O jornalismo profissional morreu

Eu jamais assistiria à Globonews ou leria a Folha de S.Paulo se tal tarefa hercúlea não fizesse parte do meu trabalho. Já tenho coisas demais para torrar a minha paciência, e escutar um Guga Chacra ou um Marcelo Lins não é recomendável para quem tem pavio curto – e também para quem busca ser inteligente. Mas são os ossos do ofício, e apesar de tudo, o jornalismo é a minha vocação, a minha grande paixão.

Pois bem, estava acompanhando a cobertura – por cobertura entendam torcida ideológica da esquerda – das eleições chilenas feita pela Globonews. Acabei por presenciar algo que fala por si: acima da legenda que apresentava a pauta, havia algo do tipo ‘’esquerda x extrema direita’’. Ou seja, para o jornalismo global a disputa chilena era entre uma corrente política aceitável e outra em uma versão extremista, com consequências muito óbvias de compreensão para o telespectador mais desavisado.

A matéria do G1 traz a informação de que Gabriel Boric – o candidato esquerdista – concorre em uma coalizão com o Partido Comunista Chileno. Se isso não é motivo suficiente para classificá-lo como um político de extrema esquerda, eu sou o sr. Boric em pessoa. A dúvida que fica é o motivo pelo qual tal adjetivo deixou de ser aplicado a ele: mau-caratismo ou burrice genuína. No caso da nossa belíssima grande mídia, o mais provável é um misto de doses cavalares das duas coisas.

Há tempos o jornalismo virou máquina de militância esquerdista. A probabilidade de alguma notícia, pauta ou fato que desagrade aos sacrossantos escopos revolucionários ser veiculado na grande mídia é praticamente zero, e quando acontece, sobra para o jornalista que cometeu a heresia de fazê-lo – como foi o caso de Luís Ernesto Lacombe ao tratar do conservadorismo em seu programa na Band e por tal atitude foi demitido. Existia algum traço de imparcialidade até a eleição americana de 2016, quando a antipatia contra Donald Trump desnudou as paixões ideológicas do petit comité dos Gugas Chacras.

Por isso mesmo não é surpresa alguma a classificação de José Antonio Kast como candidato de ‘’extrema direita’’. Ao rotulá-lo como extremista, a imprensa pratica a boa e velha espiral do silêncio: com tal emblema negativo, as pessoas sentem vergonha em verbalizar alguma simpatia por Kast, logo elas não irão publicizar tal opinião, tornando-a marginal e estabelecendo a visão negativa como consenso inquestionável. A esquerda utiliza a espiral do silêncio em todos os temas de seu interesse com o objetivo único de impor a sua agenda como regra moral a ser seguida por todos. É o poder onipresente e invisível de um imperativo categórico que falava Antonio Gramsci.

O sr. Marcelo Lins, que também trabalha na Globonews, questionou o porquê do setor privado chileno não ter um posicionamento contrário a Kast pelo fato do candidato ter minimizado a ditadura de Augusto Pinochet. Pois bem, Boric é um aliado dos comunistas chilenos, que são partidários do totalitarismo mais cruel, desumano e assassino que o mundo teve o desprazer de conhecer. Mas nesse caso a democracia é negociável, não é mesmo? O esquerdismo mal disfarçado desses tipinhos é comovente.

A característica mais patética dos nossos queridos jornalistas é a certeza de que tudo o que não for tratado por eles próprios não existe ou carece de relevância, podendo ser colocado na lata de lixo do debate público. É o que eles adoram chamar de teoria da conspiração. Se alguém, por exemplo, fala em globalismo, nenhum jornalista procura estudar sobre o tema. O olhar torto de quem nunca ouviu falar do assunto basta para emitir a sentença da inexistência da coisa.

Voltando ao país dos insanos, uma mentira reverberada como verdade pela grande mídia é a do direitismo de Sérgio Moro. Alguns vão além na maluquice e classificam-no como ‘extrema direita’’, casos de Rodrigo Maia – o inesquecível presidente da Câmara que muito faz ao Brasil longe do posto – e de Reinaldo Azevedo. O último merece maior destaque por ser integrante e retratar bem a classe supracitada neste humilde artigo.

