Crimes e criminosos: “Agora é oficial. No Brasil o crime compensa”

A frase do título – “Agora é oficial. No Brasil o crime compensa” – é do Deputado Marcos Feliciano – após o STF confirmar a “suspeição” de Sérgio Moro.

Al Capone, Crowley – o “Two Gun”, Dutch Schultz são famosos salteadores que viveram nos Estados Unidos, Pablo Escobar viveu na Colômbia e Lula, ainda vivo, mora no Brasil. O que os conecta não são os crimes praticados, mas a ideia de que são benfeitores da humanidade. Que seus atos foram uma pratica caridosa e gentil e favoreceram aos despossuídos da terra.

Alphonse Gabriel “Al Capone” foi um “homem de negócios” que liderou um grupo criminoso que administrava diversas atividades ilegais, como apostas, agiotagem, prostituição e, principalmente, comércio e contrabando de bebidas durante a era da lei Seca, que vigorou nos Estados Unidos nas décadas de 1920 e 1930.

Apesar de suas extensas atividades criminosas, Capone conseguiu fugir das autoridades por muitos anos, devido a corrupção e ao controle que exercia sobre os agentes policiais e sobre os juízes. Somente em 1931 é que ele foi encarcerado por evasão fiscal e condenado a onze anos de prisão. Na cadeia, sua saúde foi se deteriorando, devido a sífilis e após oito anos atrás das grades, foi solto. Capone faleceu em janeiro de 1947, após uma parada cardíaca.

Francis “Two Gun” Crowley” foi um homicida americano e delinquente de carreira. Sua onda de crimes durou quase três meses, terminando em um tiroteio de duas horas contra agentes do Departamento de Polícia de Nova York em maio de 1931, assistido por 10.000 espectadores. Preso, foi julgado em menos de três semanas por seus crimes. Foi condenado a morte e executado na cadeira elétrica em 21 de janeiro de 1932.

O holandês Schultz, cujo o verdadeiro nome era Arthur Simon Flegenheimer, foi um mafioso americano. Morando na cidade de Nova York nas décadas de 1920 e 1930, ele fez fortuna em atividades relacionadas ao crime organizado incluindo contrabando, tráfico e evasão fiscal.

Pablo Emilio Escobar Gaviria, atuou na Colômbia, narcotraficante, conquistou fama mundial como “o senhor da droga” e o título de “D. Pablo”, tornando-se um dos homens mais ricos do mundo graças ao tráfico de cocaína para os Estados Unidos e outros países.

“Membros dos governos norte-americano e colombiano, repórteres de jornais e o público em geral o consideram o mais brutal, impiedoso, ambicioso e poderoso traficante da história”.

Luiz Inácio da Silva, mais conhecido como Lula, de origem pobre, é um político, ex-sindicalista, ex-metalúrgico, brasileiro, principal fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), foi o 35º presidente do Brasil, tendo exercido o cargo de 1º de janeiro de 2003 a 1º de janeiro de 2011. Foi acusado de liderar a quadrilha do Petrolão, segundo denúncia do MPF, causando um prejuízo de bilhões ao país, foi condenado em 1ª instância pelo ex-juiz Sergio Moro; em 2ª instância por três desembargadores; e no STJ por cinco ministros.

Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), para o espanto dos brasileiros decentes, anulou todos os processos a que Lula respondia na 13ª Vara Federal de Curitiba, e o ex-presidente se safou das condenações que o impediam de ser candidato em eleições.

“Mas os processos anulados por Fachin não são os únicos em que o petista era réu. Ele ainda responde a três processos na Justiça Federal de Brasília e também é réu em uma ação na Justiça de São Paulo. Não há perspectiva de sentenças a curto prazo em nenhum desses processos, o que torna improvável que algum deles converta Lula em inelegível para as eleições de 2022”.

Segundo Rodrigo Janot, ex-Procurador Geral da República, o esquema desenvolvido pelo grupo de petistas denunciados chega a 1 bilhão e 485 milhões de reais, além de ter contribuído para que o PP desviasse 391 milhões, o PMDB do Senado, 864 milhões, e o PMDB da Câmara, 350 milhões.

