CNJ esclarece direitos de usuários de aeroportos

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Com o maior movimento nos aeroportos do país devido às férias escolares e festas de fim de ano, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou na sexta-feira (26) nota com informações que podem ajudar os viajantes a lidar com contratempos comuns nos momentos de partida e de chegada das viagens.
O CNJ lembra que problemas relacionados aos direitos dos consumidores de companhias aéreas podem ser resolvidos nos juizados especiais que alguns tribunais mantêm nos aeroportos.
De acordo com o CNJ, o atendimento no Juizado Especial é gratuito e tem por objetivo solucionar questões que envolvam valores até 20 salários mínimos, sem a necessidade de advogado. Entre os problemas a serem resolvidos por esses tribunais estão os de atrasos de voos, overbooking e extravio de bagagem.
A partir da primeira hora de atraso do voo contratado, as empresas têm de dar condições para que os passageiros se comuniquem por meio de internet ou por telefone. Quando o atraso chega a duas horas, a companhia aérea deve proporcionar ao passageiro alimentação adequada, proporcional ao tempo de espera até o embarque.
Caso o atraso supere quatro horas, o passageiro pode requerer acomodação em local adequado – segundo o CNJ, isso corresponde a um “espaço interno do aeroporto ou ambiente externo em condições satisfatórias para aguardar reacomodação” – ou hospedagem e transporte ao local da acomodação.
Cada juizado tem equipe de funcionários e conciliadores sob a coordenação de um juiz, que tentará solucionar os conflitos por meio de acordo entre os viajantes e as companhias aéreas ou órgãos do governo, informou o CNJ. Havendo conciliação, o processo é encaminhado e redistribuído ao Juizado Especial Cível da comarca de residência do passageiro para prosseguimento e julgamento.
Ainda segundo a nota do CNJ, é aconselhável que, em um primeiro momento, o consumidor se dirija à empresa aérea contratada para reivindicar seus direitos. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também recebe reclamações contra empresas aéreas, que podem resultar em sanções administrativas, caso seja constatado o descumprimento de normas da aviação civil.
Indenizações por danos morais ou materiais podem ser reivindicadas nos órgãos de defesa do consumidor, bem como por meio de juizados especiais cíveis. Nesses casos, lembra o CNJ, é importante guardar o comprovante do cartão de embarque, comprovantes de gastos (alimentação, transporte, hospedagem e comunicação) ou documentos relacionados à atividade profissional que seria cumprida no destino.

Fonte – Conselho Nacional de Justiça

A milícia da WPR contra a comunidade do Cajueiro

          A Suzano Papel e Celulose jura de pés juntos e por tudo que é mais sagrado que não tem nenhuma relação com as atividades da empresa WPR que ameaça de expulsão a comunidade de Cajueiro, zona rural de São Luís. Deve-se levar em consideração a versão da Suzano, afinal ela pode exercer seu direito de dizer o que quiser. O negócio é saber se o que ela conta provem da verdade ou não. Isso talvez nem importe muito porque o que conta mesmo é a versão. Segundo a Suzano Papel e Celulose, ela abandonou o seu projeto de construção de um porto na comunidade de Cajueiro em 2010. Quase uma eternidade não é? Só que a ex-governadora Roseana Sarney assinou um decreto de desapropriação da área do Cajueiro no ano de 2011 em beneficio somente da Suzano Papel e Celulose e não esquecendo que a empresa financiou a campanha de Roseana Sarney em 2010. Isso caracteriza crime de responsabilidade. Outros fatos. O BNDES assinou um contrato com a empresa no qual está previsto a construção de um porto para exportação de celulose. Provavelmente, a WPR é simplesmente uma milicia criada para amedrontar a comunidade e agir impunemente em favor da Suzano Papel e Celulose e da Petrobrás.