Reinaldo Azevedo alimenta a narrativa tosca do lavajatismo estar identificado com uma extrema direita que existe apenas em sua cabeça. Esquece ele das mensagens oriundas da Vaza Jato que demonstraram o desprezo inequívoco dos procuradores da força-tarefa por Bolsonaro e seus eleitores. Esquece ele que o Ministério Público é, como a maior parte do Judiciário deste país, um conglomerado de militantes progressistas. Também esquece das convicções políticas de Sérgio Moro – que nada têm de conservadoras. Tentar colocar Moro, seus compadres no MP e seus eleitores na direita é o cúmulo do ridículo, para não dizer outra coisa.

Não se enganem: tem método nisso. Moro seria o máximo de direitismo permitido na disputa eleitoral, com tudo o mais um pouquinho à direita sendo terminantemente proibido. Tratar como direitista um sujeito que elogiou Roe vs Wade – a decisão da Suprema Corte americana que legalizou o aborto nos Estados Unidos – e defende inúmeras pautas progressistas é desonestidade pura. E a imprensa brasileira não tem feito outra coisa a não ser precisamente isso.

Este é o dito jornalismo profissional brasileiro: torcida ideológica pela esquerda, desinformação, incultura, amontoado de mentiras e mau-caratismo. É impossível ficar um dia sequer sem encontrar alguma inverdade noticiada como fato na grande mídia. Como diria o meu querido amigo Paulo Figueiredo, o jornalismo profissional morreu.

Carlos Júnior

Jornalista

 

Sempre que o STF pula a cerca, há um problema com o futuro

Quando o futuro chega, as pessoas esqueceram o que as trouxe até ali. Sim, sim, gentlemen, estou falando do que acontece quando o STF pula a cerca. Deve ser uma tentação irresistível, pintar o mundo com as próprias cores e escrever o futuro numa torre de marfim. Muitos dos graves dissabores do momento político brasileiro advêm dessa tentação. É o fruto da árvore proibida, a orgulhosa convicção, quase religiosa, de possuir a ciência do bem e do mal e impô-la, “duela a quien duela” para o bem de todos.

Eu poderia estar falando de fatos recentes, de invasões de competência confessadas nas entrelinhas de declarações supostamente harmonizadoras e logo atropeladas com inquéritos do fim do mundo e com a autossagração ao posto de poder moderador. Contudo, moderandi potestatem e inquisitionis finis mundi não integram nosso latinório constitucional ou jurídico.

Tudo isso – e muito, muito mais – faz parte de um passado cujas consequências ficam e cuja origem acaba esquecida porque o futuro é pródigo em velhas novidades que chamam atenção e aumentam a desatenção. No entanto, são produtos desses pulos de cerca do STF problemas como a impossibilidade de compor maioria no Congresso Nacional, a constante multiplicação dos partidos políticos, a ganância por verbas orçamentárias da União. Para que essas criaturas nascidas na noite das ideias possam ganhar sua vida aventureira, escandalosas dotações orçamentárias se tornam indispensáveis. Amargam a vida nacional e agravam a pobreza do país as dificuldades que tais intrusões criaram à política, à governabilidade, à fidelidade e o estímulo que concederam à institucionalização da corrupção.

Refiro-me, particularmente, à decisão do colegiado do STF que, em 7 de dezembro de 2006, derrubou a cláusula de barreira que reduziria o número de partidos políticos, favoreceria a formação de maiorias e dinamizaria o processo legislativo. Não bastasse isso, em 17 de setembro de 2015, o Supremo pulou novamente a cerca para descobrir que os constituintes de 1988, em alguma caverna da Constituição, deixaram escrito, envelopado e lacrado que ficava proibido o financiamento privado às campanhas eleitorais.

Desde então, partidos começaram a surgir debaixo das pedras de Brasília. “Pessoal! Dinheiro público na mão das direções partidárias!”. “Quem vai querer?”. “Quem vai levar?”.

Razões a Fréderic Bastiat. Há o que se vê e o que não se vê. Na farra orçamentária deste fim de ano, o botim das siglas aprovada esta semana fechou em R$ 4,9 bilhões do nosso suado dinheirinho.

Percival Puggina

Membro da Academia Riograndense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país.

 

Governo registra R$ 6,9 bilhões em devoluções do Auxílio Emergencial

As devoluções foram feitas por meio da emissão de Guia de Recolhimento da União (GRU)

O Ministério da Cidadania registra R$ 6,9 bilhões em devolução aos cofres públicos de valores que tinham como destino o Auxílio Emergencial em 2020 e 2021. De acordo com a pasta, as devoluções foram feitas por meio da emissão de Guia de Recolhimento da União (GRU), restituição por Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), e recursos não movimentados dentro dos prazos legais, além de revisões e fiscalizações quanto à elegibilidade dos beneficiários.