“Os crimes praticados pela organização geraram prejuízo também aos cofres públicos. Nesse sentido, só no âmbito da Petrobras, o prejuízo gerado foi de, ao menos, 29 bilhões de reais, conforme expressamente reconhecido pelo Tribunal de Contas da União.”

É o maior assalto já perpetrado contra uma nação na face da terra.

Quando Crowley foi capturado, o comissário de polícia Mulrooney declarou que o celerado “Two Gun” era um dos elementos mais perigosos na história do crime em Nova York. “Ele matará”, disse o comissário, “no cair de uma pena”.

Mas como Crowley se considerava a si mesmo?

Em uma carta ele disse: “Debaixo do meu casaco há um coração fatigado, mas bondoso, um coração incapaz de fazer mal a qualquer pessoa”.

Ao chegar à câmara da morte, na prisão de Sing-Sing, teria ele exclamado: “Isto é o que consegui por matar pessoas”?

Em absoluto.

Ele disse: “É o que consegui por defender-me”.

Ele não se culpava por coisa alguma.

Al Capone, o inimigo Público Número Um da América do Norte, o mais sinistro chefe de gangsters que já apareceu em Chicago, segue a mesma linha, Capone não se condena. Julga-se um benfeitor público, um benfeitor público mal apreciado e mal compreendido. Um coração enorme e bondoso. Disse ele: “Passei os melhores anos da minha vida proporcionando os mais verdadeiros prazeres ao povo, ajudando-o a divertir-se, e tudo o que consegui com este meu gesto foi insultos e a existência de um homem caçado”.

E o mesmo fez Dutch Schultz, um dos mais notáveis larápios de Nova York, declarou numa entrevista aos jornais que ele era um benfeitor público. E acreditava nisto.

Pablo Escobar também cultivou a simpatia popular com o dinheiro fácil da droga. Fez de tudo um pouco para se firmar como líder populista. Construiu 300 casas populares, espalhou quadras de basquete, vôlei e até uma pista de patinação na periferia de Medellín. Aficionado pelo futebol, sustentava a equipe do Nacional, campeão da Taça Libertadores da América. Chegou a ser eleito suplente de deputado. Ganhou o título de “Don Pablo, o bom” e o apelido de “Robin Hood das massas”.

Disse ele:

“Às vezes me sinto como Deus. Se eu disser que um homem morre, ele morre no mesmo dia.”

Afirmava ainda: “Todo mundo tem um preço, o importante é descobrir qual é o valor.”

E finalizava:

“Porque, se metade do mundo quer me matar, nós contratamos a outra metade do mundo para me defender”.

Lula, ainda vivo, agora é um ex-tudo: ex-presidente, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro. Tramou com seus advogados, perante 11 juízes do Supremo, dos quais 7 foram nomeados por ele e por Dilma, uma narrativa fantasiosa que parece não haver culpados da roubalheira efetuada.

Na vida real o Partido criado por Lula e seus aliados, “tornou-se perito em defender e proteger criminosos, apoiar e financiar ditadores e ditaduras, roubar dinheiro público e arruinar contas de cidades e estados (e do país!)”.

Diferente dos outros delinquentes, Lula e seus aliados cooptaram os meios de comunicação e disseminam através deles mentiras e mais mentiras. Mentiras a rodo. A mídia cooptada transforma essas mentiras em coisas espetaculares.

Afirmou Lula em 2016, ao responder denúncias de envolvimento dele em esquemas de corrupção:

“Se tem uma coisa de que me orgulho e que não baixo a cabeça para ninguém é que não tem nesse país uma viva alma mais honesta do que eu. Nem dentro da Polícia Federal, do Ministério Público, da Igreja Católica, da Igreja Evangélica, nem dentro o sindicato. Pode ter igual, mas eu duvido”.

Disse ainda: “Eu e Palocci somos unha e carne. Tenho total confiança nele”. Preso, Palloci, seu braço direito, em delação premiada homologada pelo STF, entregou todo esquema: confessou propinas entre 2002 e 2014 de quase R$ 300 milhões, apenas para campanhas. Significa que o PT venceu todas as eleições de forma fraudulenta, financiado por dinheiro sujo.

