Se o ex-diretor da Petrobrás e o doleiro abrirem a boca vão ferrar políticos no Maranhão

       diretoO doleiro Alberto Youssef pode jogar merda no ventilador

 Se o ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef decidirem realmente fazer acordo com o Ministério Público Federal para a delação premiada, com certeza ferrarão muitos políticos no país e no Maranhão, o bicho que começou a pegar na operação Lava Jato, deverá se estender a terraplanagem da área em que deveria ser construída a Refinaria Premium, orçada em um pouco mais de 500 milhões de reais. Foram gastos mais de 1,6 bilhão de reais e nem se aproximou da conclusãoe muito dinheiro foi parar nos bolsos de políticos e prepostos para naturalmente fazer novos ricos no Maranhão e aumentar o patrimônio dos políticos integrantes da corrupção deslavada.

      O bandido Paulo Roberto Costa, durante o período do estelionato politico da Refinaria Premium, se constituiu em uma figura bem marcante no Maranhão, ao lado da governadora Roseana Sarney, do ministro Edison Lobão, do senador José Sarney e de inúmeros outros políticos correndo em busca de uma baba. A Controladoria Geral da União já constatou superfaturamentos e desvios de recursos criminosos na obra totalmente perdida.

       O caso do Alberto Youssef já é público e a governadora Roseana Sarney foi pega com a mão na botija, na escandalosa negociata de um precatório com a construtora Constran, mediante a propina de seis milhões de reais. Com a delação premiada, Youssef deve jogar muita merda no ventilador, inclusive para mostrar a sua eficiência na delação e comprometer todos os corruptos envolvidos na vergonhosa negociata.

       As delações premiadas dos dois bandidos tem tirado o sono de muita gente no Palácio dos Leões e de alguns políticos, que estão em campanha, mas não conseguem se concentrar por conta das preocupações e perdem o foco do projeto eleitoral.

       A governadora Roseana Sarney que foi desmoralizada nacionalmente pela Rede Globo, com a nota oficial do Tribunal de Justiça do Maranhão, sobre a questão da autorização para o precatório da Constran, declarando que fez apenas homologar um acordo firmado entre a Constran e o Governo do Maranhão, diante do entendimento e interesse das partes, contrariando as declarações públicas da governadora Roseana Sarney, que em rede nacional afirmou que a iniciativa foi do Tribunal de Justiça. Foi a partir da desmoralização pública, que a assessoria do candidato Edinho Lobão pediu o totalmente afastamento da governadora da campanha, inclusive com a supressão total de palavras e imagens delas no horário politico.

Sindspem suspeita que o corpo do preso Ronaldon Rabelo possa estar enterrado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas

peniA diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário do Maranhão vai solicitar ao Ministério Público para que seja realizada perícia técnica em toda a área externa do Complexo Penitenciário de Pedrinhas para a verificação se não há restos mortais de presos enterrados no local. A iniciativa é decorrente de que recentemente foi encontrado enterrado no local, o corpo esquartejado do preso Rafael Alberto Gomes, conhecido como Rafinha, com a cabeça separada do corpo todo mutilado e acondicionado em sacos de plásticos. Foi a primeira vez, que identificaram um corpo enterrado na área externa do complexo. O preso se encontrava recolhido no Presidio São Luís 1 e o seu corpo foi encontrado nas proximidades do Bloco A, do Pavilhão 1 do presidio em que estava recolhido. O pessoal que trabalha no videomonitoramento chegou ao ridículo de ter identificado dois presos lavando o xadrez em que estava recolhida a vítima, mas não identificou a execução, o que não deixa de ser uma conivência com a violência dentro do cárcere. Se houvesse um mínimo de seriedade e respeito na Sejap, o pessoal do monitoramento deveria também ser responsabilizado pelo crime, em razão de não ter dado o alarme e evitado o assassinato.

