Iminente risco de novas barbáries em Pedrinhas. Presos da Casa de Detenção estão fora das celas

          reuniao

Roseana Sarney em reunião com o ministro José Eduardo Cardozo e que resultou na criação do Comitê da Crise Carcerária. Até hoje ele não mostrou a razão pela qual criado. Os assassinatos e fugas continuam ocorrendo no Complexo de Pedrinhas e se desconhece qualquer providência do tal Comitê.

A destruição total de dois pavilhões da Casa de Detenção do Complexo Penitenciário de Pedrinhas vem sendo mantida em silêncio pela Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária do Estado. Uma das unidades foi exatamente, a em que houve a última barbárie dentro do Sistema Penitenciário do Maranhão em que foram mortas dez pessoas, algumas decapitadas. Ela havia sido totalmente recuperada mediante contrato sem licitação por mais de um milhão de reais, inclusive com o aproveitamento da ferragem velha. A revolta dentro da unidade prisional já era prevista e por sucessivas vezes, a Policia Militar e o GEOP já haviam chamado a atenção dadireção da unidade prisional sobre um jogo de futebol existente à noite, em que havia suspeitas de consumos de drogas e bebidas alcóolicas pelos detentos e a existência de muitas discussões e riscos iminentes de desentendimentos.

         As origens dos problemas que resultaram nos conflitos e a destruição dos dois pavilhões são mantidas em sigilo pela Sejap, mas as facilidades, principalmente para alguns presos que não vinham sendo recolhidos as celas e outros privilégios, e excessivosrigores para quem não fazia parte do grupo afinado com o pessoal da unidade prisional. A verdade é que os grupos que se sentiam discriminados decidiram tomar um posicionamento e promoveram uma destruição total em dois pavilhões. O problema não foi maior, e não se estendeu aos dois outros pavilhões devido a ação imediata do GEOP com o apoio da Policia Militar. Se houvesse facções rivais na revolta, pouco ou nada poderia ser feito, a não ser recolher mortos e feridos, registrou um policial militar revoltado com as facilidades proporcionadas para presos, e que coloca em risco a vida de muita gente.

       Com os pavilhões destruídos, dezenas de presos estão soltos perambulando pelas áreas destruídas e com muita munição resultando dos ferros da construção, além de pedras e material elétrico. Como não há espaço para a colocação dos presos, aumentam os riscos de novos problemas com proporções bem maiores.  São iminentes conflitos e confrontos, levando-se em conta que a vigilância interna formada por monitores inexperientes e seguranças armadas sem preparo técnico para o trabalho com população carcerária, o que aumenta ainda mais a fragilidade e a responsabilidade do Governo do Estado.

       As constantes revoltas dentro das unidades prisionais com a destruição de pavilhões são decorrentes da superlotação e muito maior pelas facilidades e vulnerabilidade para a entrada de drogas, celulares, armas, bebidas e muitos objetos, que ocorrem todos os dias. A Casa de Detenção está prestes a explodir com consequências inimagináveis. Tenho procurado chamar atenção das autoridades, até mesmo para que depois não venham as lamentações dissimuladas, o que tem se constituído na prática habitual do Secretário de Justiça e Administração Penitenciária e da governadora Roseana Sarney, que tem no Sistema Penitenciário a maior referência da sua administração.  Mais uma vez pergunto, cadê o tal Comitê da Crise Carcerária e os seus membros?

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *