Conflitos Agrários com mortes no período eleitoral preocupa a Fetaema

fetaemaO líder sindical Chico Miguel, presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Maranhão, vê com bastante preocupação o aumento dos conflitos agrários no Maranhão. Geralmente nos período eleitorais,haviam tréguas como estratégias de latifundiários, grileiros e o pessoal do agronegócio, inclusive com falsas promessas, com o objetivo de angariar votos para os políticos que lhes dão sustentação e garantem junto aos poderes constituídos todas as praticas criminosas contra trabalhadores e trabalhadoras rurais. O dirigente da Fetaema vem debatendo a problemática com a diretoria da entidade, com as coordenações dos polos sindicais e dentro do contexto mais amplo com todo o Movimento Sindical Rural. Os últimos assassinatos em Chapadinha e Araioses aumentaram ainda mais a preocupação das lideranças sindicais, uma vez que grileiros e latifundiários decidiram realmente partir para ofensivas com armas de grossos calibres utilizadas por pistoleiros e jagunços. Se recorrer a quem?  Pergunta o dirigente sindical, se essas pessoas são protegidas em quase todosos poderes, fica muito difícil e praticamente impossível. Tem certos momentosem que vemos direitos unilaterais sempre protegendo bandidos e criminosos. Outro problema sério é que instituições como o INCRA e o ITERMA, que deveriam ter a responsabilidade de fazer desapropriações de áreas de conflitos e imediatamente a regularização fundiária, se omitem simplesmente para favorecer criminosamente políticos e latifundiários, com destaque para o INCRA. Lamentável sob todos os aspectos, é que por falta de seriedade e apesar das sucessivas denúncias feitas pelo Movimento Sindical Rural, o INCRA se transformou em um órgão voltado para campanhas politicas, com dezenas de denúncias de corrupção que geralmente não são apuradas e os recursos que deveriam ser efetivamente para a reforma agrária acabam sendo desviados para campanhas. Se existem responsáveis pelas mortes no campo, o primeiro é o Governo do Estado e o segundo é o INCRA, que ao invés de trabalhar comisenção, sempre se mostra favorável  aos grileiros e latifundiários protegidos por políticos, diz Chico Miguel.Dentro dos próximos dias deverei participar de uma reunião da CONTAG, em Brasilia, inclusive com a participação de membros da direção nacional do INCRA, e vamos cobrar deles a presença no Maranhão, para juntamente com a Ouvidoria Agrária Nacionale o Movimento Nacional de Combate A Violência no Campo e lideranças do Movimento Sindical Rural para um posicionamento  sobre a celeridade da regularização fundiária de várias comunidades, principalmente quilombolas, até para que sejam esclarecidas as razões de tanta morosidade e se existem interesses escusos por trás, afirmou o presidente da Fetaema.

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