         O Sindspem se baseia para a solicitação ao Ministério Público, em razão do desaparecimento de uma das unidades do complexo, do preso Ronaldon da Silva Rabêlo, desde o ano passado e a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária, não tem explicações para o seu desparecimento. O secretário Sebastião Uchôa, afirmou publicamente que Ronaldon teve fuga facilitada, mas nunca apresentou provas, observando-se que no dia seguinte ao seu desaparecimento, ele deveria ser posto em liberdade mediante ordem judicial. Diante das suspeitas de que ele também pode ter sido enterrado em algum lugar da área externa do complexo é que a diretoria do Sindspem recorrerá ao Ministério Público para queseja feita uma perícia técnica no local. Apesar do surgimento de conversas na época do desaparecimento do jovem RonaldonRabêlo, de que o seu corpo teria sido totalmente retalhado e desovado em sacos de plásticos nas lixeiras das unidades prisionais, nada ficou provado, o que tem causado um profundo sofrimento para os seus familiares.Outra questão bem séria é que com os presos fora das celas, as administrações das unidades não estão conseguindo fazer a conferência do número de presos. Há poucos dias foi encaminhado para o Complexo de Pedrinhas, um mandado judicial de convocação de um preso para audiência e ele não localizado. No dia seguinte a escolta foi informada que o preso foi colocado em liberdade e que esqueceram de dar baixa, mas não falaram sobre a justificativa encaminhada para a justiça.

         A verdade é que o Complexo Penitenciário de Pedrinhas é um corredor da morte e que tem se constituído com referência para muitas rebeliões em presídios por todo o país. O exemplo bem identificado com Pedrinhas é o caso da cidade de Cascavel, no Estado do Paraná.

Sistema Penitenciário Falido mata um fere seis em Pedreiras

    Por sucessivas tenho afirmado aqui, que o governo de Roseana Sarney escolheu o pior de todos os caminhos para conduzir a sua administração e dela deve deixar o Palácio dos Leões pela porta dos fundos conduzindo à sua direita o secretário Sebastião Uchôa. A corrupção que sempre existiu para aumentar a fortuna da família, assumiuuma dimensão sem precedentes para a postura de deslavada.  O Sistema Penitenciário corroído pelas mazelas da corrupção, da incompetência e da irresponsabilidade feriu a dignidade dos maranhenses, expondo-os ao ridículo com assassinatos, inclusive barbáries e decapitações, além de fugas e escavações de túneis. O secretário Sebastião Uchôa com apenas um ano e cinco meses de administração, incorporou ao seu currículo 81 assassinatos nas unidades prisionais do Estado. Pela sua exacerbada falta de conhecimentos primários para a gestão pública, mereceu da Assembleia Legislativa do Estado, o título de cidadão maranhense, num total desrespeito ao povo maranhense, através da iniciativa do deputado estadual Raimundo Louro, hoje integrante da ficha suja e com o respaldo do presidente Arnaldo Melo, do Poder Legislativo Estadual.

    Se matarem mais detentos nas unidades prisionais, não será surpresa se o legislativo estadual lhes outorgar a medalha Manoel Beckman, maior comenda do Poder Legislativo, em reconhecimento ao seu macabro trabalho no Sistema Penitenciário do Maranhão.

    Para que se tenha uma dimensão da farsa que impera na Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária, a rebelião registrada no presídio de Pedreiras, foi em uma Unidade Prisional de Ressocialização, resultando no assassinato de um preso pela força de segurança e ferimentos em outros seis. Os presos fizeram um movimento cobrando direitos que lhes são assegurados pela Lei das Execuções Penais, que como unidade de ressocialização deveriam existir, mas que tudo na realidade não passa de engodo e tentativa para enganar a sociedade.