 Mayron Régis é jornalista do Fórum Carajás

 

Policia Militar homenageia jornalistas e os coronéis Zanoni Porto e Ivaldo Barbosa pregam compromisso e lealdade para a tropa

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 Muito honrado e com a responsabilidade cada vez mais aumentada, foi como recebi hoje o Diploma de Amigo do Comando do Policiamento Especializado da Policia Militar do Maranhão, como reconhecimento às sucessivas demonstrações de apreço e consideração à relevante colaboração prestada à PMMA, de acordo com a expressão registrada pelo coronel Ivaldo Alves Barbosa, comandante do CPE. Outros colegas também receberam o reconhecimento de uma das mais importantes instituições do Maranhão, que infelizmente não tem merecido o devido apoio dos últimos governos para que possa efetivamente nas ruas defender o direito e dignidade do povo maranhense. Já afirmei por várias vezes e ratifico mais uma, que a Policia Militar do Maranhão está entre as instituições que conta com pessoal altamente capacitado tecnicamente e intelectualmente, daí é que ela muito maior do que qualquer administração pública. Tenho a honra de lembrar que no Governo Nunes Freire, o coronel Nélio Cruz Carvalho Pereira, comandante geral da Policia Militar me homenageou com a medalha Brigadeiro Falcão, criada por ele e me distinguiu como o primeiro jornalista a receber a comenda.  Como jornalista tenho a consciência critica o que me permite ver a problemática social, politica e econômica com os seus reflexos no contexto comunitário. Muito tem se criticado a questão da violência na capital e no interior, mas pouco se atenta para os fatores que determinam a realidade. De há muito a Policia Militar está sucateada e com salários indignos, a Segurança Pública foi entregue a uma agente da policia federal irresponsável, que tratou de sucatear ainda mais o sistema, não oferecendo condições dignas para delegados, agentes, escrivães possam trabalhar, sem falarmos na falta de viaturas.

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Ao final da solenidade, os coronéis Zanoni Porto e Ivaldo Barbosa cumprimentaram os jornalistas Aldir Dantas e Luís Cardoso.

Os problemas não estão maiores devido as pressões de militares e civis que proporcionaram mudanças. Na Policia Militar assumiu o coronel Zanoni Porto e na segurança o delegado Marcos Afonso Júnior. Para combater a violência, não adianta comprar armas, viaturas, preparar o efetivo, oferecer condições favoráveis para delegados, agentes, escrivães, equipar o Corpo de Bombeiros e todo um contexto material. Há necessidade urgente de que tenhamos politicas públicas efetivas nas comunidades, como educação e saúde de qualidades, água e saneamento básico, programas de geração de emprego e renda, com o incentivo ao empreendedorismo, nas áreas onde o tráfico de drogas recruta jovens. É muito triste se vê muitos jovens concluírem cursos profissionalizantes e outros receberem a tão sonhada graduação, e quando olham para o mercado de trabalho, muitos acabam vendo os seus sonhos caminhando para a decepção, por falta de oportunidades.

O governo não tem qualquer interesse em politicas públicas de tal natureza, em decorrência de que os recursos a serem aplicados são desviados para aumentar o número de novos ricos, com a corrupção deslavada. Garanto que 10% de todos os recursos públicos que foram desviados nos últimos quatro anos na administração estadual daria perfeitamente para a implantação de programas sociais em São Luís e em vários municípios em que a violência cresce.

Os discursos do coronel Ivaldo Barbosa, comandante do CPE e do coronel Zanoni Porto, proferido hoje no Palácio Henrique de La Roque foram de compromisso, lealdade e incentivo a tropa para que continue honrando e dignificando a Policia Militar do Maranhão.

Katia Abreu no Ministério da Agricultura é a certeza de conflitos com povos indígenas e o Movimento dos Sem Terra

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A decisão da presidente Dilma Rousseff de nomear a senadora Katia Abreu para o Ministério da Agricultura, apesar dos inúmeros protestos de vários segmentos da sociedade civil organizada como o Movimento dos Sem Terra e dos povos indígenas, sinalizam de que a presidente pretende enfrentar com luta grupos que lhes deram sustentação a perder os votos dos 215 deputados federais que compõem a bancada ruralista comandada por Kátia Abreu.

