Ex-Superintendente do INCRA não fez titulação de áreas quilombolas e a BR-135 deve ser interditada

 incraO flagrante foi feito, por ocasião de mais uma invasão à sede do INCRA em São Luís, por quilombolas em busca de direitos. O ex-superintendente José Inácio Rodrigues, na ocasião fez mais uma das suas inúmeras promessas, nunca honradas.

Milhares de famílias de comunidades quilombolas estão revoltadas com a falta de um mínimo de responsabilidade da Superintendência do INCRA, quanto à titulação de territórios quilombolas. Apesar das inúmeras promessas feitas pelo ex-superintendente José Inácio Rodrigues e avalizadas pela Ouvidoria Agrária Nacional, as promessas continuam no papel, o que demonstra claramente o engodo do Partido dos Trabalhadores para com milhares de famílias quilombolas, muito embora a Fetaema tenha exercido cobranças sucessivas, mesmo assim nada foi concretizado.

      As comunidades de Santa Rosa dos Pretos, Santana do São Patrício, Monge Belo, Santa Maria dos Pinheiros, Burangi e inúmeras outras integrantes do município de Itapecuru-Mirim, estão entre as centenas que ainda tiveram a titulação das suas terras e correm sérios riscos de enfrentarem problemas graves. Lideranças de dezenas de comunidades já solicitaram empenho e celeridade por parte da atual superintendente do INCRA, Fátima Santana, inclusive com observação de prazo. Caso não haja resolução do problema, os quilombolas pretendem interditar a BR-135 por tempo indeterminado, colocando no local, centenas de famílias, inclusive crianças, como pressão para a garantia de seus direitos.

      Para que se tenha uma dimensão dos enormes prejuízos causados o pelo ex-superintendente, o juiz da 8ª Vara Federal do Maranhão, a comunidade quilombola conhecida como “Engole”, localizada no município de Cedral, está ameaçada dedespejo em razão da irresponsabilidade da administração passada do INCRA no Maranhão.

Outro caso bastante vergonhoso, ocorre na comunidade de Santa Maria dos Moreiras, no município de Codó, que inclusive tem merecido a defesa da Anistia Internacional. O INCRA, que poderia ter feito a desapropriação da área e a titulação das terras, sempre assumiu uma postura de defesa dos interesses de políticos, grileiros, empresários e gente ligada ao agronegócio. Na área existem muitos quilombolas sendo perseguidos e respondendo processos e impedidos até de fazerem roças para a subsistência. O problema não é maior devido a presença da Fetaema, com a sua Secretaria Agrária e assessoria jurídica.

       O interessante e que à semana passada o ex-superintendente do INCRA, José Inácio Rodrigues esteve participando de reunião com lideranças do Centro de Cultura Negra, para pedir apoio politico, uma vez que é pré-candidato a deputado estadual. Será que o pessoal da entidade sabe dos males causados a milhares de quilombolas, justamente pelo signatário que busca apoio politico?

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