    Infelizmente, existente uma conivência entre as instituições dos poderes constituídos para que os presos dentro dos cárceres sejam submetidos a todo tipo de violência e sejam transformados em monstros para retornar ao convívio social. Daí o elevado índice de reincidência e o aumento da violência, com tendências de crescimento, uma vez que que estão sendo processados muitos interesses das autoridades para diminuir o número de presos nos cárceres

Edinho Lobão contradiz Dilma e cobra apoio para o turismo de Carolina

lobinhoApesar de não ter tido a recepção politica que esperava no município de Carolina, muito embora o prefeito Ubiratan Jucá tenha decretado feriado na cidade, distribuído combustível e tenha determinado que os funcionários contratados do executivo municipal fossem para a recepção ao candidato com bandeiras, o candidato Edison Lobão Filho, conseguiu cumprir a sua programação na cidade. Ele foi bem crítico quando se referiu ao potencial turístico de Carolina e de toda a região, destacando que eles precisam ser divulgados e trabalhados para o desenvolvimento da indústria do turismo no município e nas cidades integrantes de todo o polo.

  O contraditório está na propaganda gravada pela presidente Dilma Rousseff para a campanha do candidato a senador e ex-ministro do turismo Gastão Vieira. Ela dá um destaque de grande importância para eleno ministério, de tal forma, que se não fosse ele o Ministro do Turismo, não haveria copa do mundo no Brasil, além de outras asneiras que comprometem ainda mais o governo dela. Um exemplo de que o Maranhão não mereceu a devida atenção de Gastão Vieira é que o candidato Edinho Lobão, fez questão de cobrar publicamente uma atenção de mais respeito pela governadora Roseana Sarney e a presidente Dilma Rousseff para o turismo de Carolina. O ex-ministro do turismo pouco ou nada fez pelo Maranhão e hoje tenta convencer os eleitores de que ele é merecedor de voto.

Promotor acusado de tentativa de homicídio deve ser afastado do Ministério Público

A Procurador Geral de Justiça e o Corregedor Geral do Ministério Público, se posicionaram publicamente sobre a tentativa de homicídio praticada pelo promotor público Carlos Serra Martins, que inclusive portava uma espingarda sem o devido registro e que chegou a ser preso. Para esclarecimento à sociedade, relatam que ele responde a oito processos administrativos, e que inclusive o Conselho Nacional do Ministério Público já proferiu decisão para o seu afastamento da instituição. A informação do Ministério Público foi muito importante sob o ponto de vista de dar transparência sobre o desvio de comportamento do promotor e das medidas que estão sendo adotadas.  O fato é isolado e lamentável sob todos os aspectos e que em momento algum atinge a honorabilidade da instituição e dos seus membros. Abaixo leia a nota de esclarecimento.

 

  

NOTA DE ESCLARECIMENTO

 

O Ministério Público do Maranhão esclarece que foi comunicado pela Polícia Civil do envolvimento do promotor de justiça Carlos Serra Martins em suposta tentativa de homicídio praticada, no último sábado (23), no município de Raposa.

 

O MPMA informa que o referido promotor de justiça já responde a Ações Penais no Tribunal de Justiça e a procedimentos disciplinares no Conselho Nacional do Ministério Público. O CNMP já proferiu decisões determinando sanções de afastamento a Carlos Serra Martins.

 

As decisões do Conselho resultaram de oito processos administrativos disciplinares avocados pelo CNMP a pedido do corregedor-geral do MPMA, SuvamyVivekananda Meireles, e da procuradora-geral de justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha.

 

O MPMA reitera que nenhum cidadão pode cometer crimes, principalmente um membro do Ministério Público que tem o dever de proteger a sociedade e zelar pelo cumprimento das leis, e que já adotou todas as providências no âmbito criminal e disciplinar para apurar estes novos fatos.

 

Secretaria para Assuntos Institucionais do Ministério Público do Maranhão

 

PORQUE (M) LUTAM OS PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL?

Desde o dia 22 de Maio passado temos acompanhado a luta dos professores da rede municipal por melhores condições salariais e melhores condições de trabalho. Paralelo a isso temos acompanhado também manifestações da justiça determinando a volta imediata ao trabalho, declarando a greve ilegal, além de parte da imprensa todos os dias afirmando que os alunos da rede estão sendo prejudicados com a ausência das aulas.

Como professora e pesquisadora em educação, que a um ano vem levantando dados sobre educação infantil da rede municipal, resolvi me manifestar em respeito a todos e todas que emitem opinião sobre o movimento grevista e o impasse que impede a retomada das aulas, colocando, modestamente algumas questões para discussão da sociedade ludovicense.

