Por orientação do Palácio dos Leões, o secretário Paulo Rodrigues da Costa, da Justiça e Administração Penitenciária vem procurando enxugar as diversas folhas de pagamento existentes dentro da instituição vinculadas as inúmeras empresas prestadoras de serviços. Recentemente o secretário chamou a direção da VTI, empresa que detém um contrato aproximado de seis milhões de reais para fazer enxugamento na folha no valor de um milhão de reais. Recebeu a informação de que imediatamente poderia reduzir em 500 mil reais com a diminuição do número de pessoal contratado por ela, mas os outros 500 mil reais estariam com dificuldades, haja vista que são pessoas que prestam serviços para políticos e interessados, que a VTI não tem o controle, fazendo apenas os repasses mensais.
Outro caso de corrupção vergonhosa está no contrato SEJAP X GESTOR SERVIÇOS, de iniciativa do ex-secretário Sebastião Uchôa. Através da Portaria nº 035 de 1º de Abril de 2013 e publicada no Diário Oficial de 04/04/2013, com total responsabilidade do então dirigente da pasta, foram contratados 294 pessoas, a maioria de curso superior com salários entre mil e quinhentos e sete mil reais, com a observância de que todas deveriam prestar serviços na sede da SEJAP, no Outeiro da Cruz. Mais tarde se soube que tudo era apenas justificativa, mas que na realidade elas não trabalhariam. O valor do contrato, incluindo obrigações sociais e taxa de administração da empresa Gestor Serviços era inicialmente de 1,5 milhão de reais e depois foi elevada para 1,7 milhão de reais.
Os contratados são ligados a políticos e pessoas influentes em outros poderes, que tinham a missão de garantir a permanência de Sebastião Uchôa na direção da SEJAP, com a blindagem dele junto a governadora Roseana Sarney, principalmente nos casos de barbáries e outras práticas criminosas nas mais diversas unidades do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Se o contrato permaneceu até a data da exoneração do ex-secretário, foram gastos de 30 milhões de reais criminosamente.
Tudo tem que ser apurado pelo novo governo para responsabilizar Sebastião Uchôa, a governadora Roseana Sarney, muitos outros privilegiados e as próprias empresas prestadoras de serviços. O pessoal que durante um ano e meio se beneficiou da corrupção, deve ser obrigado pela justiça a devolver o dinheiro recebido aos cofres públicos. Não se tem noção de quantos contratos existem e outras facilidades, inclusive para alguns políticos e do volume de recursos desviados para favorecimento de campanhas.
A verdade é que o clima é bastante tenso dentro da SEJAP. O estranho é que muita gente que vivia se beneficiando da corrupção semeada dentro da pasta por Sebastião Uchôa, agora está denunciando mais praticas criminosas, até como uma espécie de delação premiada.
O governador Flavio Dino pela poucas informações que tem, mostra-se bastante preocupado com a situação do Sistema Penitenciário.