Segundo o ministério, essa situação foi possível por meio de acordos de cooperação técnica com diversos órgãos dos Três Poderes, com a colaboração das respectivas áreas de investigação e de controle, que trocaram informações, conhecimentos e bases de dados. Também contribuiu para o resultado a estratégia de atuação integrada contra esse tipo de fraude, da qual participaram a Polícia Federal, a Caixa Econômica, o Ministério Público Federal, a Receita Federal, a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União.

O Ministério da Cidadania informou que, nesta semana, enviou mensagens de celular (SMS) para orientar os cidadãos sobre a devolução voluntária de recursos ou denúncia de fraudes do Auxílio Emergencial. Foram notificadas cerca de 1 milhão de pessoas pela primeira vez.

O primeiro envio desse tipo de mensagem foi feito em dezembro de 2020. “Em 2021, foram realizados quatro disparos de mensagens ao longo do ano. Ao todo, 2,5 milhões beneficiários do Auxílio Emergencial receberam 4 milhões de mensagens solicitando a devolução de valores”, acrescenta a pasta ao detalhar ações que desenvolve visando o ressarcimento dos benefícios pagos “fora dos critérios de elegibilidade ao Auxílio Emergencial”.

Entre as medidas detalhadas à Agência Brasil estão o resgate dos valores não movimentados na Caixa Econômica Federal e a disponibilização do site para as devoluções desde o início dos pagamentos do benefício. Esse canal permite a devolução de recursos por meio da emissão de GRU.

O ressarcimento dos recursos também pode ser feito por meio da emissão de Darf, no caso de recebimento indevido do Auxílio Emergencial pelos dependentes ou pelo titular da declaração de Imposto de Renda. Os valores recebidos são transferidos para a conta única do Tesouro Nacional e ficam à disposição da União.

Fonte: Economia ao Minuto

 

Auditores da Receita Federal fazem greve a partir desta segunda-feira (27)

          Auditores fiscais da Receita Federal fazem greve a partir desta segunda-feira. A paralisação foi aprovada em assembleia feita na última quinta-feira. Nos últimos dias, centenas de auditores   entregaram seus cargos de chefia

Auditores fiscais da Receita Federal fazem greve a partir desta segunda-feira (27). A paralisação foi aprovada em assembleia feita na última quinta-feira (23) por 97% dos trabalhadores depois que o Congresso aprovou o orçamento do governo federal sem a previsão de pagamento do bônus salarial para a categoria.

De acordo com o sindicato que representa os auditores, o Sindifisco, foi aprovada a realização de operação padrão nas aduanas, com exceção apenas para alguns tipos de cargas, como medicamentos e insumos médicos, e também de forma a não afetar o trânsito de quem está em viagem internacional.

Nos últimos dias, centenas de auditores entregaram seus cargos de chefia. Na última quarta-feira (22), o Sindifisco divulgou uma nota afirmando que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o presidente Jair Bolsonaro (PL) acordaram com os servidores da Receita que haveria um “bônus de eficiência”.

“A Receita Federal vem, nos últimos meses, quebrando recordes de arrecadação e ajudando a impulsionar a recuperação da economia nacional graças a um empenho extraordinário do seu quadro de Auditores Fiscais e demais servidores. Esse empenho foi derivado, sobretudo, da expectativa em ver solucionada, finalmente, a regulamentação do bônus de eficiência, fruto de acordo salarial entabulado há 5 anos”, destaca o sindicato.

Ainda na nota, a entidade classificou como um “inesperado revés” que o bônus não tenha sido aprovado. “No entanto, agora, na discussão da peça orçamentária de 2022 no Congresso Nacional, o assunto, que estava pacificado no âmbito do Executivo, sofreu inesperado revés, com a resistência do relator Hugo Leal em incluir os recursos necessários à regulamentação do bônus e a omissão do governo em fazer valer os compromissos assumidos com a Receita Federal”.

Fonte: Yahoo Notícias

 

Juízes brigam por bônus, e Justiça do Trabalho diz que não pagará nenhum centavo

O CSJT (Conselho Superior da Justiça do Trabalho), porém, nega o pagamento

Magistrados e a cúpula da Justiça do Trabalho travam uma batalha em torno de um bônus. Juízes querem receber benefícios atrasados. O CSJT (Conselho Superior da Justiça do Trabalho), porém, nega o pagamento. O caso está no CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho) e a Amatra-15 (Associação dos Magistrados do TRT-15 de Campinas) questionam a decisão. A recusa da quitação é da ministra Maria Cristina Peduzzi, presidente do CSJT e do TST (Tribunal Superior do Trabalho). Ela afirmou que não pagará “nenhum centavo de real de recursos públicos” se houver dúvidas sobre dívidas.