Kátia Abreu é defensora do agronegócio que mata e desmata, radicalmente contra a reforma agrária e é uma das articuladoras para que as demarcações de terras indígenas sejam feitas pelo Congresso Nacional. A reforma agrária que se constituiu em umdos seus compromissos sociais com as populações rurais, serão atropeladas por vontade própria da Presidente da República.

      A tendência é que os conflitos agrários se tornem mais acentuados e muitas postergações devem ser criadas para atropelar a agricultura familiar e os povos indígenas vão partir para o enfrentamento em defesa das suas terras. Não satisfeita com a corrupção deslavada na Petrobrás, que atinge em cheio o Partido dos Trabalhadores e inúmeros outras agremiações partidárias, em desvio de recursos públicos que já somam mais de 60 bilhões de reais, Dilma Rousseff entende que ainda é muito pouco e decidiu partir para um confronto com segmentos da defesa da reforma agrária, e entregando o Ministério da Agricultura para o controle do agronegócio. Falta de aviso não foiprincipalmente por parte dos povos indígenas e do Movimento dos Sem Terra. A verdade é que Dilma Rousseff trocou o Ministério de Agricultura pelos 215 votos da bancada ruralista na Câmara Federal, com garantia para a defesa dos direitos de poucos em detrimento da maioria.

     Como tentativa para amenizar os sério e muito grave problema, a presidente DilmaRousseff sinaliza o nome de Patrus Ananias para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, como forma de diminuir as tensões e anúncios de protestos mesmo antes da confirmação de Katia Abreu.

Feliz Natal! Que a Paz e o Amor de Jesus Cristo sejam semeados nos corações das vítimas da violência da fome

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Maranhão: Um Estado de todos?

Estamos com o coração solidário, fraterno e ansioso com a festa do natal, tempo de construção, de reconciliação de comunhão e de reflexões. A angústia também toca profundamente o sentimento do espírito do coração. A violência avança de maneira devastadora e não vemos sinais animadores de enfrentamento. A vida está totalmente banalizada pela omissão e muito mais pela covardia das autoridades que são incompetentes até para garantir a vida humana dentro dos cárceres. Em menos de dois anos foram mortas dentro dos presídios maranhenses 88 pessoas, sendo 90% na capital.

Ninguém até hoje responsabilizou o Governo do Estado pela custódia da vida dos seres humanos assassinados e muitos até decapitados. Em um país, onde exista um mínimo de seriedade, todos os envolvidos na gestão do Sistema Penitenciário com certeza seriam responsabilizados e condenados a ir para a prisão. Aqui, se tripudia, se afronta e se premia  destruidores de vidas humanas, de seres colocados no mundo por Deus. Há aqueles que se julgam poderosos e aqui já se condenaram ao fogo do inferno, nunca saberão o que é o Reino de Deus. A Justiça Divina não falha e ninguém escapará dela.

 A violência tem levado o sofrimento a muitos lares e causado destruição de muitas famílias. Ela terrível e muitas vezes a indignação e a revolta impulsiona muitos a procedimentos idênticos e a problemática toma dimensões inimagináveis.

  Por si só, a violência é perversa não tenhamos dúvidas e não podemos comparar uma com outra, uma vez que são iguais, o diferencial reside no dolo. Considero entre as violências mais dolosas no mundo de hoje, a fome e a miséria, resultado da roubalheira que se impôs neste país e mais precisamente neste estado. Se hoje temos mais de um milhão e cem mil pessoas passando fome e em absoluta exclusão social no Maranhão é decorrente dos desvios de recursos públicos praticados por bandidos e verdadeiros facínoras, travestidos de gestores públicos, muitos dos quais com mandatos parlamentares e dirigentes de poderes. No Maranhão, a diarreia é uma doença que mata muita criança. O analfabetismo é uma realidade para manter dominação. A falta da produção de alimentos é para manter o clientelismo e assim o sistema perverso e excludente vem funcionando para atender a insaciável fome dos bandidos integrantes dos poderes.

  Que reflitamos neste natal e peçamos ao Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo e nossa Mãe Maria, piedade para todos nós e que tenham misericórdia de todos os que sofrem, e de um modo especial as crianças na orfandade e sem perspectivas de um mundo melhor e muito mais daquelas que todos os dias não sabem se terão um pedaço de pão para saciar a fome. Piedade Senhor!

Campanha da Fraternidade 2015 chama o Povo de Deus para a vida em sociedade

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Com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a  Campanha da Fraternidade (CF) 2015 buscará recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II.

O texto base utilizado para auxiliar nas atividades da CF 2015 já está disponível nas Edições CNBB. O documento reflete a dimensão da vida em sociedade que se baseia na convivência coletiva, com leis e normas de condutas, organizada por critérios e, principalmente, com entidades que “cuidam do bem-estar daqueles que convivem”.

Na apresentação do texto, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, explica que a Campanha da Fraternidade 2015 convida a refletir, meditar e rezar a relação entre Igreja e sociedade.

“Será uma oportunidade de retomarmos os ensinamentos do Concílio Vaticano II. Ensinamentos que nos levam a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa, samaritana. Sabemos que todas as pessoas que formam a sociedade são filhos e filhas de Deus. Por isso, os cristãos trabalham para que as estruturas, as normas, a organização da sociedade estejam a serviço de todos”, comenta dom Leonardo.

Proposta do subsídio

O texto base está organizado em quatro partes. No primeiro capítulo são apresentadas reflexões sobre “Histórico das relações Igreja e Sociedade no Brasil”, “A sociedade brasileira atual e seus desafios”, “O serviço da Igreja à sociedade brasileira” e “Igreja – Sociedade: convergência e divergências”.

Na segunda parte é aprofundada a relação Igreja e Sociedade à luz da palavra de Deus à luz do magistério da Igreja e à luz da doutrina social.

Já o terceiro capítulo debate uma visão social a partir do serviço, diálogo e cooperação entre Igreja e sociedade, além de refletir sobre “Dignidade humana, bem comum e justiça social” e “O serviço da Igreja à sociedade”. Nesta parte, o texto aponta  sugestões pastorais para a vivência da Campanha da Fraternidade nas dioceses, paróquias e comunidades.

O último capítulo do texto base apresenta os resultados da CF 2014, os projetos atendidos por região, prestação de contas do Fundo Nacional de Solidariedade de 2013 (FNS) e as contribuições enviadas pelas dioceses, além de histórico das últimas Campanhas e temas discutidos nos anos anteriores.

“Como todo corpo, a Igreja também está exposta às enfermidades”, diz o papa Francisco

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“A Cúria é sempre chamada a melhorar e crescer em comunhão, santidade e sabedoria para realizar plenamente sua missão”, disse o papa Francisco durante o encontro anual para as felicitações de Natal com os membros dos dicastérios, conselhos, escritórios, tribunais e comissões do Vaticano, ocorrido na segunda-feira, dia 22. Na ocasião, o bispo de Roma afirmou que, “como todo corpo, a Igreja também está exposta às enfermidades” e convidou os presentes a realizarem um exame de consciência ao citar as 15 doenças mais frequentes na vida da cúria.

Francisco citou doenças como “sentir-se imortal, imune e inclusive indispensável”, “endurecimento mental e espiritual”, “o Alzheimer espiritual” e “a rivalidade e a vanglória”. Para ele, as doenças e tentações que elencou são “naturalmente um perigo para todo cristão e para toda cúria, comunidade, congregação, paróquia, movimento eclesial e podem atingir quer em nível individual quer comunitário”.

O pontífice reiterou que é necessário esclarecer que só o Espírito Santo pode curar todas as enfermidades. “É o Espírito Santo que sustenta todo esforço sincero de purificação e toda boa vontade de conversão. É Ele que nos faz compreender que todo membro participa da santificação do corpo ou do seu enfraquecimento”, disse.

Ao citar uma frase que havia lido, a qual conta que “os sacerdotes são como aviões: só são notícia quando caem, mas há tantos que voam”, Francisco lembrou que “muitos criticam e poucos rezam por eles” e ressaltou a “importância e delicadeza” do serviço sacerdotal e o mal causado ao corpo da Igreja por um padre que “cai”. Para que isso não aconteça, sugeriu a preparação à Confissão, pedindo à Virgem Maria “que cure as feridas do pecado que cada um de nós tem no seu coração e que ampare a Igreja e a Cúria a fim de que sejam sadias e saneadoras; santas e santificadoras para a glória do seu Filho e para a nossa salvação e do mundo inteiro”.

Leia o discurso na íntegra, traduzido pela Rádio Vaticano: 

 DISCURSO DO SANTO PADRE FRANCISCO

 Sala Clementina

Segunda, 22 de dezembro de 2014

Amados irmãos,

Ao final do Advento, encontramo-nos para as tradicionais saudações. Dentro de alguns dias teremos a alegria de celebrar o Natal do Senhor; o evento de Deus que se faz homem para salvar os homens; a manifestação do amor de Deus que não se limita a dar-nos algo ou a enviar-nos uma mensagem ou alguns mensageiros, doa-se-nos a si mesmo; o mistério de Deus que toma sobre si a nossa condição humana e os nossos pecados para revelar-nos a sua Vida divina, a sua graça imensa e o seu perdão gratuito. É o encontro com Deus que nasce na pobreza da gruta de Belém para ensinar-nos a potência da humildade. Na realidade, o Natal è também a festa da  luz que não é acolhida pala gente “eleita”, mas pela gente pobre e simples que esperava a salvação do Senhor.

Em primeiro lugar, gostaria de desejar a todos vós – cooperadores, irmãos e irmãs, Representantes pontifícios disseminados pelo mundo – e a todos os vossos entes queridos um santo Natal e um feliz Ano Novo. Desejo agradecer-vos cordialmente, pelo vosso compromisso quotidiano a serviço da Santa Sé, da Igreja Católica, das Igrejas particulares e do Sucessor de Pedro.

Como somos pessoas e não números ou somente denominações, lembro de maneira especial os que, durante este ano, terminaram o seu serviço por terem chegado ao limite de idade ou por terem assumido outras funções ou ainda porque foram chamados à Casa do Pai. Também a todos eles e a seus familiares dirijo o meu pensamento e gratidão.

Desejo juntamente convosco erguer ao Senhor vivo e sentido agradecimento pelo ano que está a nos deixar, pelos acontecimentos vividos e por todo o bem que Ele quis generosamente realizar mediante o serviço da Santa Sé, pedindo-lhe humildemente perdão pelas faltas cometidas “por pensamentos, palavras, obras e omissões”

E partindo precisamente deste pedido de perdão, desejaria que este nosso encontro e as reflexões que partilharei convosco se tornassem, para todos nós, apoio e estímulo a um verdadeiro exame de consciência a fim de preparar o nosso coração ao Santo Natal.

Pensando neste nosso encontro veio-me à mente a imagem da Igreja como Corpo místico de Jesus Cristo. É uma expressão que, como explicou o Papa Pio XII “brota e como que germina do que é frequentemente exposto na Sagrada Escritura e nos Santos Padres”. A este respeito, São Paulo escreveu: “Porque, como o corpo è um todo tendo muitos membros e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo” (1 Cor 12,12).

Neste sentido, o Concílio Vaticano II lembra-nos que “na edificação do Corpo de Cristo há diversidade de membros e de funções. Um só è o Espírito que, para utilidade da Igreja, distribui seus vários dons segundo suas riquezas e as necessidades dos ministérios (cf. 1 Cor 12,1-11)”. Por isto “Cristo e a Igreja formam o «Cristo total» – Christustotus -. A Igreja é una com Cristo».

È belo pensar na Cúria Romana como sendo um pequeno modelo da Igreja, ou seja, um “corpo” que procura séria e cotidianamente ser mais vivo, mais sadio, mais harmonioso e mais unido em si mesmo e com Cristo.

Na realidade, a Cúria Romana è um corpo complexo, composto de muitos Dicastérios, Conselhos, Departamentos, Tribunais, Comissões e de numerosos elementos que não têm todos a mesma tarefa, mas são coordenados para um funcionamento eficaz, edificante, disciplinado e exemplar, não obstante as diversidades culturais, linguísticas e nacionais dos seus membros.

Em todo o caso, sendo a Cúria um corpo dinâmico, ela não pode viver sem alimentar-se e sem cuidar de si. De fato, a Cúria – como a Igreja – não pode viver sem ter uma ralação vital, pessoal, autêntica e sólida com Cristo. Um membro da Cúria que não se alimenta cotidianamente com aquele Alimento tornar-se-á um burocrata (um formalista, um funcionalista, um mero empregado): um ramo que seca e pouco a pouco morre e é lançado fora. A oração diária, a participação assídua nos Sacramentos, de modo especial, da Eucaristia e da reconciliação, o contato cotidiano com a palavra de Deus e a espiritualidade traduzida em caridade vivida são o alimento vital para cada um de nós. Que todos nós tenhamos bem claro que sem Ele nada poderemos fazer(cfJo 15, 8).

Consequentemente, a relação viva com Deus alimenta e fortalece também a comunhão com os outros, ou seja, quanto mais estivermos intimamente unidos a Deus tanto mais estaremos unidos entre nós porque o Espírito de Deus une e o espírito do maligno divide.

A Cúria está chamada a melhorar-se, a melhorar-se sempre e a crescer em comunhão, santidade e sabedoria a fim de realizar plenamente a sua missão. No entanto, ela, como todo corpo, como todo corpo humano, está exposta também às doenças, ao mau funcionamento, à enfermidade. E aqui gostaria de mencionar algumas destas prováveis doenças, doenças curiais. São doenças mais costumeiras na nossa vida de Cúria. São doenças e tentações que enfraquecem o nosso serviço ao Senhor. Penso que nos ajudará o “catálogo” das doenças – nas pegadas dos Padres do deserto, que faziam aqueles catálogos – dos quais falamos hoje: ajudar-nos-á na nossa preparação ao Sacramento da Reconciliação, que será um passo importante de todos nós em preparação do Natal.

1. A doença do sentir-se “imortal”, “imune” ou até mesmo “indispensável” transcurando os controles necessários e habituais. Uma Cúria que não faz autocrítica, que não se atualiza, que não procura melhorar é um corpo enfermo. Uma visita ordinária aos cemitérios poderia ajudar-nos a ver os nomes de tantas pessoas, algumas das quais pensassem talvez que eram imortais, imunes e indispensáveis! É a doença do rico insensato do Evangelho que pensava viver eternamente (cfLc 12, 13-21) e também daqueles que se transformam em senhores e se sentem superiores a todos e não a serviço de todos. Esta doença deriva muitas vezes da patologia do poder, do “complexo dos Eleitos”, do narcisismo que fixa apaixonadamente a sua imagem e não vê a imagem de Deus impressa na face dos outros, principalmente dos mais fracos e necessitados. O antídoto para esta epidemia è a graça de nos sentirmos pecadores e de dizer com todo o coração «Somos servos inúteis.Fizemos o que devíamos fazer» (Lc 17, 10).

2. Outra doença:  doença do “martalismo” (que vem de Marta), da excessiva operosidade: ou seja, daqueles que mergulham no trabalho, descuidando, inevitavelmente, “a melhor parte”: sentar-se aos pés de Jesus (cfLc 10,38-42). Por isto Jesus chamou os seus discípulos a “descansar um pouco’” (cf Mc 6,31) porque descuidar do descanso necessário leva ao estresse e à agitação. O tempo do descanso, para quem levou a termo a sua missão, è necessário, obrigatório e deve ser lavado a sério: no passar um pouco de tempo com os familiares e no respeitar as férias como momentos de recarga espiritual e física; é necessário aprender o que ensina o Coélet que «para tudo há um tempo» (3,1-15).