Além disso, tanto Palocci como Marcelo Odebrecht confessaram que outros 300 milhões de reais foram depositados em uma conta corrente apelidada de “amigo”, para uso pessoal de Lula e Dilma. Os ‘inocentes e honestos”, presos, firmaram delações e acordos e já devolveram mais de R$ 4 bilhões que haviam surrupiado dos cofres da nação. Outros 10 bilhões ainda devem ser devolvidos às autoridades.

Fica a pergunta: Se todos são inocentes e nunca assaltaram os cofres públicos, por que devolveram essa quantia fabulosa?  Al Capone, Crowley, Dutch Schultz, Pablo Escobar e Lula não se consideram pessoas ruins, malvadas, perversas. Ao contrário, consideram-se mais humanos que você e eu. Por isso justificam e explicam seus atos.

Não interessa se é por uma forma de raciocínio falso. Interessa justificar suas ações e defender a humanidade e a bondade que acreditam possuir sustentando com arrogância que não deviam estar ou ser presos. Os fatos contradizem suas narrativas.

O presente texto baseou-se em arquivos de reportagens das revistas Veja, Isto é, Época, nos jornais Folha, Estadão, Globo, Gazeta do Povo e nos livros “Como Fazer amigos e Influenciar Pessoas” de Dale Carnegie e “Grandes Pensadores” e no site da Wikipedia. Tem o objetivo de não deixar a história verdadeira ser apagada por narrativas fantasiosas e canetadas de Ministros do Supremo ou de quem quer que seja.

Carlos Sampaio

Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

 

Ajufe considera preocupante o STF ‘aceitar’ prova ilícita: “traz certa insegurança”

O presidente da Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe), Eduardo André Brandão, afirmou, em entrevista ao site “O Antagonista”, que o julgamento desta quinta-feira (22), no qual o ex-juiz federal, Sérgio Moro, foi declarado parcial pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), “não vai inibir a atuação dos magistrados, mas traz preocupação.”

O grande incômodo pontuado pelos juízes federais refere-se ao “peso” que as mensagens roubadas da Operação Lava Jato tiveram na avaliação da Corte.

“Não inibe, não, mas traz preocupação grande com o uso de prova ilícita. Você ser vítima desse tipo de postura traz uma certa insegurança. Quanto a inibir, os trabalhos, não preocupa. Todo mundo está ciente de sua responsabilidade”, afirmou Brandão.

No julgamento desta quinta, Ricardo Lewandowski, que deu à defesa do ex-presidente e ex-presidiário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acesso aos arquivos apreendidos dos hackers, ainda tentou justificar o uso das provas ilícitas, quando confrontado pelo colega, Luís Roberto Barroso, que lembrou ser produto de crime e de autenticidade duvidosa.

“Pode ser (prova) ilícita. Mas, enfim, foi amplamente veiculada e não foi adequadamente, ao meu ver, contestada”, disse Lewandowski durante a sessão.

Brandão censurou a postura de Lewandowski e disse que atitude como a dele “acaba empoderando demais uma prática abominável”.

“Já que existe o risco de novas invasões, tem que ter uma resposta a isso. Se você der poder a esse tipo de postura… causa preocupação“, avaliou.

O presidente da associação considera que o julgamento deverá levar a uma rediscussão, dentro do Judiciário, sobre a viabilidade de grandes operações de combate à corrupção.

“Não vejo como proibição para esse tipo de investigação. Mas mais um recado para grandes operações se concentrarem num juiz só. Não é uma coisa péssima, mas a gente preocupa quando se passa a impressão como se tudo que foi feito fosse errado, com essa ideia de que houve só violações. Esquecendo dos valores devolvidos e dos acordos realizados”, finalizou.

Fonte: Antagonista

 

Barroso prega ‘combate à corrupção’ e o sobrinho pode estar com tráfico de influência no CNJ

O julgamento do ‘segundo round’ da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro nas ações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal, realizado na tarde da última quinta-feira, 22, foi um show de hipocrisia por parte do ministro Luís Roberto Barroso, cujo voto vai entrar direto na lata do lixo da história.

