A candidata ao Senado pelo PSB e ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça criticou a falta de renovação no Poder Judiciário. “A cúpula está envelhecendo e as práticas são ainda antigas. Seria preciso uma renovação geral para oxigenar e tirar os pré-históricos que nada acrescentam. O Judiciário deveria se desaliar com o poder e se aliar com a Nação”.
Em entreviista aos radialistas Cristóvão Rodrigues e Fabrício Cunha a candidata falou sobre sua trajetória no Judiciário, do tempo em que exerceu a função de corregedora do Conselho Nacional de Justiça – CNJ e das ações que dirigiu contra a corrupção em diversos Estados. “Sofri perseguição, pressão, mas por clamor da sociedade continuei na função”, disse.
Sobre a corrupção, disse que funciona como uma teia, formada também por uma rede de intrigas que se realimenta. “É visível que a sociedade clama por mudanças.”
Eliana Calmon disse que se sente satisfeita por ter entrado na campanha após uma vida inteira dedicada às ações do judiciário, e ver de perto a verdadeira situação da população. “Estive no final de semana em Arraial d’Ajuda. O ponto turístico está ótimo, mas fiquei indignada com a situação da periferia, com esgotos a céu aberto, lama, obras de escolas e postos de saúde inacabadas, esse é o retrato da desigualdade no nosso Estado.”
Ela explicou também porque mesmo sendo nova na política decidiu justamente tentar uma vaga de senadora. Segundo Eliana Calmon, se chegasse à Câmara Federal como deputada, teria a concorrência direta de outros 512 parlamentares.
No Senado, explicou, são 81 senadores, sendo que “metade não quer aparecer e boa parte tem participação mínima. Lá posso ter voz ativa na tribuna, denunciando os desmandos e servindo como canal direto com a mídia”.