Segundo o CSJT, a Anamatra pede a quitação de R$ 10,5 milhões neste ano de benefícios atrasados, de anos anteriores. O órgão disse que já pagou R$ 111,5 milhões em passivos administrativos. O impasse está nas chamadas GECJs (gratificações por exercício cumulativo de jurisdição). O benefício foi instituído por lei federal em 2015.

Pelas regras, têm direito ao extra de um terço sobre o salário magistrados que trabalhem em duas varas ou recebam volume excessivo de novos processos, por exemplo. O pagamento fica limitado ao teto constitucional, de R$ 39,3 mil –o salário de um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Um juiz ganha R$ 33,7 mil por mês e um desembargador, R$ 35,5 mil. A lei para o pagamento da GECJ, porém, é regulamentada pelos próprios conselhos de Justiça. O CSJT previa regras mais rígidas.

Por resolução, não recebiam o benefício juízes do trabalho com sentenças em atraso nem entravam na soma de processos novos as chamadas cartas precatórias –quando um magistrado de uma determinada vara colhe um depoimento de testemunha por pedido de um colega de uma outra região. Essas restrições foram derrubadas pelo CNJ em 4 de fevereiro de 2020. Com a decisão, de âmbito administrativo, juízes com sentenças atrasadas e responsáveis por cartas precatórias ganharam o direito ao bônus.
No dia 2 de dezembro deste ano, Peduzzi, em despacho, rejeitou a quitação de qualquer passivo anterior à decisão do CNJ. É contra esta decisão que se voltam as duas entidades.

Caberá ao ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux, que preside o CNJ, manifestar-se sobre a quitação na reclamação ajuizada pela Anamatra. Já o questionamento da Amatra-15 foi feito no próprio processo julgado em 2020, sob relatoria de Richard Pae Kim.

Questionada, a Anamatra disse que aguarda a decisão. Sérgio Polastro Ribeiro, presidente da Amatra-15, afirmou, em nota, que a entidade pede a execução integral do orçamento de cada órgão. No documento do início deste mês, Peduzzi afirmou que a Justiça do Trabalho tem disponíveis R$ 210,9 milhões. Há um total de R$ 120,1 milhões que serão destinados a pagamentos de passivos. Para as entidades, há dinheiro.

A Anamatra recorreu ao CNJ no dia 6, com reclamação assinada pelo advogado Emiliano Alves Aguiar. Ele pediu uma liminar (decisão provisória) para forçar o pagamento. De acordo com Aguiar, “não compete ao CSJT, de forma exorbitante, modular os efeitos da decisão plenária do CNJ, quando este próprio não o fez”.

Fux deu 15 dias para Peduzzi responder. No dia 14, a ministra então afirmou ao presidente do CNJ que segue regras constitucionais.

“A restrição estabelecida quanto ao pagamento da ‘GECJ’ foi pautada no respeito ao princípio da legalidade administrativa (art. 37 da CF [Constituição Federal]), segundo o qual somente é dado ao administrador público praticar aquilo que a lei autoriza”, escreveu Peduzzi.

De acordo com ela, a decisão do CNJ não determinou o pagamento retroativo. Além disso, afirmou, não há previsão do pagamento dessa despesa no orçamento.

“Assim, não caberia o pagamento pela via administrativa, mas apenas e tão somente, se for o caso, pela via judicial“, afirmou. Dessa forma, se a entidade quiser receber retroativos, ela deve ingressar com ação judicial, esperar o andamento do processo e receber, em caso de vitória, por meio de precatórios.

No dia 17, a Amatra-15 questionou a decisão de Peduzzi. Ao conselheiro Kim os advogados Fernando Fabiani Capano e Cristiano Sofia Molica afirmaram que, “a demonstrar costume useiro e vezeiro”, Peduzzi “afastou –sem justificativa motivada e fundamentada– o regular pagamento de tais verbas”.

Kim deu prazo de manifestação até as 18h de terça-feira (21). Ao conselheiro Peduzzi respondeu que o processo “já deveria ter sido extinto por perda de objeto”. A ministra disse se pautar “pelo mais elevado cuidado e rigor no tratamento dos recursos públicos e respeito às normas de gestão fiscal”.

