Um considerável número de professores da rede estadual de ensino interditou um trecho da rua Henrique Leal, no Centro Histórico, bem em frente ao Sindicato dos Professores da Rede Estadual – Sinproesemma. Eles conduziam uma um abaixo assinado com mais de duas mil assinaturas, solicitando que a entidade de classe convoque uma assembleia geral para discussão e tomada de posição quanto ao reajuste salarial da categoria, que o governador Flavio Dino se recusa a atender, muito embora sejam garantidos por lei.
O professor Marcelo Pinto, um dos lideres do Movimento de Base, diz que desde de janeiro do presente exercício o Governo do Estado descumpre duas leis: Uma é federal que data de 2008, que trata do reajuste anual do piso. A outra está inserida no Estatuto do Magistério, que estabelece reajuste salarial dos professores de acordo com determinação do Ministério da Educação em 2013, a partir de primeiro de janeiro de cada exercício dentro da politica nacional do piso salarial.
O governo passado honrou a lei e o atual governo seguiu a mesma determinação o ano passado, mas se recusa terminantemente a cumprir no presente exercício, alegando falta de recursos. Marcelo Pinto afirma, que de acordo com estudos realizados a partir das informações disponibilizadas pelo próprio Governo do Estado, não existe falta de recursos, o que inclusive já motivou uma representação da categoria ao Ministério Público da Educação.
Por outro lado, dezenas de professores bastante indignados diziam que infelizmente a direção do Sindicato dos Professores da Rede Estadual se omite a defesa dos direitos da categoria e passou a integrar politicamente a base do governador Flavio Dino com a ocupação de cargos na administração da Secretaria de Estado da Educação e o presidente da entidade, Júlio Pinheiro foi levado pelo governador para ser o candidato a vice-prefeito na chapa do prefeito Edivaldo Holanda Júnior. Lamentaram que o Sinproesemma, tenha se transformado em uma entidade pelega em que os seus dirigentes defendem apenas os seus interesses particulares, não tendo qualquer preocupação com os milhares de associados, afirmaram inúmeros professores.