Quando levanto dois questionamentos em um, perguntando por que e por quem lutam os professores da rede municipal, ao contrário da justiça, da imprensa e de outros setores da sociedade, não tenho respostas prontas, trago elementos que resultam de um processo de investigação que não busca julgar, classificar ou apontar culpados, mas sim compreender o processo em andamento e tentar contribuir de alguma forma para sua melhoria.

Assim, quando pergunto por que lutam os professores da rede municipal, posso apontar alguns elementos que dão alguma pista da motivação dessa luta:

1)     Lutam para deixar de dar aulas em salas muito quentes, muitas vezes sem um ventilador para minimizar o calor, ou ainda nessa excrecência chamada Anexo, que são arranjos (ou desarranjos), para substituir as escolas que não foram construídas;

2)    Lutam para não ter que tirar de seu salário, carcomido pela inflação, um mínimo de material didático para poder ministrar suas aulas, já que em algumas escolas não é encaminhada, pelo poder público, a pelo menos sete anos uma folha de papel sequer;

3)    Lutam para também não ter que tirar desse mesmo carcomido salário, recursos para custear sua formação contínua, que este mesmo poder público que o manda retornar imediatamente ao trabalho, não se preocupa em oferecer;

4)    Lutam para conseguir que esse poder público, envolvido aí os três poderes, não os trate como invisíveis, como alguém que está lá para fazer independente das condições e situações e, sim, como trabalhadores (as) que lutaram muito, investiram muito em sua formação e não merecem ser desrespeitados como estamos assistindo atualmente;

5)     Lutam para ministrar aulas sem medo da violência que adentra as escolas, sem que se pense em proteger esse profissional que sai de casa para desenvolver seu trabalho;

6)    Lutam para conseguir ensinar crianças muitas vezes oriundas de famílias indiferentes que também de forma indiferente levam seus filhos à escola;

7)    Lutam para transmitir valores sociais e esperança para várias crianças com alta vulnerabilidade social, sem que haja apoio de uma equipe multidisciplinar para que seu trabalho tenha uma continuidade;

8)    Lutam para dar dignidade a uma profissão que só quem a exerce sabe o que é encarar salas de aula superlotadas em condições absolutamente precárias, pois professor não tem gabinete como os que ordenam a retomada imediata das aulas, muitas vezes não tem nem cadeira para sentar;

9)    Lutam para mostrar a essa sociedade indiferente que não são missionários, não fazem caridade e muito menos dela necessitam, são PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÂO, essa mesma que todos(as) dizem querer com qualidade;

10)   Lutam para provar que esses(as) hipócritas que dizem lutar por uma educação pública de qualidade, apenas a usam como discurso para enganar aqueles que dela necessitam, pois onde estão os vereadores que tanto falaram em defender essa educação de qualidade e consideram a Luta dos professores ilegal e prejudicial às crianças. Prejuízo é fazer de conta que faz educação. ATENÇÃO, esses(as) hipócritas são candidatos(as) e querem nosso voto com o mesmo discurso falso e vazio.

Agora, por quem lutam os professores da rede municipal de ensino:

1)     Lutam por si mesmo, para que tenham um desenvolvimento profissional digno, um trabalho de qualidade e uma aposentadoria também digna;

2)    Lutam por seus alunos, para que essa tão propalada qualidade efetivamente chegue a eles;

3)    Lutam pelas famílias de seus alunos, pelas indiferentes, para demonstrar o valor social da educação, pelas esperançosas, para que sua fé na escola pública não seja frustrada;

4)    Lutam por todos nós, sim, por toda a sociedade, especialmente a maranhense e ainda mais especificamente a ludovicense, para que deixemos de nos envergonhar de nossos índices sociais, sempre entre os piores do Brasil, que também não apresenta índices dos quais possamos nos orgulhar, ou seja, para que pelo menos comecemos a dialogar, discutir, nos indignar com a situação da educação municipal de São Luís.

