Organização Mundial de Saúde, diz que a variante ômicron oferece risco elevado para o mundo

  • Organização Mundial da Saúde emitiu parecer alertando que variante ômicron representa risco elevado para o mundo
  • Ainda não há mortes registradas em decorrência da nova variante
  • Países com menor índice de vacinação devem ser os mais atingidos

Organização Mundial da Saúde divulgou um novo parecer sobre a variante ômicron. Segundo a entidade, a nova cepa do coronavírus representa um risco elevado para o mundo. Ainda há muitas dúvidas sobre a ômicron e seus efeitos, mas a OMS já adverte que países devem se mobilizar para evitar que ela se espalhe.

Até o momento, não há mortes associadas à nova variante. Ainda assim, a OMS está em alerta. “A variante ômicron tem um número sem precedente de mutações, algumas geram preocupação e podem influenciar na trajetória da pandemia”, alertou a OMS. “O risco global ligado à nova variante é bastante alto”.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, os maiores efeitos deverão ser sentidos pelas populações mais vulneráveis. O temor é que a ômicron aumente o número de casos e sobrecarregue sistemas de saúde e, consequentemente, a mortalidade. Os países mais afetados podem ser os que têm baixa taxa de vacinação.

O contágio mais alto com a nova variante se daria em função de a ômicron ser capaz de escapar da resposta imune gerada pelas vacinas que já existem. A OMS segue fazendo estudos para entender mais detalhadamente a nova variante.

Proibição de voos

A partir desta segunda-feira (29), entra em vigor a proibição de entraram no Brasil voos de seis países africanos. São eles: África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

A decisão foi tomada após uma decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para evitar a propagação da variante ômicron.

Reunião do G7

O Japão anunciou nesta segunda-feira (29) o fechamento de suas fronteiras a todos os visitantes estrangeiros para frear a variante ômicron da covid-19 e, durante o dia. Os ministros da Saúde do G7 se reunirão em caráter de urgência para tentar estabelecer uma estratégia comum diante do avanço da pandemia.

Fonte: Yahoo Notícias

 

 

 

Fome atinge mais da metade dos brasileiros durante a pandemia

Segundo rede de pesquisadores, Regiões Norte e Nordeste foram as mais afetadas. Mais da metade dos brasileiros (55,2% dos domicílios) apresentaram algum grau de insegurança alimentar no final de 2020, meses críticos da pandemia. O dado da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional mostra um aumento de 54% da fome em comparação com 2018 (36,7%).

Durante audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, o conselheiro consultivo da rede, Mauro Del Grossi, afirmou que essa situação é gravíssima.

“Talvez o Haiti, quando teve um terremoto, teve uma situação parecida com essa. É um quadro dramático; quase 117 milhões de pessoas vivendo em algum nível de insegurança alimentar, ou seja, 55% da população”, afirmou.

O levantamento mostra que 24 milhões de brasileiros, ou 11,5%, viviam em insegurança moderada, quando adultos comem menos do que precisam ou desejam. Outros 19 milhões, ou 9% da população, estavam em insegurança grave, quando até mesmo crianças se alimentam com menos do que necessitam.

Insegurança Alimentar no Brasil

A Região Norte apresentou a maior taxa de insegurança alimentar grave do país, com 18,1% da população, seguido pelo Nordeste (13,8%), Centro-Oeste (6,9%), e Sul/Sudeste (6%).

Atlas das Situações Alimentares

Na última sexta-feira (26), o Centro de Pesquisas e Práticas em Nutrição e Alimentação Coletiva (CPPNAC), do Instituto de Saúde e Sociedade da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), lançou o Atlas das Situações Alimentares. O material busca contribuir para o entendimento da alimentação e da fome, com base nas situações alimentares identificadas no Brasil.

O material analisa um conjunto de informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF, edições 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, edições 2004, 2009 e 2013), ambas elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Durante a live de lançamento do Atlas, o geógrafo e um dos autores do material, José Raimundo Ribeiro, destacou a desigualdade da despesa média mensal familiar no Brasil.

“Enquanto as famílias mais pobres gastam R$ 329 por mês com alimentação nos domicílios, ou gastavam em 2017, 2018, as famílias mais ricas do país gastavam R$ 2.061. É importante notar que as famílias mais pobres comprometem uma parcela do orçamento muito maior: 22%, enquanto as famílias mais ricas gastam apenas 7,6% dos seus orçamentos com alimentos.”

Distribuição da Despesa Média Mensal Familiar

No Brasil, apenas domicílios em situação de insegurança alimentar grave são considerados com fome. O geógrafo José Raimundo Ribeiro não concorda com essa classificação.

“Por não concordar com essa adaptação, [no Atlas] eu trago a fome para o moderado e grave, porque nestes estágios já há restrição qualitativa e quantitativa da alimentação. Do meu ponto de vista, não faz sentido tirar quem está em insegurança alimentar moderada desse estágio; isso acaba subdimensionado os dados.”

Por meio de representações gráficas e textuais, o objetivo do Atlas é servir de material de apoio para outras pesquisas, conselhos de segurança alimentar, movimentos sociais, partidos políticos ou instituições interessadas em enfrentar problemas relacionados à alimentação.

Brasil 61

 

Projeto de lei obriga estados e municípios a registrarem dados de repasses recebidos da União

O FPM está entre as transferências que teriam que ser incluídas no Siafi, o Sistema de Administração Financeira. Nesta terça-feira (30), os municípios vão receber R$ 2,37 milhões do fundo, montante 11,7% maior do que no mesmo período do ano passado.

A Câmara dos Deputados analisa um projeto de lei (PL 4.171/2020) que obriga o registro no Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal) da execução orçamentária e movimentação financeira dos recursos que a União repassa aos estados, Distrito Federal e municípios. A proposta foi aprovada na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público na quarta-feira (24).

O Siafi é o principal instrumento para registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal. Segundo a proposta, as transferências obrigatórias, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e voluntárias, da União aos entes federativos, também deverão ser lançadas no sistema.

Para o deputado federal Sanderson (PSL/RS), relator do projeto de lei, a medida vai dar mais transparência ao repasse de recursos federais e permitir que a população fiscalize se os valores são usados da forma correta. “A transparência é um dos instrumentos mais eficazes de combate à corrupção. É a transparência que possibilita a fiscalização da gestão pública permitindo que tanto a administração pública, quanto a sociedade, acompanhem o uso dos recursos públicos e tenham uma participação ativa na consecução das políticas públicas no Brasil.”

Viabilidade

De acordo com o texto, o registro dos dados no Siafi caberia à União e ao ente federativo (estado, DF ou município) que receber recurso federal, permitindo que os valores sejam rastreados. Segundo Cesar Lima, especialista em Orçamento Público, as transferências constitucionais estão fora do controle federal, pois “pertencem aos entes”, que prestam os esclarecimentos aos tribunais de contas estaduais.

O projeto também prevê que o Executivo Federal será o responsável por adaptar o Siafi às novas exigências. Lima acha que isso é inviável. “O Siafi é da década de 80, tentaram fazer algumas modificações, mas houve o temor de perda de dados. O sistema é enorme. O custo para adaptar para os estados e municípios seria maior que qualquer benefício que pudesse ser tirado deste procedimento”, avalia.

FPM

Por enquanto, União, estados e municípios não têm que mudar a forma de registro dos repasses do FPM, por exemplo. Nesta terça-feira (30), as prefeituras de todo o país vão receber cerca de R$ 2,37 bilhões do fundo. A transferência é referente ao terceiro decêndio de novembro e 11,7% superior ao valor que os cofres municipais embolsaram no mesmo período do ano passado (R$ 2,12 bi).

O cálculo já leva em conta a retenção de 20% para o Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. No entanto, não considera a inflação que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 10,67% nos últimos 12 meses.

O município de Luziânia (GO), no entorno do DF, vai receber R$ 1,24 milhão do FPM. Apesar do aumento em relação ao mesmo decêndio do ano passado, quando embolsou R$ 1,16 milhão, o prefeito Diego Sorgatto (DEM/GO) ressalta que a inflação corroeu os benefícios do aumento do repasse.

“O FPM, hoje, é vital para o município. O município sobrevive dele. Mas assim como o FPM aumentou, também os preços, em geral, deram um salto, tornando os nossos custos mais altos.  A prefeitura trabalha sempre no limite, mas trabalhamos com responsabilidade, tentando aplicar os nossos recursos da melhor maneira possível”, destaca.

Até a última transferência, em 19 de novembro, o FPM já havia repassado R$ 120,2 bilhões aos municípios. Em relação a 2020, o valor representa um acréscimo de 35,5%, de acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).  A esta altura, no ano passado, as prefeituras haviam recebido R$ 88,7 bilhões.

Fonte: Brasil 61

Fux se queixa de ‘harmonia entre os poderes’, e quebrou o mercado ao favorecer calote do Itaú

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luiz Fux, se queixou da trapaça que vem sendo promovida por um grupo de congressistas que quer revogar a PEC da Bengala, que estabeleceu o limite de 75 anos para aposentadoria de ministros do Supremo, reduzindo para 70 anos.

Em 2015, o então deputado federal e presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aprovou a idade de 75 anos para impedir que a presidente Dilma Rousseff nomeasse mais ministros no Supremo, e agora, como ‘vingança’ pelo fato do STF ter exigido transparência no orçamento secreto que vem sendo usado para comprar deputados do Centrão que apóiam o governo, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco querem reduzir a idade para 70 anos, o que afetaria, em tese, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.

Na última sexta-feira, em reportagem do jornal O Globo, Fux declarou que “—  Se promulgada e for comprovado o espírito de retaliação ao Supremo, a PEC que reduz a idade de aposentadoria dos ministros do STF viola a harmonia entre os poderes“.

O problema é que Fux não anda com moral para tecer críticas ao Congresso, que realmente manobra no intuito de prejudicar a Corte como retaliação. O ministro, que nomeou a suposta amante Luíza Brunet no Observatório dos Direitos Humanos do Conselho Nacional de Justiça, também é protagonista de um escândalo judicial, quando cassou, como corregedor do CNJ, uma decisão da juíza Rosana Lúcia de Canelas Bastos, do Tribunal de Justiça do Pará, que havia determinado o bloqueio de R$ 2,09 bilhões nas contas do Banco Itaú, em processo que a instituição perdeu e transitou em julgado.

A interferência abusiva, e até mesmo ilegal do ministro, colocou em xeque as prerrogativas do CNJ, determinadas pela Constituição e confirmadas pela jurisprudência do Supremo.

“Não cabe ao conselho (CNJ) fiscalizar, reexaminar ou interferir nos efeitos dedecisão judicial, regularmente proferida por membro do Judiciário, no exercício de sua função jurisdicional. As atribuições do conselho estão previstas no parágrafo 4º do artigo 103-B da Constituição Federal”.

Se os deputados e senadores estão quebrando a harmonia entre os poderes, Fux implodiu a harmonia do Poder Judiciário, do trânsito em julgado e até mesmo da Constituição. Fux não está com moral para fazer críticas enquanto não corrigir suas próprias faltas.

A interferência

Na sessão que começou a ser julgada a reclamação contra a juíza, em 6 de outubro do ano passado (vídeo mais abaixo), Fux se portou com valentia, adjetivou a magistrada e após um pedido de vistas, não levou mais a reclamação à pauta, mantendo a juíza como suspeita, e o banco sem pagar o que deve.

Fica praticamente impossível acreditar que o banco escolheu o escritório do sobrinho de Barroso aleatoriamente. Também fica difícil aceitar que o  CNJ, órgão responsável por avaliar conduta de magistrados e a organização da justiça, se preste a ser um mero puxadinho de banco caloteiro, contumaz devedor, habituado a não honrar compromissos com seus acionistas.

Fonte: Painel Político

 

Arthur Lira manda recado do Legislativo ao STF: Basta

Após adotar providência para conferir transparência às emendas de relator, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reagiu à interferência do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou sua suspensão, prejudicando centenas de municípios, e botou a boca no trombone de chefe do Poder Legislativo: “A execução do Orçamento cabe ao Poder Executivo. Legislar sobre Orçamento é função imprescindível do Poder Legislativo. Não cabe a nenhum outro Poder”.

Cada macaco…no seu galho: trocando em miúdos, o Congresso avalia que o STF atropela o papel que a Constituição reserva a cada Poder da União. O STF bloqueou R$13 bilhões do “orçamento secreto” destinados a 4.838 prefeituras em dificuldades financeiras e fiscais no fim do ano.

Sem espaço para o STF

Para Lira, o STF ignora que a gestão das emendas de relator são uma ocupação de espaço do qual o Legislativo não pode abrir mão. Após adotar as medidas de transparência na liberação das emendas, em vigor desde 2020, Lira espera que o STF reconsidere a ingerência.

Fonte: Coluna do Claudio Humberto

 

STF já pode pedir música no Fantástico

A surpresa ficaria por conta da música a ser escolhida, todavia não me surpreenderia se fosse um axé da Daniela Mercury.

O primeiro “gol” foi marcado pelo ministro Luís Roberto Barroso, ao afirmar que só colocaria em prática o voto impresso se além do congresso aprovar, o STF validasse.

O segundo “gol” foi marcado por Dias Toffoli, ao afirmar em Portugal que no Brasil vigora um regime semi-presidencialista, sendo o STF um poder moderador.

O terceiro “gol” foi de Luiz Fux, um gol de placa. O ministro Fux afirmou que a Câmara dos Deputados discutir matéria constitucional de sua competência viola a harmonia entre os poderes.

Não era o que pensava o ministro do STJ Luiz Fux que defendia uma maior rotatividade e mandato fixo.

Certeira foi a Deputada e Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Bia Kicis que afirmou em perfeito “juridiquês”: o pau que dá em Chico dá em Francisco.

Já Luís Roberto Barroso em março de 2015 apresentava três razões para justificar sua oposição ao aumento da idade de aposentadoria de ministros do STF para 75 anos. As razões estão nesta matéria.

Mas vou me ater a terceira razão: Preservação do STF, que é, de acordo com Barroso, “uma instituição consolidada, que serve bem ao país”. Assim, segundo o ministro, eventuais mudanças no funcionamento da corte deveriam “ter motivação institucional, e não político partidária”.

De lá pra cá esta tem sido a atuação principal da maior corte do judiciário do país. O STF se tornou, através do ativismo político de grande parte de seus ministros, um apêndice de partidos de esquerda, que ao perderem votações no Congresso Nacional, servem-se da interferência do judiciário tanto no legislativo como no executivo.

Não me surpreenderia se o STF se arvorasse de um poder constituinte originário e inserisse uma nova cláusula pétrea no art. 60, §4º, da CF. A redação seria: O STF é “imexível”.

Henrique Alves da Rocha. Coronel PM/Sergipe

 

Vivemos em plena conspiração, onde interesses criminosos agem visando o poder

Quando você vê políticos lutando contra uma lei que permitiria acesso a saneamento básico a todos, sabendo que a cada real investido em saneamento básico, economiza-se 4 reais em gastos em saúde;

Quando você vê parlamentares criando comissões de inquérito em plena pandemia, apenas para fazer palanque político, atrapalhar o governo, impedir investigações de desvios de verbas públicas, criar mais dificuldades em plena crise, deixando a conta para a população, sem retorno útil algum dos gastos e tempo dispendidos, apenas mais crimes cometidos de abuso de autoridade, perseguições, calúnias e difamações;

Quando vemos membros da suprema corte tentarem cobrar pagamento imediato de dívidas públicas que dormiam em suas gavetas havia 30 anos, em momento de exceção, com a economia parada por eles mesmos, aumento de gastos em saúde e auxílios emergenciais;

Quando esses mesmos membros das cortes jurídicas em conluio com parlamentares oposicionistas anunciam aos 4 ventos um golpe contra a Constituição e o regime democrático do pais; não podemos ter dúvidas.

Isso deixou de ser “teoria” da conspiração há muito tempo.

Vivemos em plena conspiração, onde interesses egoísticos, golpistas e criminosos, diametralmente opostos ao interesse público, agem abertamente para a reconquista do poder, utilizando como símbolo o maior criminoso condenado de nossa história. Na impossibilidade de elegê-lo ainda tentam criar uma terceira via pusilânime, vendida, sem valores morais, subserviente aos interesses do grande mecanismo da corrupção.

Permaneçamos alertas. Os senhores da escuridão e da devassidão só almejam o poder e a sua, a nossa, escravidão.

Não nos deixemos enganar, são muito ardilosos.

Pedro Possas. Médico.

 

Governo se prepara para enfrentar nova onda da covid depois das festas de fim do ano

Especialistas alertam para um inevitável novo aumento de casos, sobretudo após as festividades de fim de ano. A vacinação e o meio eficaz para o enfrentamento

Da mesma forma com que a Europa enfrenta uma quarta onda da Covid-19, o Brasil viverá, nos próximos meses, um aumento de casos da doença. Na avaliação de especialistas, esse cenário é inevitável. Sabendo disso, o Ministério da Saúde se prepara para enfrentar a situação e corre para acelerar o processo de vacinação, tanto com a imunização de reforço com pela busca concentrada daqueles que não completaram o esquema vacinal. A região Norte está no foco das preocupações.

Com uma cobertura heterogênea e pela vulnerabilidade aumentada por fazer fronteiras com outros países, o Norte é, historicamente, a região em que as ondas se manifestam primeiro. As baixas coberturas na América Latina também elevam a tendência, sobretudo diante do indicativo do governo federal de flexibilizar as barreiras terrestres,

itando o exemplo da situação pandêmica que piorou na Europa e nos Estados Unidos, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ressaltou a necessidade de ligar o sinal de alerta. “Temos que colocar as nossas inteligências à disposição de buscar estratégias que sejam capazes de ter efetividade e conter uma eventual nova onda aqui no Brasil”, disse, durante a reunião tripartite desta semana.

Queiroga ponderou que nos países em que há aumento da pressão sobre o sistema de saúde e da mortalidade o problema se dá, em boa parte, a partir das pessoas que não aceiram a imunização, além da perda gradativa da efetividade das vacinas, exigindo um reforço na imunização.

Já sabemos o local que tem a maior potencialidade de acontecer uma situação como essa e gerar um grande desafio ao sistema de saúde: a nossa região Norte. De dimensões continentais, é uma região de desafios logísticos muito grandes e, por isso, temos que nos irmanar para dar um suporte aos secretários estaduais e municipais a fim de buscar uma ampliação da vacinação

Marcelo Queiroga, ministro da Saúde

Os esforços devem ser direcionados não apenas ao Norte, sobretudo ao considerar o cálculo de mais de 21 milhões de brasileiros com pendência para receber a segunda dose. “Temos que começar a trabalhar a partir de agora. Buscas as melhores alternativas para que a população possa, livremente, buscar as salas de vacinação ou que nós, com mecanismos de busca ativa, procuremos suprir essa necessidade”, pediu Queiroga aos secretários de saúde dos estados e municípios.

É justamente neste contexto de acelerar a vacinação e preparar o país para enfrentar os aumentos de caso que o Ministério da Saúde diminuiu o intervalo entre a dose de reforço e o término do esquema vacinal primário de seis para cinco meses e decidiu privilegiar o esquema heterólogo — quando há aplicação de diferentes vacinas namesma pessoa — contrariando a recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A lógica é: quanto maior a cobertura vacinal, menos a chance de agravamento dos casos e sobrecarga do sistema de saúde. “A nossa região latino-americana vai ter sim uma nova onda. A diferença vai ser a de um povo vacinado contra um povo que não teve a oportunidade de vacinar-se”, alertou a médica Socorro Grosso, representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Para Gross, a capilaridade do Sistema Único de Saúde (SUS), a disponibilidade de vacinas e a cultura do brasileiro de aderir às campanhas vacinais são pontos essenciais para que o país enfrente novos surtos. “Ainda não é suficiente, porque temos municípios com coberturas de vacinação mais frágeis. Mas falta um pouco mais para fazer do Brasil um caso de sucesso”, ponderou.

Festividades e aglomerações 

Apesar da cobertura robusta do Brasil, a preocupação com a nova onda se intensifica com a proximidade das festas de fim de ano e do Carnaval. O próprio presidente Jair Bolsonaro admitiu a apoiadores, na sexta-feira (26), que “está vindo uma outra onda de Covid”, mas descartou a possibilidade de novas restrições, inclusive em dificultar a entrada de estrangeiros no Brasil. “Tem que aprender a conviver com o vírus.”

A falta de medidas mais rígidas para receber viajantes de fora preocupa a Anvisa, que teme que o Brasil se torne um ponto de escolha de turistas não vacinados. Em novas recomendações, a agência destaca a necessidade de revisar a política de fronteiras brasileira, “especialmente para a inclusão da cobrança de prova de vacinação, de forma a estimular que o Brasil não se torne um dos países de escolha para os turistas e viajantes não vacinados,” mas as medidas que vão ser adotadas pelo governo federal a partir do dia 29, diminuem os riscos, mas a intensidade na vacinação será de fundamental importância.

Cabe ao governo acatar ou não as recomendações e o momento de agir é crucial, alerta o professor Domingos Alves, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. “Isso pode fazer a diferença em relação a essa nova onda”. Ele ressalta que as festas de Natal, Ano Novo e, principalmente, o Carnaval “são condições adequadas para a disseminação da Covid” e que é preciso avançar na vacinação.

“Todos os países com média acima de 70% da população vacinada não tiveram aumento da porcentagem de morte por milhão da quarta onda, diferente dos países que não atingiram esse percentual. O Brasil chegou a 60% da população vacinada com um programa de reforço adiantado e uma porcentagem maior do que a praticada na Europa”. Para Domingos, “é preciso que se tenha noção adequada que a epidemia não acabou e que a quarta onda na Europa acende um alerta para o Brasil sobre o nosso processo de vacinação”. 

Coordenador do Núcleo de Infectologia Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, o médico Alexandre Cunha, destacou, ao R7, que as reaberturas e voltas gradativas de eventos são inevitáveis, assim como o aumento de casos. “A questão é: depois de aumentar, os casos graves vão crescer junto, as hospitalizações, óbitos? Isso vai depender basicamente da vacinação.”

O esforço, para Cunha, precisa ser atrelado à vigilância em cada localidade, cabendo aos gestores locais avaliar se, com as taxas vacinais e novos casos infecções e de ocupação de leitos, é válido manter as restrições de eventos neste fim de ano e no Carnaval de 2022.

Cunha argumentou que, mesmo nos países europeus com recrudescimento da pandemia, em regiões onde a vacinação é forte, há 30 vezes menos mortalidade do que em locais onde a população não está devidamente imunizada. “Está mais que comprovado que a vacina é altamente protetora e possui com bastante segurança. Não faz sentido ter dúvida da relação risco x benefício.”

Outro fator que põe em risco a estabilidade da situação de saúde é o surgimento de novas variantes. “Neste caso, se acontecer de uma nova variante se difundir rapidamente e as vacinas não apresentarem boa proteção, talvez tenhamos que voltar com medidas mais restritivas”, ponderou Cunha, destacando que as medidas precisam ser adotadas por localidade”. Toda generalização incorre em erro.”

Fonte: R7

 

O que se sabe sobre a Ômicron nova variante descoberta na África do Sul

A Ômicron tem mais mutações do que outras cepas, risco de ser mais transmissível e gera preocupação no mundo

A África do Sul voltou a ser o centro das atenções e preocupações quando o assunto é a evolução da pandemia no mundo. Isso porque, na última terça-feira (23), cientistas que trabalham no país africano detectaram uma nova variante do SARS-CoV-2 com potencial para ser mais transmissível até que a Delta, cepa predominante no mundo.

De acordo com o cientista brasileiro Tulio de Oliveira, diretor do laboratório Krisp, na Faculdade de Medicina Nelson Mandela, da Universidade KwaZulu-Natal, em Durban, na África do Sul, a Ômicron, nome dado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), tem mais mutações que as outras cepas, e isso é fator de muita preocupação.

“Esta nova variante, B.1.1.529 [nome científico], parece se espalhar muito rápido. Em menos de duas semanas ela domina todas as novas infecções, após uma onda da Delta devastadora na África do Sul”, disse Oliveira.

Os cientistas dizem que há mais de 30 mutações na proteína spike (parte do vírus responsável pela entrada na célula humana) e dez mutações só no receptor ACE2 (partícula que ajuda a criar esse ponto de entrada). Em comparação, a variante Beta tem três e a Delta, dois.

As vacinas são eficazes contra a nova variante?

Ainda não está claro para os pesquisadores se o novo vírus é capaz de superar a proteção das vacinas e qual é o poder de reinfectar pessoas que já tiveram Covid-19.

Vale destacar, porém, que a Ômicron foi mais detectada entre os jovens, a faixa etária que tem a menor taxa de vacinação na África do Sul. Somente um em cada quatro sul-africanos entre 18 e 34 anos é vacinado, conforme afirmações de Joe Phaahla, ministro da Saúde do país.