“A presidência do Conselho Superior da Justiça do Trabalho […] não promoverá o pagamento de nenhum centavo de real de recursos públicos que não sejam, induvidosamente, devidos”, escreveu Peduzzi.

Em nota, o CSJT afirmou à reportagem que todos os passivos que poderiam ser pagos administrativamente estão sendo quitados neste ano.” De acordo com o órgão, a decisão do CNJ, de 2020, “não estabeleceu, contudo, comando quanto à retroatividade dos seus efeitos”. “Assim, considerando a lógica da legalidade estrita, não é dado ao administrador público promover interpretação extensiva que levaria à execução de despesas públicas.”

Também em nota, Ribeiro, da Amatra-15, afirmou que as dívidas são “definitivas e consolidadas”. Segundo ele, se não pagas, irão gerar encargos ao Tesouro.

“Esta entidade associativa não pretende a criação de novos benefícios ou a concessão de novas verbas”, disse Ribeiro. “Importante frisar que postergar o pagamento de parcelas vencidas e reconhecidas, seja em lei, resolução ou decisões plenárias do CNJ, em vista dos encargos que se avolumam, em nada contribui para a saúde fiscal do país.”

Desde 2018, as GECJs estão na mira do TCU (Tribunal de Contas da União). Segundo auditoria da corte, o benefício tem sido pago mesmo sem eles terem feito nenhum esforço a mais para merecê-lo.

O relatório calculou potenciais prejuízos aos cofres da União em R$ 82,9 milhões por ano, ou R$ 331,5 milhões até 2021. O MPTCU (Ministério Público junto ao TCU) concordou com o relatório.

Os órgãos do Judiciário ligados à União disseram, na ocasião, pagar somente por excedente de trabalho. O caso seria julgado em 28 de abril, mas foi retirado de pauta e segue em aberto. Já no CNJ, Kim e Fux ainda não decidiram sobre os pedidos das entidades.

Fonte: Economia ao Minuto

 

Zilda Arns será incluída no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria

Fundadora da Pastoral da Criança mudou retrato da desnutrição infantil no Brasil

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1937/19, da deputada Tereza Nelma (PSDB-AL), que inscreve o nome de Zilda Arns Neumann no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A proposta recebeu parecer pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do relator, deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR). Como tramitou em caráter conclusivo, poderá seguir ao Senado, a não ser que haja recurso para a análise pelo Plenário.

Zilda Arns nasceu em Forquilhinha (SC), em 1934. Conforme ressalta a autora da proposta, Tereza Nelma, a pediatra e sanitarista “mudou o retrato da desnutrição infantil no Brasil, praticamente reinventando o trabalho voluntário neste país”.

Soro caseiro

“Em 1983, Zilda e Dom Geraldo Majella fundaram a Pastoral da Criança e formularam um plano de ação para diminuir a mortalidade infantil com o uso do soro caseiro. Três vezes indicada ao Prêmio Nobel da Paz, ganhadora de uma série de homenagens tanto no Brasil quanto no exterior, a fundadora da Pastoral da Criança ajudou a tirar o País do vergonhoso mapa da mortalidade infantil e inspirou instituições humanitárias no mundo inteiro”, destaca Tereza Nelma.

O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria é um documento que preserva os nomes de figuras que marcaram a história do Brasil. O chamado Livro de Aço encontra-se no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

(Agência Câmara de Notícias)

 

88% dos brasileiros não esquecem: Houve corrupção no governo Lula

Pesquisa nacional Dataveritas/IRG/Uninter revela percepção curiosa do eleitorado sobre os principais pré-candidatos a presidente. De acordo com o levantamento, 88% dos eleitores dizem que “houve corrupção” no governo Lula (PT), até porque, afinal, o ex-presidente cumpriu pena de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Mas o presidente Jair Bolsonaro não fica muito atrás nesse quesito: 69% dos eleitores responderam “sim” à pergunta sobre se há corrupção no atual governo.

Baixa percepção

É baixa a percepção de 88% de ladroagem no governo Lula, levando em conta os bilhões recuperados e quase 300 condenações à prisão.

Bolsonaro, que se orgulha de não haver corrupção no governo, pode ter sido engolido pelo velho conceito de que políticos são todos ladrões.