Enfim, vamos mandar trabalhar imediatamente, quem não faz a sua parte, o gestor público, que nas campanhas políticas jura defender a educação pública e quando assume o poder, vira patrão, esquecendo que a base de sustentação da gestão pública é o diálogo, a negociação e os acordos possíveis, ações que efetivamente são desenvolvidas por quem conhece a realidade de sua cidade, de quem tem um projeto de transformação da sociedade, de quem quer ser história.

                                  Prof.ª Dr.ª Rosemary Ferreira da Silva

William Bonner, “duro diante de todos”?

williamEntrevistas com candidatos à Presidência revelam: além de interromper incessantemente Dilma, “JN” tenta apresentar como “natural” agendaeconômica desejada pelos mercados financeiros

Por Glauco Faria e Maíra Streit, na Revista Forum

 

O diabo mora nos detalhes, diz um famoso provérbio. No entanto, às vezes não é preciso descer tanto a eles para verificar a validade de uma determinada situação. No caso das entrevistas feitas com os presidenciáveis no Jornal Nacional até ontem (18), rever os programas e verificar quais perguntas foram feitas a cada um e como se comportaram os entrevistadores pode revelar muito sobre o direcionamento do programa e da Rede Globo.

A postura e a forma incisiva como são feitas as questões, muitas vezes beirando a falta de educação ou simples pirraça, como nas ocasiões em que o entrevistador aparenta não gostar da resposta dada, pode passar a impressão de que William Bonner e Patrícia Poeta são “imparciais” e “apertam” os entrevistados de forma indistinta. No entanto, os temas e até mesmo as palavras mostram que a igualdade de tratamento passou longe.

Na entrevista de ontem [com Dilma Roussef], o tema central que ocupou quase metade da entrevista (7 minutos e 16 segundos dos 15 minutos e 58 totais) foi corrupção. Desde a pergunta inicial de Bonner, que enumerou sete ministérios e uma estatal onde teria havido “escândalos”, durante um minuto e sete segundos, até a pergunta de Patrícia Poeta sobre saúde, que se iniciou com um “Corrupção não é o único problema”, o termo foi dito dez vezes pela dupla do telejornal, sete somente na primeira questão. Na entrevista com Aécio, a palavra apareceu somente em três oportunidades em uma pergunta de Poeta – em uma das vezes, relacionada ao PT –, e nenhuma na participação de Eduardo Campos.

Uma resposta dada por Aécio na primeira entrevista, aliás, parece ter “pautado” uma das perguntas feitas por Bonner ontem a Dilma. Veja a semelhança de conceitos entre ambos:

Patrícia Poeta: Candidato, o seu partido é crítico ferrenho de casos de corrupção que envolvem o PT. Mas o seu partido também é acusado de envolvimento em escândalos graves de corrupção. (…) Por que o eleitor iria acreditar que exista diferença entre os dois partidos quando o assunto é esse: corrupção?

Aécio Neves: Patrícia, eu acho que a diferença é enorme. Porque no caso do PT houve uma condenação pela mais alta corte brasileira. Estão presos líderes do partido, tesoureiros do partido, pessoas que tinham postos de destaque na administração federal, por denúncia de corrupção. (…) O que eu posso garantir é que, no caso do PSDB, se eventualmente alguém for condenado, não será, como foi no PT, tratado como herói nacional. Porque isso deseduca.

Nos grifos nossos da resposta acima estão os mesmos conceitos de “grupo de elite”, corrupto do PT e “tratamento de herói” dado pela legenda, embutidos na questão de Bonner sobre o tema feita ontem:

William Bonner: Então, me deixa agora perguntar à senhora. E em relação a seu partido? O seu partido teve um grupo de elite de pessoascorruptas, comprovadamente corruptas, eu digo isso porque foram julgadas, condenadas e mandadas para a prisão pela mais alta corte do Judiciário brasileiro. Eram corruptos. E o seu partido tratou esses condenados por corrupção como guerreiros, como vítimas, como pessoas que não mereciam esse tratamento, vítimas de injustiça. A pergunta que eu lhe faço: isso não é ser condescendente com a corrupção, candidata?

