O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), expressou sua preocupação com a postura do Brasil em relação ao conflito entre Israel e o Hamas. Durante um culto na Igreja Presbiteriana de Pinheiros, localizada em São Paulo, no domingo (18), Mendonça comentou sobre a decisão do Brasil de se posicionar de maneira favorável ao grupo Hamas. Ele descreveu essa escolha como um equívoco por parte do governo brasileiro.
Mendonça apontou:
“O país tomou sua posição. Em resposta, eu tomei a minha posição: eu defendo a devolução de todos os sequestrados. Acho que o erro maior é apoiar um grupo terrorista que mata crianças, jovens e idosos gratuitamente”, destacando sua discordância com a decisão do Brasil.
O ministro também mencionou uma conversa que teve com o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, solicitando uma postura mais neutra no conflito. Mendonça relatou:
“Nós tivemos um almoço com o embaixador e eu fiz uma colocação: ‘Nossa diplomacia é marcada por uma busca de equilíbrio e imparcialidade, então o senhor não acha que se a gente caminhasse mais nesse sentido, em vez de endossarmos uma petição da África do Sul acusando Israel de genocídio, seria um caminho melhor para sermos agentes de paz?’. Ele [Meyer] me respondeu: ‘No mundo de hoje não há espaço para o cinza, ou é preto ou é branco’”.
Mendonça enfatizou a importância de os cristãos tomarem posição em assuntos que afetam diretamente “princípios e valores essenciais” para o cristianismo, afirmando:
“Eu e você, como cristãos, somos chamados a tomar posições, como tudo na vida. Eu não entro e não vou entrar em lutas por causas ou por atos que não acredito ou não aprovo. O cristão não pode se omitir em relação a questões e condutas em relação às quais estão em jogo princípios e valores essenciais para ele. Não é sair de mártir, mas o cristão também não lava as mãos”.
Jornal da Cidade Online