Quilombolas podem interditar a BR-135 a qualquer momento como luta pela regularização fundiária de dezenas de comunidades

            quilobosAs promessas assumidas publicamente pelo ex-superintendente do INCRA , Jose Inácio Rodrigues, hoje candidato a deputado estadual  na coligação PT/PMDB, de que seriam feitas as regularizações fundiárias de mais de 30 comunidades dentro do município de Itapecuru-Mirim, não foram honradas. Antes de deixar o cargo chegou a afirmar que os problemas burocráticos estavam superados e que a sua substituta Fátima Santana, faria todo o processo, inclusive com a chegada imediata de inúmeros benefícios. A atual superintendente nunca deu as caras e para mostrar que os trabalhadores e trabalhadoras rurais quilombolas não estão dispostos a serem objetos de engodo, chegaram a interditar a BR-135 por algumas horas como advertência.

Foram enviados ao local, alguns funcionários do INCRA semo mínimo poder de decisão, tendo eles cobrado a presença da superintendente Fátima Santana, que falou e acabou por relatar que não havia nada de concreto quanto a regularização fundiária, deixando bem evidente que as propostas de José Inácio Rodrigues não tinham um mínimo de veracidade, o que deu origem para mais indignação.

             As lideranças das comunidades quilombolas solicitaram ontem uma reunião com a direção da Fetaema, que deverá ocorrer por todo o dia de amanhã, quando eles deverão registrar o que pretendem fazer como pressão para a regularização das suas terras, evitando assim muitas ameaças de grileiros e latifundiários. Eles deixam bem claro, que se o INCRA não tomar as providências urgentes para a resolução do problema, estão dispostos a interditar a BR-135 no povoado Entroncamento, por tempo indeterminado e com muita gente, não temendo por nada, tendo lideranças deixado bem claro, que se necessário for, estão dispostos a colocar a própria vida em risco. A direção da Fetaema deve pedir intermediação ao Ministério Público Federal e ao próprio INCRA Nacional, diante da séria determinação dos povos quilombolas e da incompetência da direção estadual do INCRA.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *