Policia Civil prende o Diretor da Casa de Detenção de Pedrinhas que comandava fugas facilitadas mediante pagamento.

  gordoO bacharel em direito Cláudio Henrique Bezerra Barcelos é empregado terceirizado do Sistema Penitenciário, contratado pela empresa Gestor Serviços por indicação do secretário Sebastião Uchôa. É acusado de ter recebido 350 mil reais para facilitar a fuga de três assaltantes de bancos pela porta da frente. Mais sete bandidos teriam também deixado a casa de Detenção mediante fraudes praticadas pelo referido elemento. Ele era também um informante do Secretário de Justiça e Administração Penitenciária, quanto às ações da Policia Militar e da Força Nacional dentro das unidades prisionais e dos demais diretores de unidades prisionais. As mazelas começam a vir a tona.

Agentes da Superintendência Estadual de Investigações Criminais com mandado judicial prenderam na manhã de hoje na Cada de Detenção do Complexo de Pedrinhas, o diretor da unidade prisional, o bacharel em direito Cláudio Henrique Bezerra Barcelos. Ele é acusado de ser um dos mais venais negociadores de venda de fugas facilitadas para presos de elevados índices de periculosidades. No dia 28 de agosto colocou em liberdade os assaltantes de bancos e caixas eletrônicos Rodrigo Bezerra Lima “Negro da Usina”, José Wilson Pereira “Juninho” e Paulo Leandro Maciel da Silva “Deputado,” mediante 350 mil reais, sendo que este último bandido chegou a sair com autorização no dia 16 de julho e retornou no dia 23, com autorização por escrito de Cláudio Barcelos, que inclusive informava a portaria do presidio para a saída do preso, que se tratava de detento do regime semiaberto, não havendo necessidade de escolta. O bandido e diretor da Casa de Detenção é também suspeito deenvolvimento na fuga dos 36 presos, decorrente da destruição de uma parte do Cadeião do Diabo por uma caçamba.

Cláudio Barcelos era tido como o diretor de unidade prisional mais forte de todos e acima do bem e do mal, por ser o homem que passava informações através do fone 9170-7401, para Sebastião Uchôa, principalmente sobre as ações da Policia Militar e Força Nacional, uma vez que o secretário nunca foi a Casa de Detenção e as demais unidades para qualquer inspeção, a não ser quando acompanhou algumas autoridades no período das duas barbáries no Complexo de Pedrinhas.

Se a SEIC investigar efetivamente o Cláudio Barcelos vai chegar a outros integrantes da quadrilha, inclusive das negociatas que envolvem o tráfico de drogas, armas, munições, celulares e bebidas alcóolicas. Ele também detém uma cantina dentro da Casa de Detençãopara facilitar as negociatas criminosas, que uma vez chegou a ser fechada por determinação do coronel Ivaldo Barbosa e reinstalada depois ele deixou o comando de operações militares penitenciárias em apoio ao GEOP.

Se o Secretário de Segurança Marcos Afonso Júnior não evitar ingerências do delegado Sebastião Uchôa nos trabalhos que estão sendo feitos pela SEIC, em que ele naturalmente deve ser investigado pelas suas ligações estreitas com o Cláudio Barcelos e o responsável pelagarantia dele no cargo apesar de inúmeras denuncias, todo um trabalho sério pode ser totalmente prejudicado e comprometer a direção atual do Sistema de Segurança Pública. Outro fato é que o Diretor da Casa de Detenção inicialmente foi uma indicação de um politico influente e abraçada pelo dirigente da Sejap, como instrumento para recorrer aos períodos de crise, quando esteve por várias vezes para ser defenestrado do cargo, tendo em algumas oportunidades chorado e dito para a governadora Roseana Sarney, que era vítima de armações. A princípio acusava os agentes e inspetores penitenciários, e quando eles não estavam mais dentro dos presídios, a não ser os da mais expressiva confiança dele, as lágrimas e os pedidos de políticos e de algumas instituições garantiam sempre a sua permanência no cargo.

Já que a Superintendência Estadual de Investigações Criminais deve investigar vários segmentos do Complexo Penitenciário, principalmente a Penitenciária de Pedrinhas, local em que o diretor foi flagrado emprestando celular para preso e em pouco mais de uma semanaforam assassinados dois presos e um monitor foi  ferido. Como Cláudio Barcelos, o diretor é terceirizado e da mais alta confiança do secretário Sebastião Uchôa.

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