Foi uma verdadeira aula do que não deve ser feito em um julgamento, a começar pela absurda afirmação de que ‘não conhece o caso’, coisa que até os bagres do Rio Madeira não podem alegar tal fato.

Mas, o bizarro mesmo foi Barroso tentando convencer seus pares, e provocando claramente Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, de que ele, Barroso, é um primor, a única virgem na zona.

Barroso tentou demonstrar que a Operação Lava Jato ‘devolveu, imaginem senhores, R$ 4 bilhões aos cofres públicos’, disse ele, e Lewandowski, sabidamente rebateu lembrando que a mesma operação retirou cerca de R$ 142,6 bilhões da economia brasileira.

Mas o que incomodou mesmo Barroso, e ele acusou o golpe, foi o fato de suas conversas com membros da força-tarefa, terem sido hackeadas, e ele demonstrou isso por duas vezes, primeiro ao alegar que ‘a PF não confirmou a autenticidade das mensagens’, e depois ao dizer que ‘nunca havia tratado de assuntos com os membros da Lava Jato’, era como se praticamente nunca os tivesse visto.

Em que pese o fato de que nada disso importa, afinal não eram as mensagens que estavam em julgamento, Barroso sabia (e sabe) que seu discurso, como ele próprio declarou, “não aguenta meia hora de quebra de sigilo de conversas”. É pura balela, e ele, mais uma vez foi lembrado por Gilmar Mendes que é um hipócrita. Ainda em seu voto, Gilmar afirmou, “se nós não zelamos por nossa biografia, que zelemos pela biografia do Tribunal”. E quando o assunto são as biografias dos ministros, a situação fica complicadíssima.

Que o digam Luís Roberto Barroso e seu xará, Luiz Fux.

Barroso, que mantém laços tão estreitos com Deltan Dallagnol, teve a ousadia de afirmar, diante de todo o país através da transmissão da TV Justiça, que não havia enviado mensagens aos integrantes da operação.

Mas eles são tão próximos, que o escritório “Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça Advogados”- BFBM (ex-“Luís Roberto Barroso & Associados”), hoje conduzido por seu sobrinho, Rafael Barroso Fontelles — fazia a defesa do coordenador da Lava Jato nos procedimentos que há contra este no Conselho Nacional do Ministério Público.

E foi este mesmo Rafael Barroso Fontelles, o autor de uma reclamação apresentada contra a juíza Rosana Lúcia de Canelas Bastos, do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), acusando-a de ‘ser parcial’, por ela ter determinado o bloqueio de valores nas contas de seu cliente, o Banco Itaú. A reclamação, baseada em falsas alegações tão ridículas que chega a ser suspeita a aceitação dela por parte do ministro Luiz Fux, que pelo CNJ, cassou a decisão da juíza, colocando-a como suspeita, ajudando o Itaú a aplicar um calote bilionário em uma ação que transitou em julgado (detalhes mais abaixo).

É impensável acreditar que Fux teria tomado tal atitude não fosse o advogado do banco, sobrinho de Barroso. O episódio levanta graves suspeitas de tráfico de influência disfarçado, atuando em um Conselho que não tem poderes para rever, cassar ou alterar decisões judiciais por não ser instância do poder Judiciário.

O CNJ é um órgão que trata de questões administrativas, e avalia conduta de magistrados. Por diversas vezes foi provocado a anular ou rever decisões, mas sempre manteve-se fiel a suas prerrogativas, até que Fux chegou e corrompeu o sistema, com uma decisão esdrúxula, abusiva e sem nenhum fundamento legal.

O caso é tão escandaloso que, passados quase 7 meses, Fux ainda não teve coragem para dar continuidade ao julgamento de seu ato, iniciado em 6 de outubro do ano passado.

Ouvir Barroso falando de moralidade, combate à corrupção e outras balelas que ele costuma repetir, é como ouvir Fernandinho Beira-Mar falando em combater o tráfico.

