Apesar do ex-superintendente do INCRA, José Inácio Rodrigues ter assumido a responsabilidade perante o Ministério Público e a Justiça Federal para fazer o assentamento de centenas de famílias que deixaram as áreas indígenas Awá Guajá, nada foi honrado e os prejudicados decidiram tomar providências, diante também, da falta de compromisso da atual direção. As lideranças das famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais comunicaram ao Movimento Sindical Rural, que estarão em São Luís na próxima terça-feira em busca de uma solução definitiva para a problemática. Elas admitem ocupar a sede do INCRA em São Luís por tempo indeterminado e interditar a BR-316, como pressão para que tenham garantidos os seus direitos acordados perante a Justiça Federal.
Eles devem amanhecer na próxima terça-feira na sede da Superintendência do INCRA para uma audiência em que esperam a decisão definitiva e concreta para o problema. Caso continue a história de que estão aguardando respostas e recursos do Governo Federal, imediatamente será ocupada a sede da autarquia e a interdição da BR-316. Eles entendem que foram vítimas do engodo e da mentira ao ex-superintendente José Inácio Rodrigues e a atual Fátima Santana, vem utilizando as mesmas estratégias, o que os levou a uma tomada de posição. Garantem que não medirão esforços para fazer valer os seus direitos.
O líder sindical Chico Miguel, presidente da Fetaema, está bastante preocupado com a situação, uma vez que os trabalhadores e trabalhadoras rurais deixaram a área Awá Guajá, na certeza de que seriam assentados em outro local com toda a infraestrutura básica para darem continuidade a produção agrícola, que se constitue como os seus meios para alimentação e renda. Por inúmeras vezes o INCRA informou a Justiça Federal que estava trabalhando para a desapropriação de algumas áreas e negociações para compra de outras, mas infelizmente, pelo visto faltou seriedade para um problema da mais elevada seriedade, registrou o dirigente do Movimento Sindical Rural.
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