Constantemente denuncio aqui, a omissão das autoridades para a superlotação nos serviços de transporte coletivo de toda a cidade de São Luís. Fiz muitas cobranças e também expressei preocupações de usuários, que chegaram a fazer apelos ao governador Flavio Dino e ao prefeito Edivaldo Holanda Junior, mas que infelizmente não demonstração qualquer atenção para um problema da maior seriedade, mesmo diante das advertências de epidemiologistas sobre a possibilidade do surgimento de outra onda de contaminação pelo covid-19 em São Luís.
Os usuários chegam a dar detalhes dos riscos, observando, que quando os coletivos estão superlotados, a maioria dos passageiros que viaja em pé, baixa as suas mascaras, diante do calor e da verdadeira pressão, em que não existe um mínimo de distância entre as pessoas. As viagens são demoradas pela péssima qualidade de tráfego de muitas ruas e avenidas, o que proporciona a que uma viagem da zona rural para o centro chegue a superar mais de duas horas. Se os coletivos tiverem que adentrar a um ou dois terminais, a demora é ainda mais acentuada. Esses relatos são feitos constantemente por usuários, que tive oportunidade de conversar com alguns e não esconderam a indignação e revolta com os gestores públicos dentre os quais o governador Flavio Dino e o prefeito Edivaldo Holanda Junior.
O sério problema de contaminações dentro dos transportes coletivos, mesmo com a precária prevenção já tem merecido a atenção e advertências de médicos infectologistas em vários estados, os quais destacam que se não houver providências urgentes e imediatas, estarão sendo colocados em risco as próprias estratégias de ações para o enfrentamento a pandemia. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco, a revolta dos passageiros incomoda os governantes, os quais já admitem providências, temendo que a indignação da população possa vir a se transformar em revolta popular.
Revolta é cada vez maior dos passageiros
Ontem estive conversando com vários passageiros no terminal da Cohama, os quais pediram para não serem identificados, uma vez que alguns são servidores públicos e temem represálias. Eles na plena revolta responsabilizam o governador Flavio Dino e o prefeito Edivaldo Holanda Júnior, pelos riscos que colocam todos os dias as suas vidas, sem que haja uma mínima atenção das autoridades. Como a gente é pobre e pessoas humildes, para eles, as nossas vidas podem perfeitamente ser banalizadas e qualquer um pode morrer no corredor de uma Upa ou de um Socorrão para fazer parte da estatística das vítimas. Quem mora na zona rural é altamente penalizado, não apenas com a superlotação, mas com ônibus velhos, que muitas vezes nos deixam em ruas e avenidas por apresentarem panes mecânicas.