. Prestar-lhe solidariedade, então, é uma demonstração de desprezo para/com os valores do ofício.

Infelizmente, grande parte dos membros da mídia já esqueceu, há muito, o que é profissionalismo. Tornaram-se meros militantes partidários, escritores de folhetim, que aceitam qualquer coisa em nome da ideologia.

Triste fim de uma honrada profissão.

“A maior arma do nosso partido é a imprensa.” (STALIN, Josef)

Felipe Fiamenghi

O Brasil não é para amadores.

 

PDT e aliados descartaram totalmente a candidatura de Osmar Filho à prefeitura de São Luís

Nos últimos meses a candidatura do vereador Osmar Filho, presidente da Câmara Municipal à prefeitura de São Luís vinha respirando por aparelhos. Sem qualquer trabalho sobre a sua imagem e colecionando uma série de problemas junto a sua base política, primeiramente com secretários e por extensão com o prefeito Edivaldo Holanda Júnior, além de criar hostilidade entre vereadores e perda de importantes apoios, o presidente demonstrou plenamente um total despreparo político.

O vereador Osmar Filho não conseguiu se projetar nas pesquisas, principalmente pela falta de um mínimo de habilidade política em criar fatos positivos para a sua pretensão e proporcionar credibilidade para os segmentos políticos e comunitários.

Teve a grande capacidade de criar sérios problemas com os servidores do legislativo municipal, tendo demitido pessoas com mais de 20 e 30 anos de serviços prestados, sob o argumento de estar cumprindo determinação da justiça, mas no entretanto contratou muita gente do município de Cajari, que não precisam trabalhar, segundo denúncias feitas pelos próprios servidores da Câmara Municipal.

Para o presente exercício na Câmara Municipal, que começa no próximo dia 03 de fevereiro, o presidente Osmar Filho começa bastante desprestigiado e começará a trabalhar em busca da sua reeleição e deve ter pela frente inúmeras pedreiras. Se não tratar bem os seus pares e respeitar o princípio do direito para todos, os seus problemas aumentarão ainda mais.

A sua postura autoritária e tratamento diferenciado para vereadores não devem prevalecer, uma vez que se comenta é que o prefeito de São Luís terá a sua base de sustentação liderada pelo vereador Astro de Ogum. Este já teria uma articulação de mais de 10 vereadores para apoiar a candidatura de Rubens Júnior e o número tende a crescer.

Como não tem outra alternativa, decorrente da sua própria  falta de capacidade e sensibilidade política e do quadro desenhado, o presidente terá que trabalhar para a sua reeleição um tanto abalada, além de se constituir em soldado da campanha da Rubens Júnior.