Para não haver dúvidas, o âncora do JN chama o que ele considera um grupo de elite petista de corrupto três vezes, para o telespectador, que um dia ele julgou ser Homer Simpson, entender bem. Um comportamento similar ao de qualquer apresentador de telejornal policial.


O consenso dos “economistas” do JN

A certa altura da entrevista de ontem, Bonner reclamou com a presidenta: “Nós vamos falar de economia”, cortando a fala da petista e mesmo sua colega de bancada para fazer seu questionamento a respeito. Embora parecesse estar preocupado com a falta de tempo que restaria ao assunto, economia foi prioridade de fato nas duas entrevista anteriores do JN. Diferentemente do que ocorreu com Dilma, este foi o assunto que abriu as conversas com os presidenciáveis tucano e pessebista.

Sempre com diagnósticos sombrios sobre o panorama econômico do país, os jornalistas da Globo quase exigiram dos outros dois candidatos compromissos com o corte de gastos públicos, adiantando a quem assistia que “medidas impopulares” teriam que ser tomadas. Para Aécio, a pergunta incluiu o trecho:

(…) economistas que concordam com o seu diagnóstico para a economia brasileira dizem que essas medidas que o senhor tem anunciado não bastam, elas não seriam suficientes para resolver. Que seria necessário que o governo fizesse um corte profundo de gastos. Que seria necessário que o governo também eliminasse a defasagem de tarifas públicas como preço da gasolina e energia elétrica. A questão é a seguinte: o senhor não vai fazer essas medidas que os economistas defendem? Ou o senhor está procurando não mencionar essas medidas, porque elas são impopulares?”

Para Eduardo Campos, Patrícia Poeta não citou os “economistas que concordam com o senhor”, mas o termo “economistas” foi colocado de forma genérica, como se todos concordassem com a retração de gastos públicos:

Candidato, vamos começar a entrevista com a lista de algumas promessas que o senhor já fez, eu anotei algumas delas: escola em tempo integral, passe livre para estudantes do ensino público, aumento dos investimentos em saúde para 10% das receitas da União, manutenção do poder de compra do salário mínimo e multiplicar por 10 o orçamento da segurança”. Tudo isso significa aumento dos gastos públicos. Mas o senhor também promete baixar a inflação atual para 4% em 2016, chegando até 3% até 2019. E isso, segundo economistas, exige cortar pesadamente gastos públicos. Ou seja, essas promessas se chocam, se batem. Qual delas o senhor não vai cumprir?

Quando falou com Dilma a respeito de economia, Bonner citou “analistas”, de novo de forma genérica, para justificar sua avaliação embutida na questão:

(…) os analistas dizem que 2015, ano que vem, vai ser um ano difícil, um ano de acertos de casa, que é preciso arrumar a economia brasileira e portanto isso vai impor algum sacrifício, vai ser um ano duro”.

Não há problema em um jornal ou veículo ter determinadas posições a respeito de temas diversos, como a condução da política econômica por parte de um governo. Seria ótimo, aliás, que todas as posturas fossem transparentes. No entanto, em uma série de entrevistas na qual se pretende dar condições de igualdade para todos, tocar logo de início em um assunto no qual o diagnóstico do entrevistador e do entrevistado parece ser similar, além de um conceito preestabelecido, dá vantagem óbvia a quem concorda com a tese. E deixa o telespectador sem margem para julgar que aquilo está longe de ser verdade inconteste, como a postura do perguntador sugere.

Tempo e intervenções

Mas o que talvez tenha saltado aos olhos na entrevista de ontem, comparando-se com as outras duas, foi a postura de William Bonner. Ele realizou pelo menos 21 intervenções em respostas de Dilma, ou interrompendo a fala da candidata ou voltando à questão, insatisfeito com a resposta dada. Na entrevista com Campos, o âncora fez isso cinco vezes, mesmo número de ocorrências na conversa com Aécio.

