Indicar Flavio Dino diminui STF e despreza imparcialidade, avaliam senadores

Críticas são do líder da oposição no Senado, Rogério Marinho, e do ex-vice de Bolsonaro, General Hamilton Mourão

A decisão do presidente Lula (PT) de indicar o ministro da Justiça, Flávio Dino, para integrar a cúpula do Judiciário do Brasil foi criticada pelo líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), como gesto de desprezo preocupante pela estabilidade e harmonia nacional, por politizar e diminuir o Supremo Tribunal Federal (STF). Marinho reforçou a crítica do ex-vice-presidente da República, General Hamilton Mourão (Republicanos-RS), sobre a capacidade de Dino agir de forma justa, imparcial e diligente, após deixar a magistratura para ser político, e tentar voltar ao Judiciário.

Para Marinho, que foi ministro de Desenvolvimento Regional do governo de Jair Bolsonaro (PL), a indicação de Dinho joga lenha na fogueira, mesmo sendo prerrogativa do presidente da República, porque o indicado “não representa a imparcialidade necessária para uma instituição que deve ser o bastião da Justiça e Constituição”.

O argumento do líder da oposição é de que a opção por um nome “tão intrinsecamente ligado a um espectro político ideológico”, Lula vai além do desrespeito à essência da imparcialidade judicial. “A indicação de Flávio Dino é um espelho do acirramento e da divisão promovida pelo PT no país, uma decisão que politiza e diminui o STF”, concluiu, em publicação na noite de ontem (27), em suas redes sociais.

Antes de se tornar ministro do STF, o senador licenciado Flávio Dino precisará passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, marcada para o dia 13 de dezembro. Na ocasião, precisará ser aprovado na reunião com votação secreta. Caso aprovado, ainda deverá obter aprovação mínima de 41 senadores, em nova votação secreta no Plenário do Senado.

Diário do Poder

 

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