A atual e o ex-superintendente do INCRA, Fátima Santana e José Inácio Rodrigues podem ser indiciados em inquérito na Policia Federal por improbidades administrativas. Juiz José Carlos Madeira reconheceu o importante trabalho que a FETAEMA realiza no meio rural do Maranhão.
O juiz federal José Carlos do Vale Madeira, vai solicitar que o Ministério Público Federal instaure inquérito para apurar as responsabilidades em torno da improbidade administrativa praticada pelo anterioes e atuais gestores da Superintendência do INCRA no Maranhão. José Inácio Rodrigues e Fátima Santana serão responsabilizados por não terem cumprido as determinações judiciais para assentarem 160 famílias que deixaram a área dos piovos indigenas awá guajá.
Por irresponsabilidade do INCRA, muitas famílias estão espalhadas pelos municípios de Zé Doca, Pedro do Rosário, Parnarama e em outras localidades, enfrentando muitas dificuldades. A verdade é aque foi firmado um acordo perante o juiz federal José Carlos do Vale Madeira, o Ministério Público e o INCRA, com a participação da Fetaema, estabelecendo que quando as famílias de agricultores deixassem as terras awá guajá, teriam terras desapropriadas ou adquiridas pelo INCRA para elas serem assentadas e com toda a infraestrutura a partir de casas em alvenaria para que tivessem condições dignas para com o suor de cada dia retirarem da terra o pão para as suas familias.
O ex-superintendente do INCRA, José Inácio Rodrigues garantiu que os recursos já estavam assegurados e que todos os entendimentos registrados perante a justiça federal seriam honrados integralmente. Deixou bem claro, ao sairem das terras indigenas, os agricultores seriam imediatamente assentados com a garantia de uma infraestrutura para poderem produzir com dignidade. A verdade é que José Inácio deixou o INCRA para se candidatar a deputado estadual pelo PT e não honrou nada e muito menos a Fátima Santana, que o substituiu. O interessante é que os dois de maneira irresponsável tentaram enganar as autoridades federais. O problema não é maior devido a fiscalização exercida pela Fetaema, que tem defendido de maneira comprometida as famílias vítima das trapalhadas do INCRA.
Por outro lado, o juiz Jose Carlos Madeira, durante a reunião deu o prazo de 20 dias para o INCRA proceder a emissão de posse da fazenda Jaguaribe para assentar as 50 famílias que estão em Pedro Rosário, vivendo em condições miseráveis entre o asfalto e o arame e garantiu que todos os problemas que estão causando sérios danos às famílias de agricultores serão apurados e os envolvidos seráo responsabilizados criminalmente. O magistrado reconheceu que a participação da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura tem sido de fundamental importância para a defesa dos direitos e da dignidade de homens e mulheres do meio rural, tendo acrescentado que ela deve continuar exercendo esse importante papel. Um procurador federal do INCRA Nacional que esteve presente à reunião saiu decepcionado com a administração do órgão no Maranhão.