Realmente, tem coisa muito errada no sistema judicial brasileiro. Passou da hora de buscar mecanismos para punir os maus juízes e maus ministros. Parafraseando o próprio Barroso, ‘é uma mistura do mal com atraso’.

Fonte: Painel Político

 

 

Covid-19 vira principal causa de afastamento do trabalho no INSS

No primeiro trimestre deste ano, foram concedidos 13.259 auxílios-doença por causa de infecção por coronavírus. Infecção por coronavírus lidera concessão por incapacidade temporária. De janeiro a março, foram concedidos 13.259 auxílios-doença por covid-19. No ano passado, a doença era a terceira causa para o benefício. Especialista prevê impacto na pensão por morte e aposentadoria por invalidez

A covid-19 passou a ser o principal motivo de afastamento dos profissionais no trabalho registrado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), no primeiro trimestre deste ano. De janeiro a março, foram concedidos 13.259 auxílios-doença por causa de infecção por coronavírus.

No ano passado, a doença havia sido a terceira causa, perdendo apenas para os problemas como dores nas costas e nos ombros. Os dados são de um levantamento feito pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho.

O levantamento representa somente aqueles afastamentos por mais de 15 dias e que, consequentemente, geraram um benefício de segurados do INSS.

O Brasil registrou até esta sexta-feira (24) 386.416 mortes e 14.237.078 pessoas que já foram diagnosticadas com a doença, segundo o Ministério da Saúde. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul são os estados com o maior número de óbitos, respectivamente.

O total de benefícios concedidos por causa da covid-19 é quase o dobro do segundo principal motivo de afastamento, que é o transtorno do disco lombar (hérnia de disco), que teve 8.053 pedidos no primeirto trimestre de 2021.

A covid-19 registrou aumento não só do auxílio-doença, como também vai ter um crescimento significativo do número de pensão por morte do INSS. A avaliação é do advogado especialista em direito previdenciário João Badari, sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados.

“Um dos casos que mais atendemos agora é a pensão por morte de quem foi vítima da covid-19 e também de profissionais da saúde que sofretam com a doença se tornaram acidentário”, afirma Badari.

Ele explica que esse aumento já era esperado em razão da crescente de casos, principalmente desde o início deste ano. Além do auxílio-doença, a covid-19 também vai impactar benefícios por incapacidade e até mesmo a aposentadoria por invalidez.

“Os reflexos que a doença tem deixado nos segurados são muitos. Meu pai, por exemplo, saiu do hospital, onde passou pela UTI, em novembro do ano passado. E até hoje ele está acamado e recebendo auxílio-doença. É um exemplo de quem está invalido, não consegue mais trabalhar.”

Badari cita também casos que podem comprovar que a doença faz parte de acidente de trabalho. “É muito importante verificar se não foi acidente de trabalho. Teve um caso de um motorista de caminhão que conseguiu comprovar que foi acidente de trabalho”, avalia o advogado.

Perícia

Desde 31 de março, o INSS ficou autorizado a conceder o benefício de auxílio por incapacidade temporária (auxílio-doença) sem perícia presencial, mediante a análise de atestado e outros documentos médicos. A medida prevista em lei vai até 31 de dezembro deste ano. Mas o prazo máximo de duração do benefício é 90 dias, não sujeito a prorrogação.

Fonte: R7 

 

Passam de 16,5 mil os casos de pessoas que tomaram doses de vacinas diferentes

Segundo o Ministério da Saúde, troca de fabricantes entre a 1ª e a 2ª dose é considerada erro de imunização contra a covid-19

Um levantamento divulgado nesta sexta-feira (23) pelo Ministério da Saúde, com base em dados do Data Sus, revelou que pode passar de 16,5 mil o número de pessoas no país que receberam vacinas de fabricantes diferentes entre a primeira e a segunda dose da imunização contra a covid-19.

Na maioria dos casos, os pacientes receberam inicialmente a vacina Astrazeneca/Oxford e, depois, a Coronavac. Porém, a determinação da pasta é que o paciente receba as duas doses do mesmo fabricante, pois a troca é considerada por médicos como um erro de imunização.

