Em mais um absurdo, diretor da Polícia Federal admitiu aos senadores que as opiniões do jornalista português Sergio Tavares estavam sendo monitoradas. Da mesma forma, disse que o jornalista foi detido por causa de “manifestações da internet”, apesar de não haver nenhum processo ou condenação contra ele no Brasil.
Só ditaduras vigiam cidadãos nacionais e estrangeiros por suas opiniões. Não há lei que restrinja a entrada no Brasil de quem tem a crença x ou y sobre ministros ou sistemas eleitorais. E, ao contrário do que diz o diretor da PF, as pessoas têm toda a liberdade de dizer o que quiserem.
Caso um cidadão comum ou uma autoridade se sinta prejudicado pelas palavras, pode prestar queixa por injúria, calúnia ou difamação – e então iniciar o devido processo legal. Ter opinião não é crime. Censura prévia, sim.
A pergunta que fica: a PF monitora cidadãos estrangeiros? Se sim, o critério é ser de direita?
Jornal da Cidade Online