Segundo Tulio de Oliveira, um dos pesquisadores que descobriram a variante Beta, em dezembro de 2020, a cepa pode ser detectada por meio do exame PCR, não sendo necessário o sequenciamento genético. Com isso, a descoberta dos casos pode ser mais rápida, o que ajuda no controle e no rastreamento de novas infecções.

A Pfizer anunciou nesta sexta-feira que já realiza testes com a sua vacina e espera ter respostas sobre a eficácia do imunizante em até duas semanas.

Onde a variante já foi encontrada?

Além da África do Sul, já foram registrados casos em três países — Botsuana, Bélgica e Israel — e no território de Hong Kong.

Na África do Sul, os infectados se concentram no centro econômico do país, nas cidades de Joanesburgo e Pretória, porém os cientistas acreditam que haja casos em outras regiões.

Qual o risco de a variante chegar ao Brasil?

Aqui, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendou que o governo federal imponha medidas restritivas a voos e viajantes vindos de seis países da África: África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

Para Isabella Ballalai, vice-presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), a indicação da agência brasileira é válida porque, mesmo com os bons índices de vacinação no país, os números não são homogêneos em todas as cidades e a pandemia ainda não chegou ao fim.

“Enquanto o mundo não estiver completamente vacinado, qualquer país, ou seja, todos nós corremos risco. As pessoas precisam entender que estamos em um bom momento no país, mas não podemos esquecer que a pandemia não acabou. Nós temos coberturas vacinais excelentes aqui no Rio, em São Paulo e em outras cidades. Mas há cidades com coberturas não tão altas”, explica Isabella.

E complementa: “Qualquer excesso pode trazer uma nova onda. Se não tivermos um controle da flexibilização e da entrada de estrangeiros no país, obviamente correremos risco”.

Países da Europa e da Ásia já adotaram medidas de restrição aos países africanos, apesar de a OMS ter pedido que não sejam tomadas medidas precipitadas em relação a viagens.

Quando foi encontrada a nova cepa?

O vírus foi descoberto na última terça-feira em amostras coletadas em pacientes nos dias 14, 15 e 16 de novembro. Na avaliação de outros exames, foram encontrados mais 100 casos em Gauteng, província da qual fazem parte Pretória e Joanesburgo.

Como a Ômicron surgiu?

Cientistas acreditam que a nova variante tenha surgido em uma pessoa HIV positiva infectada com a Covid-19 que não foi tratada, mesma hipótese levantada para o aparecimento da Beta no fim do ano passado. A África do Sul tem 8,2 milhões de pessoas infectadas pelo HIV. É o país com mais infectados no mundo.

Muitas empresas já começam a realizar o retorno gradual do trabalho presencial. O infectologista Rodrigo Mollina, consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), explica que algumas condutas podem ser adotadas para minimizar o risco de transmissão do coronavírus, como realizar refeições rápidas e com distanciamento e preferir ambientes bem ventilados.

Fonte: R7

 

Covid-19: Brasil fechará fronteiras para seis países da África

Medida valerá a partir de segunda-feira (29) e atinge África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbábue

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou que o Brasil vai impedir a entrada de estrangeiros de seis países africanos devido à aparição de uma nova variante da Covid-19 no continente, a Ômicron. A restrição valerá a partir da próxima segunda-feira (29) e atingirá África do Sul, Botsuana, Essuatíni (antiga Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

“O Brasil fechará as fronteiras aéreas para seis países da África em virtude da nova variante do coronavírus. Vamos resguardar os brasileiros nessa nova fase da pandemia naquele país. Portaria será publicada amanhã [sábado] e deverá vigorar a partir de segunda-feira”, anunciou Ciro em uma rede social.

A decisão foi tomada na noite desta sexta-feira (26) após uma reunião de Ciro com representantes dos ministérios da Saúde, da Infraestrutura e da Justiça e Segurança Pública. Mais cedo, a Anvisa emitiu uma nota técnica recomendando a suspensão dos voos desses seis países.

A Anvisa também pediu que os estrangeiros vindos dessas localidades sejam impedidos de desembarcar no Brasil, incluindo os que não são africanos mas estiveram nos países nos últimos 14 dias. As exceções devem ser estabelecidas pelo governo federal, com a portaria que será publicada neste sábado (27).

Fonte: R7