Eleitorado fiel

A pesquisa indica que 27% afirmam não haver corrupção no governo Bolsonaro. Isso corresponde praticamente ao seu eleitorado “raiz”. É até engraçado: apesar da abundância de provas, 10% dos eleitores, petistas “religiosos”, dizem que “não houve corrupção” no governo Lula.

Coluna do Claudio Humberto

 

Faleceu na manhã de hoje o ex-secretário da SMTT, engenheiro Canindé Barros

Faleceu na manhã de hoje no hospital São Domingos, o engenheiro Canindé Barros, ex-secretário da SMTT, com atuação no cargo nas administrações dos prefeitos Tadeu Palácio, João Castelo e Edivaldo Holanda Júnior.

Canindé Barros estava internado há vários dias, enfrentando problemas renais, quando chegou a ser convidado pela CPI dos Transportes para prestar informações sobre a Licitação dos Transportes Coletivos, realizada na administração do ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior, mas não compareceu, o que gerando especulações, haja vista da não apresentação de qualquer justificativa.

Imediatamente, seus advogados encaminharam comunicado a CPI dos Transportes, de que Canindé Barros se encontrava hospitalizado e que quando estivesse com a sua saúde recuperada se apresentaria.

O passamento de Canindé Barros, tão logo foi divulgado proporcionou movimentação em diversos segmentos políticos, uma vez que tentou também sem sucesso, candidatura a deputado estadual e vereador.

Fonte: AFD

 

“Presente de natal” para Palocci veio pelo STJ suspendendo sua pena

Decisão proferida nesta quinta-feira (23) é um verdadeiro ‘presente de natal’ para o ex-ministro Antonio Palocci. Durante o plantão judiciário, um juiz federal do Paraná determinou a suspensão da execução da pena e a retirada da tornozeleira eletrônica de Palocci.

A medida é reflexo de uma liminar proferida pelo STJ, que considerou a Justiça Federal em Curitiba incompetente para processar e julgar Palocci, num caso envolvendo o pagamento de propina da Odebrecht ao PT.

A liminar contemplou o entendimento de que parte da propina financiou campanhas petistas, determinando assim a transferência do caso para a Justiça Eleitoral, tornando inválidas todas as provas obtidas no curso do processo. Palocci havia sido condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Jornal da Cidade Online

 

O comunismo faz coisas, que até o diabo duvida: Na Coreia do Norte são 11 dias sem poder nem sorrir

Leio no site Terra:

Medida vale para celebrar os 10 anos da morte de Kim Jong-il, pai do atual ditador Kim Jong-un.

É proibido rir, consumir bebidas alcoólicas e demonstrar qualquer manifestação de felicidade na Coreia do Norte durante 11 dias. A medida impositiva quer reverenciar o luto de 10 anos do ex-ditador do país, Kim Jong-il, morto em 17 de dezembro de 2011 aos 69 anos.

Ele faleceu vítima de ataque cardíaco e, em seu lugar, foi empossado o filho Kim Jong-un, quando tinha 28 anos.

Jong-il ficou à frente do país entre 1994 e sua morte. E no dia que marcou os 10 anos do falecimento, 17, os norte-coreanos foram proibidos, inclusive, de fazer compras.

Uma homenagem foi prestada em praça na capital, Pyongyang, quando os presentes ficaram em silêncio com as cabeças inclinadas diante dos retratos de Jong-il e de seu pai, fundador da Coreia do Norte, Kim il-sung.

Comento

Temos, no Brasil, líderes políticos que ensoparam seus lenços de lágrimas e enviaram sentidas condolências quando morreu o ditadorzão, pai do ditadorzinho.

São os mesmos que quando perguntados sobre prisões políticas em Cuba, respondem com ataques ao “bloqueio” comercial dos Estados Unidos; são os mesmos que pediam a Hugo Chávez receitas para permanência no poder por longos anos; e são os mesmos que olham para o próprio futuro com iguais expectativas. Pois até esses sabem que, saindo às ruas, podem levar vaias. Mas há quem, fazendo o que fizer, se julgue credor de reverências como as da foto.

Na raiz do totalitarismo está o insaciável desejo de permanência no poder e o desconhecimento da dignidade do outro, uma psicopatia que desgraça nações inteiras.

A vacina contra esse mal é a consciência dos cidadãos levando ao dever cívico de agir para que tais ideias e aqueles que as cultivem sejam democraticamente mantidos a sábia e prudente distância do poder.

Percival Puggina

Membro da Academia Riograndense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país.