Em Brasília, a técnica de enfermagem Luana Carolina Cavalcanti só percebeu o erro ao conferir a carteira de vacinação. “Acho que elas colocaram errado ou eu não vi. Fiquei indignada”, contou. No entanto, a secretaria de saúde do DF nega a troca de doses.

A cidade de Santo André, na Grande São Paulo, seria a primeira colocada entre as que mais apresentaram falhas desta natureza — o estado paulista também estaria na frente nesta relação. No entanto, a prefeitura andreense justificou que a falha teria ocorrido na transmissão de dados.

“Podemos garantir que não houve, até o momento, nenhum registro de vacinas trocadas entre a primeira e a segunda dose. O que ocorreu foi um erro na plataforma alimentada pelo governo do estado que transmite as informações que nós registramos para o Ministério da Saúde, frisou Márcio Chaves Pires, secretário municipal de saúde de Santo André.

Já a coordenadora-geral do Programa Estadual de Vacinação de São Paulo, Regiane de Paula, avaliou que na maioria dos casos, principalmente no município em que foi relatado um grande quantitativo de pessoas que teriam tomado doses diferentes, ocorreu um erro de registro.

“Esse erro de registro ja foi corrigido. Inclusive na plataforma VaciVida nós já revisamos e que não tinha sido informado ao Ministério, porque quando percebemos isso, já tinham sido imputados os dados ao Ministério da Saúde”, rebateu.

Diferenças entre os imunizantes

As vacinas têm intevalos diferentes de aplicação das doses. No caso da Coronavac, são 28 dias. Já para a Astrazeneca/Oxford, são estabelecidos três meses para a imunização completa.

A tecnologia usada no processo de fabricação também não é a mesma. A Coronavac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, usa o vírus inativo. Já a Astrazeneca/Oxforde, de responsabilidade da Fiocruz, utiliza outro vírus para carregar informações genéticas do novo coronavírus e estimular o sistema imunológico.

Ainda não há estudos que apontem as consequências nas pessoas que tomam uma dose de cada imunizante. Os médicos avaliam que essa pessoa não está imunizada. E, por isso, terá que tomar uma terceira dose de vacina de um dos fabricantes.

“O correto é [que] essas pessoas que receberam vacina de outro laboratório, que elas recebam a vacina do primeiro laboratório. O ideal, talvez, seja esperar em torno de duas semanas pra fazer a aplicacao da vacina correta, do primeiro laboratório, como recebeu anteriormente”, explicou o infectologista Marcelo Otsuka.

O que diz o Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou que a base de dados do SUS é alimentada por informações das secretarias estaduais. A pasta foi notificada sobre 481 ocorrências de trocas de fabricantes e reforçou também que cabe aos estados e municípios o acompanhamento de possíveis reações adversas em um prazo de 30 dias.

Fonte: R7

 

Fiocruz aponta que crescimento da covid-19 segue entre mais jovens

Observatório da Fundação mostra aumento de mais de 1.000% de óbitos entre pessoas de 20 a 29 anos, no período de 4 a 17 de abril

O boletim do Observatório Fiocruz Covid-19, divulgado na tarde desta sexta-feira (23), mostrou que segue o rejuvenescimento da pandemia no Brasil.

Os dados foram calculados com bases nos registros de 4 a 17 de abril, da 14ª e 15ª semana epidemiológica de 2021. As comparações são feitas com a primeira semana do ano da epidemia. De acordo com o estudo, o maior crescimento de óbitos pela infecção do SARS-CoV-2 aconteceu na faixa etária de 20 a 29 anos, com aumento de 1.081,82%.

Na primeira semana do ano, aconteceram 127 mortes de pessoas entre os 20 e 29 anos. Na 15ª semana do ano, que foi dos dias 8 a 14 de abril, os óbitos em pessoas desta mesma faixa etária foram de 1.074 pessoas. Já entre os novos casos da doença, as pessoas entre 40 e 49 anos foram as mais afetadas e o índice subiu 1.173,75%.