3. Há ainda a doença do “empedernimento” mental e spiritual, ou seja, daqueles que possuem um coração de pedra e são de “dura cerviz” (At 7,51-60); daqueles que, com o passar do tempo, perdem a serenidade interior, a vivacidade a audácia e escondem-se atrás das folhas de papel, tornando-se “máquinas de práticas” e não “homens de Deus” (cfHb 3,12). É perigoso perder a sensibilidade humana necessária que nos faz chorar com os que choram e alegrar-se com os que se alegram! É a doença dos que perdem “os sentimentos de Jesus ” (cfFl 2,5-11) porque o seu coração, com o passar do tempo, endurece e torna-se incapaz de amar incondicionalmente ao Pai e o próximo (cfMt 22,34-40). Ser cristão, com efeito, significa ter os mesmos sentimentos de Jesus Cristo» (Fl 2,5), sentimentos de humildade e de doação, de desapego e de generosidade.

4. A doença do planejamento excessivo e do funcionalismo. Quando o apóstolo planeja tudo minuciosamente e pensa que, fazendo um perfeito planejamento, as coisas efetivamente progridem, tornando-se, assim, um contador ou um comercialista. Preparar tudo bem è necessário, mas sem jamais cair na tentação de querer encerrar e pilotar a liberdade do Espírito Santo, que é sempre maior, mais generosa do que todo planejamento humano (cfJo 3,8). Cai-se nesta doença porque  «é sempre mais fácil e cômodo adaptar-se às suas posições estáticas e imutadas. Na realidade, a Igreja mostra-se fiel ao Espírito Santo na medida em que não tem a pretensão de regulamentá-lo e de domesticá-lo… – domesticar o Espírito Santo! – … Ele è frescor, fantasia, novidade».

5. A doença da má coordenação. Quando os membros perdem a comunhão entre si e o corpo perde a sua funcionalidade harmoniosa e a sua temperança, tornando-se uma orquestra que produz barulho, porque os seus membros não cooperam e não vivem o espírito de comunhão e de equipe. Quando o pé diz ao braço: “não preciso de ti”, ou a mão à cabeça: “quem manda sou eu”, causando, assim, mal-estar ou escândalo.

6. Há também a doença do “alzheimer espiritual”: ou seja, o esquecimento da “história da salvação”, da história pessoal com o Senhor, do «primeiro amor» (Ap 2,4). Trata-se de uma perda progressiva das faculdades espirituais que num intervalo mais ou menos longo de tempo causa graves deficiências à pessoa, tornando-a incapaz de exercer algumas atividades autônomas, vivendo num estado de absolta dependência das suas visões, tantas vezes imaginárias. É o que vemos naqueles que perderam a memória do seu encontro com o Senhor; naqueles que não têm o sentido deuteronômico da vida; naqueles que dependem completamente do seu presente, das suas paixões, caprichos e manias; naqueles que constroem em torno de si barreiras e hábitos, tornando-se, sempre mais escravos dos ídolos que esculpiram com suas próprias mãos.

7. A doença da rivalidade e da vanglória. Quando a aparência, as cores das vestes e as insígnias de honra se tornam o objetivo primordial da vida, esquecendo as palavras de São Paulo: «Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos. Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses , e sim os dos outros» (Fl 2,1-4). É a doença que nos leva a ser homens e mulheres falsos, e a vivermos um falso “misticismo” e um falso “quietismo”. O mesmo São Paulo os define «inimigos da Cruz de Cristo» porque se envaidecem da própria ignomínia e só têm prazer no que é terreno» (Fl 3,19).

8. A doença da esquizofrenia existencial. É a doença dos que vivem uma vida dupla, fruto da hipocrisia típica do medíocre e do vazio espiritual progressivo que formaturas ou títulos acadêmicos não podem preencher. Uma doença que atinge frequentemente aquele que, abandonando o serviço pastoral, se limitam aos afazeres burocráticos, perdendo, assim, o contato com a realidade, com as pessoas concretas. Criam, assim, um seu mundo paralelo, onde colocam à parte tudo o que ensinam severamente aos outros e começam a viver uma vida oculta e muitas vezes dissoluta. A conversão è por demais urgente e indispensável para esta gravíssima doença (cfLc 15,11-32).

