Revidar violência com violência é condenar a população a mais sofrimentos

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A perda de um ente querido proporciona dores em uma família, que ninguém pode avaliar e nem ter a dimensão do que cada pessoa sente. Tenho um profundo respeito e as únicas palavras que encontro para dizer às pessoas que perderam em qualquer circunstância uma pessoa querida e amada, principalmente nos casos da exacerbada criminalidade, é a expressão da solidariedade, na maioria das vezes com lágrimas. Combater a violência com violência, vamos produzir mais violência e a população inevitavelmente a se tornará ainda mais colhedora de dor, desespero, revolta e indignação.

     No último final de semana fiz aqui um comentário, sobre a necessidade de um basta para a violência e fico bastante indignado quando se busca a hipocrisia para justificativa, como  problema  de ordem nacional. Aquela história, se as problemáticas dos maiores Estados da Federação estão atingindo patamares elevadíssimos, como é que podermos enfrentar fatos semelhantes em uma unidade pobre, faminta e excluída.

     Tenho a convicção plena, que enquanto não tivermos uma decisão politica efetiva para uma educação de qualidade, em que crianças e jovens sejam educados como cidadãos e que as suas famílias sejam inseridas em programas sociais em que sejam preparadas profissionalmente para que com o suor de cada dia construam vidas dignas não iremos a lugar algum. A nossa realidade é a pior possível.  O que mais temos visto nos dias atuais e bem praticados por políticos corruptos e aproveitadores, são as tais chamadas Ações Sociais. São meios clientelistas para o aproveitamento e aliciamento politico das pessoas pobres, com consultas, um corte de cabelo, um vidro de remédio e promessas, principalmente nos locais em que o poder público é ausente ou incompetente para garantir o direito constitucional de cada cidadão. O mais triste é que muitas entidades se prestam a compartilhar dos interesses de políticos. Mas existem outras que são sérias, solidárias, fraternas como Lions Clube, que também poderiam trabalhar na formação de construção de consciências criticas.

A Pastoral da Criança já fez inúmeras advertências às autoridades, de que as crianças salvas por ela na idade de 0 a 6 anos, com um dos trabalhos mais dignos, solidários e fraternos que se faz no Brasil. O triste é lamentar que essas vidas são perdidas na adolescência e na juventude para a drogas e para a criminalidade.

         Se não houver enfrentamento as drogas como decisão politica e que se consiga envolver toda a sociedade, a tendência é que da realidade atual, o caminho é totalmente imprevisível. Basta de tanta hipocrisia e se proporcione a união de todas as instituições públicas, privadas e os segmentos sociais organizados para encontrarmos uma solução. A violência em sã consciência não é só dever do Estado e também responsabilidade de todos nós como prevenção para que ela não proporcione mais sofrimentos do que tem sido a realidade de hoje. A organização comunitária é muito importante, desde que seja feita com responsabilidade e compromisso. Com Fé em Deus poderemos fazer as coisas acontecerem. Tenho a plena certeza, de que do jeito que está não pode ficar.

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