Além dessas evidências, quando é analisada as idades dos pacientes de unidades de Terapia Intensiva (UTI), fica claro que mudou a faixa etária dos doentes graves. Na semana epidemiológica um, a proporção de doentes com menos de 70 anos internados em UTI era 52,74%. Na 14 ª semana, 72,11% dos internados estavam abaixo dos 70 anos.

Números gerais

O documento registra um crescimento de novos infectados em todas as idades. O crescimento global de 642,80%. Algumas faixas etárias mantiveram crescimento superior ao global: 20 a 29 anos (745,67%), 30 a 39 anos (1.103,49%), 40 a 49 anos (1.173,75%), 50 a 59 anos (1.082,69%) e 60 a 69 anos (747,65%).

O aumento global do número de óbitos foi de 429,47%. As mesmas faixas etárias tiveram aumento diferenciado: 20 a 29 anos (1.081,82%), 30 a 39 anos (818,60%), 40 a 49 anos (933,33%), 50 a 59 anos (845,21%) e 60 a 69 anos (571,52%). No período analisado, quase todos os Estados apresentaram estabilidade no número de novos casos e óbitos, com exceção de Roraima. Lá, foi verificada nova alta tanto nos dois índices.

As maiores taxas de incidência de covid-19 foram em Rondônia, Amapá, Tocantins, Ceará, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e no Distrito Federal. As taxas de mortalidade elevadas aconteceram nos estados de Rondônia, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Goiás e no Distrito Federal.

O Boletim alerta que as regiões Sul e Centro-Oeste são classificadas como críticas para as próximas semanas, o que pode ser agravado pela saturação do sistema de saúde nesses estados. Sobre a mortalidade, o Rio de Janeiro tem o pior índice do Brasil, com 8,3%, seguido de Paraná (6,2%), Distrito Federal (5,3%), Goiás (5,2%) e São Paulo (5,1%).

Segundo os pesquisadores, alta letalidade revela grave falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde nesses estados, como a insuficiência de testes diagnóstico, identificação de grupos vulneráveis e encaminhamento de doentes graves.

MENOS MORTES

Por outro lado, entre janeiro e fevereiro, a vacinação da população ajudou a diminuir os óbitos em pessoas que receberam os imunizantes. Houve uma queda de 34% nas mortes por covid-19 entre as pessoas com 90 anos ou mais na rede pública da cidade do Rio. Na cidade de São Paulo, as mortes entre 85 e 89 anos despencaram 51% em fevereiro, com relação a janeiro.

Fonte: R7

 

 

Procurador que atuou na Lava Jato desafia Gilmar: “Gostaria de ler as duas biografias”

Gilmar Mendes não esperava por essa. Recentemente, o ministro afirmou:

“Se não zelamos por nossa biografia, zelemos pela biografia do tribunal.”

A frase não agradou nenhum pouco o procurador Roberson Pozzobon que atuou na Operação Lava Jato.

Em uma série de publicações em suas redes sociais, o procurador desafiou o ministro:

“…’Se não zelamos por nossa biografia, zelemos pela biografia do tribunal’, ministro Gilmar Mendes.

Interessante Sua Excelência mencionar isso.

E se o STF:

Julgasse todos os pedidos de suspeição de seus Ministros (às vezes o autorreconhecimento não vem).

Fosse mais Tribunal Constitucional e menos Corte Penal ou 4ª instância recursal;

Não aceitasse pedidos de vista a perder de vista (menos de ano certamente seria bom)

Não investigasse diretamente – por mais graves que eventualmente fossem – supostas infrações praticadas contra si (ser vítima, investigador e julgador ao mesmo tempo é esquisito né?!).

Não admitisse em seus processos a juntada de provas ilícitas, não fornecesse cópias de provas ilícitas, não permitisse o uso de provas ilícitas, inclusive para “argumentações laterais” do tipo, “não preciso nem estou usando esse ‘material’, mas vocês viram que…”

“Gostaria de ler essa biografia.”

Jornal da Cidade Online

 

Pão francês a partir de junho será vendido apenas por quilo

Preço do produto deverá ser afixado próximo ao balcão de venda, em local de fácil visualização pelo consumidor

A partir do dia 1° de junho, o tradicional pão francês (ou pão de sal) deverá ser comercializado apenas pelo peso e não mais por valor unitário.

