As filas para atendimentos médicos chegam a ser furadas por políticos oportunistas em busca de favorecimentos.
Fica mais acentuada e bem visível a corrupção praticada por inúmeros gestores públicos, principalmente os estaduais e municipais, os quais afrontam as instituições que deveriam ter a responsabilidade da fiscalização. Contratos e convênios viciados são praticados todos os dias e publicados sem merecer a contestação de órgãos fiscalizadores. São demonstrações bem claras de que prefeitos acreditam na impunidade e a maioria nem é incomodada pelo Ministério Público da Improbidade Administrativa e muito menos pelo Tribunal de Contas do Estado. A impressão que fica é que existe um jogo politico marcado por interesses escusos.
Dois fatos bem marcantes na politica brasileira e com maior intensidade e afronta no Maranhão, residem nos gastos exorbitantes de recursos em campanhas politicas. O outro são os assaltos a estabelecimentos bancários com números maiores nos anos de eleições, em que atualmente estamos inseridos.
Quando os próprios políticos cinicamente tentam dar conotação de avanços na educação e na saúde, tentam tirar de foco dos volumes de recursos que foram e estão sendo desviados. Não é invenção, mas a constatação é da própria governadora Roseana Sarney. Ela afirmou para a imprensa nacional que a violência cresceu no Maranhão, em razão do Estado estar mais rico. A dirigente do executivo estadual reconhece perfeitamente que temos a cada ano o crescimento do PIB. Como essa riqueza está concentrada em poder de um pequeno grupo, pode-se perfeitamente deduzir o surgimento de mais novos ricos, muitos dos quais importados pela classe dominante. Os elementos enriquecem dentro das instituições públicas e logo depois estão postulando cadeiras nos legislativos estadual e federal com muito dinheiro sendo esbanjado. Há também os que se tornam donos das instituições, dos recursos públicos e impõem regras autoritárias, como é o caso da saúde bastante precária, apesar dos grandes volumes de dinheiro que dão até para alugar um prédio de apartamentos para acintosamente, dizerem que será transformado em hospital do câncer. Se não fosse o Hospital Aldenora Belo, que com as dificuldades que enfrenta, mesmo assim é quem responde com atendimento aos portadores de câncer.
O fato causou grande indignação em todos os segmentos da sociedade civil, uma vez que envolve diretamente um candidato a governador e um deputado estadual que pretende eleger uma filha, um genro e ajudar mais uns dois outros deputados com a pretensão de ter no legislativo estadual uma bancada parlamentar sob o seu comando para negociar os seus interesses escusos, apostando plenamente na impunidade no que praticou até agora, principalmente na construção de hospitais e uma série de contratos e convênios. A fome e a miséria são degradantes no Maranhão e a saúde é a do discurso e do papel, penalizando-se cada vez mais as crianças e os idosos.
Se o povo não tiver o discernimento para dar um basta agora nas eleições, não duvidem que o Maranhão se tornará terra arrasada, uma vez que a volúpia para saciar tanta fome por dinheiro é muito grande, a não ser que eles entre si, possam ser destruídos pela voracidade da própria ganância.