Também impressionou o ímpeto em acuar Dilma, se sobrepondo muitas vezes a Poeta. Bonner tomou ou tentou tomar a palavra durante 3 minutos e 53 segundos, reservando meros 47 segundos a sua colega de trabalho (números aproximados). Na participação de Aécio no JN, Bonner falou durante 3 minutos e 9 segundos, e Patrícia Poeta durante um minuto e 46, mais que o dobro de ontem. Com Eduardo Campos, a distorção foi ainda maior: o âncora ocupou 2 minutos e 16 segundos, enquanto a jornalista ocupou 2 minutos e 8, quase o mesmo tempo que o companheiro de bancada. Na entrevista, Bonner deixou de ser entrevistador para se investir de sua outra função, a de editor-chefe. No caso específico, mais chefe que editor.

O modelo de entrevista

Millôr Fernandes dizia que “o xadrez é um jogo chinês que aumenta a capacidade de jogar xadrez”. O modelo de entrevistas do Jornal Nacional é quase isso. Na prática, testa a capacidade do candidato de se portar em uma entrevista do programa. Pode ser útil sim, já que um candidato pode cometer um ato falho, se trair em alguma resposta, passar uma insegurança estranha ao eleitor etc. Mas está longe de elevar o nível do debate político.

E em geral são os jornalistas, justamente, que reclamam do vazio das propostas, dos programas, de posições pouca convictas dos candidatos. Mas entrevistas como estas, nas quais o entrevistador se traveste de inquisidor e desfila cobranças como a de que um candidato “se cerque de gente honesta”, como se este fosse o problema central da corrupção, contribuem muito pouco para que o embate político saia do raso.

Fonte Instituto João Goulart

 

Com receios de vaias e qualificações pejorativas Roseana Sarney se afasta dos palanques

     foto1A governadora Roseana Sarney teria sido orientada pelo senador José Sarney e pelos seus advogados para se afastar da campanha eleitoral pública.Depois ter sido flagrada pela Policia Federal na Operação Lava Jato com a negociação de um precatório no valor superior a 120 milhões de reais com a construtora Constran, através do doleiro Alberto Youssef, mediante a propina de seis milhões de reais, a sua imagem que já era ruim ficou péssima. Com desmoralização pública nacional, quando o Tribunal de Justiça informou que autorizou a negociação do precatório por solicitação do governo salientando entendimentos entre os interessados, o que era péssimo ficou liquidado.

       A governadora Roseana Sarney ainda não se recuperou da desmoralização pública e tem evitado viajar e participar de reuniões politicas. A sua assessoria teme que ela venha a participar de reuniões públicas e que possa a vir a ser vaiada e qualificada com muitos impropérios, uma vez que não tem controle emocional para o enfrentamento de adversidades de tal natureza. A preocupação da sua assessoria jurídica é que com o desdobramento da Operação Lava Jato, a governadora Roseana Sarney venha ser indiciada em processo e a Justiça Federal possa impedir a sua saída do país e atrapalhar o seu projeto de morar em Las Vegas nos Estados Unidos. Por outro lado, a assessoria do Edinho Lobão, entende que Roseana Sarney já causou muitos prejuízos eleitorais ao candidato, e sua participação na campanha será altamente negativa.

Complexo Penitenciário de Pedrinhas é um corredor da morte

loucoQue o Governo do Maranhão e a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária são altamente incompetentes e irresponsáveis, disso ninguém tem dúvida e ficaram mais reconhecidos nacionalmente e internacionalmente, com os assassinatos e barbáries registradas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Por conta dos 80 assassinatos no período de um ano e cinco meses da administração do delegado Sebastião Uchôa, além de centenas de fugas e escavações de túneis em todas as unidades prisionais do sistema. O governo brasileiro corre o risco de vir a ser condenado pelo Conselho de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos por todos os assassinatos praticados dentro do cárcere e a monstruosidade das decapitações.

   Uma verdadeira farsa foi montada pelos governos estadual e federal com a participação de instituições dos poderes constituídos para resolver a problemática com a criação do Comitê de Gestão Integrada, a quem coube a responsabilidade de acompanhar, fiscalizar e monitorar todo o Sistema Carcerário do Estado e as construções de presídios novos, que deveriam ser entregues a partir de dezembro do ano passado e até hoje nenhum foi inaugurado.