O preço do quilo do produto deverá ser afixado próximo ao balcão de venda, em local de fácil visualização pelo consumidor, além de ser grafado com dígitos de pelo menos 5 centímetros de altura.

As determinações sobre como o produto deve ser comercializado constam de uma portaria do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) publicada nesta sexta-feira (23), no Diário Oficial da União.

A portaria acrescenta que a balança a ser utilizada deve ter, como característica, um medidor com divisão igual ou menor a cinco gramas, além da indicação de peso e preço a pagar.

Fonte: R7

 

Anvisa termina inspeção na Rússia e decide sobre Sputnik V na segunda

Governadores têm cobrado a agência para que autorize a importação da vacina russa ainda em abril 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) terminou nesta sexta-feira (23) a inspeção realizada nas duas fábricas da vacina Sputnik V, na Rússia, e deverá decidir sobre a importação da vacina contra a covid-19 na segunda-feira (26).

Técnicos da agência participaram desde segunda-feira (19) de visitas de inspeção nos laboratórios que produzem a vacina russa. “Após a inspeção, a equipe retorna ao Brasil e consolida ao relatório de inspeção das duas plantas fabris. A elaboração do relatório é parte da inspeção”, informou a Anvisa em nota.

A Diretoria Colegiada da agência terá reunião extraordinária na segunda-feira, às 18h, para apreciar pedidos de importação da Sputnik V feitos por estados e municípios. A data foi marcada em razão do prazo de 30 dias definido por lei, e confirmado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), para que a Anvisa avalie os pedidos de importação de vacinas para covid-19 sem registro.

Os governadores têm cobrado a Anvisa para que autorize a importação da vacina russa ainda em abril. A agência alega não ter dados suficientes para atestar segurança da vacina.

O Brasil tem duas negociações paralelas com o instituto russo Gamaleya, fabricante da vacina, para obter a Sputnik: uma do Ministério da Saúde, que prevê a compra de 10 milhões de doses, e outra dos governadores, por mais de 60 milhões de doses.

Já na terça-feira (27), a outra reunião extraordinária da diretoria colegiada vai apreciar o pedido de uso emergencial da combinação dos medicamentos biológicos banlanivimabe e etesevimabe, do laboratório Eli Lilly do Brasil Ltda. A solicitação de uso emergencial foi encaminhada pelo laboratório no último dia 30 de março.

A agência também realizará na quinta-feira (29) a 8ª Reunião Ordinária da Diretoria Colegiada. A pauta traz uma série de temas relacionados às áreas de regulação da Anvisa.

Fonte: R7

 

Corte no orçamento impede o IBGE de realizar o censo em 2021

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, informou que o Orçamento de 2021 não traz recursos para a realização do Censo Demográfico; pesquisa será adiada. O governo federal cortou ainda mais a verba destinada à pesquisa neste ano. Segundo entidade, o Censo pode acontecer só em 2023

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, informou nesta sexta-feira (23) que o Orçamento de 2021 não traz recursos para a realização do Censo Demográfico. Portanto, segundo ele, a pesquisa será adiada.

“Não há previsão orçamentária para o Censo, portanto ele não se realizará em 2021. As consequências e gestão para um novo Censo serão comunicadas ao longo desse ano, em particular em decisões tomadas na Junta de Execução Orçamentária”, declarou.

O governo federal cortou ainda mais a verba destinada à realização da pesquisa neste ano, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em comparação a 2020 — ano em que foi adiada pela primeira vez.

Dos R$ 2 bilhões previstos, apenas R$ 71 milhões foram aprovados pelo Congresso Nacional no mês passado.

“As razões do adiamento foram colocadas no momento em que, o Censo não teve o recurso alocado no processo orçamentário e, como foi falado aqui, novas decisões sobre alocação e realização do Censo têm a fase preparatória, serão comunicadas, sempre atentando para as orientações que, do ponto de vista da saúde, vierem determinadas pelo Ministério da Saúde”, completou Rodrigues.

Fonte: R7