   A realidade de hoje é que na maioria das unidades prisionais do Complexo de Pedrinhas, os presos estão fora das celas e existem diversos pavilhões totalmente destruídos, inclusive um deles que foi reconstruído com recursos superiores a um milhão de reais. Com toda a demagogia e as articulações mentirosas, nada de positivo ocorreu até hoje, havendo o registro de 20 assassinatos o correspondente a 25% do ocorrido o ano passado. O pior de tudo é que o Comitê de Gestão Integrada, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça não demonstraram qualquer interesse em dar um basta nas mortes já banalizadas dentro das unidades prisionais. O pior de tudo é que a Pastoral Carcerária, que deveria ter a missão profética do anúncio e da denúncia é totalmente conivente com a sordidez da banalização da vida dentro dos cárceres, com um posicionamento vergonhoso de aliado da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária, o que tem suscitado muitas suspeitas de interesses entre as duas partes.

   Hoje poderia estar aqui registrando o assassinato de mais um preso no Complexo de Pedrinhas, mais precisamente no Presidio São Luís 2. Quem escapou de ser executado de ontem para hoje, foi o preso Francisco das Chagas Rodrigues Brito, condenado a 42 de prisão no caso dos meninos emasculados no Maranhão e no Pará. Ele foi ferido a chuçadas por um companheiro de cela, mas conseguiu escapar da morte, sendo conduzido ao Socorrão 1 e  se encontra fora de perigo.

   O que causa a maior indignação é que diante de tantas mortes, fugas, escavações de túneis, as instituições integrantes do Comitê de Gestão Integrada ainda não conseguiram desenvolver uma estratégia para dar um basta nas execuções, até mesmo pela morosidade na conclusão das obras dos novos presídios. O problema tem duas explicações: Omissão ou a determinação pela banalização da vida. Esta última fica cada vez mais visualizada, o que infelizmente é uma demonstração clara da pena de morte institucionalizada.

Ministério Público barra entrega de gasolina e ‘motocada’ de Graça Paz é cancelada

Outra grande polêmica surgiu no fim da tarde de ontem, deixando a política em Coroatá borbulhando por certas decisões ‘surreais’.

  povo

A coordenação da campanha da Deputada Estadual Graça Paz (PSL), encabeçada por Walter Santos, Dr. Carlos Portela, professora Arly e Zé Ivan ficou indignada com a atitude do Ministério Público em barrar a entrega de gasolina para a ‘motocada’ que seria realizada no fim da tarde de ontem, quarta-feira (20/08). A Promotora Patrícia Espínola foi até o posto de gasolina e proibiu a ação. De acordo com informações que chegaram até nossa redação, a promotora alegou que não era permitido a entrega de gasolina.

 povo

Na manhã desta quinta-feira (21/08), procuramos o Ministério Público para que explicasse o caso, assim como a equipe do Programa Coroatá na TV, não obtivemos êxito. Falamos com alguns funcionários e apesar de informar que a Dr. Patrícia estava no local, não a encontramos.

Esperamos que o Ministério Público dê esclarecimentos sobre o caso, principalmente porque houve entrega de gasolina na ‘motocada’ da candidata Andrea Murad, realizada na última semana.

Apesar de cumprir a determinação da justiça, a coordenação da campanha da Deputada Estadual Graça Paz (PSL), ficou sem entender porque somente agora houve essa abordagem do Ministério Público.

 povo

À nossa equipe, Walter Santos, um dos que estão à frente da campanha da Deputada Estadual Graça Paz (PSL) em Coroatá, disse que publicará amanhã uma nota sobre o ocorrido. Após o veto em realizar a motocada, a coordenação inaugurou o comitê central de Graça Paz e Fábio Gondim. “O maior inimigo da verdade é frequentemente não a mentira deliberada, planejada, desonesta, mas sim o mito, persistente, entranhado e irreal.”… (John F. Kennedy)

 

 Fonte blog Coroatá Online MA