9. A doença das fofocas, das murmurações e do mexerico. Já falei muitas vezes desta doença, mas nunca è suficiente. É uma doença grave, que começa simplesmente, quem sabe, para trocar duas palavras e se apodera da pessoa, transformando-a em  “semeadora de cizânia” (como satanás), e em tantos casos “homicida a sangue frio” da fama dos seus colegas e confrades. É a doença das pessoas velhacas que, não tendo a coragem de falar diretamente, falam pelas costas. São Paulo nos adverte: «Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes» (Fl 2,14-18). Irmãos, guardemo-nos do terrorismo das maledicências!

10. A doença de divinizar os chefes: é a dos que cortejam os Superiores, esperando obter a benevolência deles. São vítimas do carreirismo e do oportunismo, honrando as pessoas e não a Deus (cfMt 23,8-12). São pessoas que vivem o serviço, pensando exclusivamente no que devem obter e não no que devem dar. Pessoas mesquinhas, infelizes e inspiradas só pelo seu próprio egoísmo (cf Gal 5,16-25). Esta doença  poderia atingir também os Superiores, quando cortejam alguns seus colaboradores para obter a sua submissão, lealdade e dependência psicológica, mas o resultado final é uma verdadeira cumplicidade.

11. A doença da indiferença para com os outros. Quando alguém pensa somente em si mesmo e perde a sinceridade e o calor das relações humanas. Quando o mais experto não coloca o seu conhecimento a serviço dos colegas menos expertos. Quando se chega ao conhecimento de algo e o esconde para si, ao invés de compartilhar positivamente com os outros. Quando, por ciúme ou por astúcia, se sente alegria ao ver o outro cair, ao invés de erguê-lo e encorajá-lo.

12. A doença da cara funérea. Quer dizer, das pessoas grosseiras e sisudas que pensam que, para ser sérias, é necessário assumir as feições de melancolia, de severidade e tratar os outros – principalmente os que consideram inferiores – com rigidez, dureza e arrogância. Na realidade, a severidade teatral e o pessimismo estéril são muitas vezes sintomas de medo e de insegurança. O apóstolo deve esforçar-se por ser uma pessoa amável, serena e alegre que transmite alegria por toda parte onde quer se encontre. Um coração repleto de Deus è um coração feliz que irradia e contagia de alegria todos os que estão à sua volta: é o que se vê imediatamente! Não percamos, portanto, aquele espírito jovial, cheio de humor, e até autoirônico, que nos torna pessoas amáveis, mesmo nas situações difíceis. Quanto bem nos faz uma boa dose de sadio humorismo! Far-nos-á muito bem recitar muitas vezes a oração de São Tomás Moro: rezo-a todos os dias; me faz bem.

13. A doença de acumular: quando o apóstolo procura preencher um vazio existencial no seu coração, acumulando bens materiais, não por necessidade, mas só para sentir-se seguro. Na realidade, nada de material poderemos levar conosco, porque “a mortalha não tem bolsos” e todos os nossos tesouros terrenos – mesmo que sejam  presentes – jamais poderão preencher aquele vazio; pelo contrário, torná-lo-ão cada vez mais exigente e mais profundo. A estas pessoas o Senhor repete: «Dizes: sou rico, faço bons negócios, de nada necessito – e não sabes que és infeliz, miserável, pobre, cego e nu …Reanima, pois, o teu zelo e arrepende-te» (Ap 3,17-19). A acumulação só pesa e freia inexoravelmente o caminho! E penso numa anedota: um tempo, os jesuítas espanhóis descreviam que a Companhia de Jesus era como a “cavalaria leve da Igreja”. Lembro-me da mudança de um jovem jesuíta que, enquanto carregava num caminhão os seus muitos bens: bagagens, livros, objetos e presentes, ouvi um velho jesuíta, que estava a observá-lo, dizer com um sorriso sábio: e esta seria a “cavalaria leve da Igreja?”. As nossas mudanças são um sinal desta doença.

14. A doença dos círculos fechados onde a pertença ao grupinho se torna mais forte do que a pertença ao Corpo, e, em algumas situações, ao próprio Cristo. Também esta doença começa sempre de boas intenções, mas com o passar do tempo, escraviza os membros, tornando-se um câncer que ameaça a harmonia do Corpo e causa tanto mal – escândalos – especialmente aos nossos irmãos menores. A autodestruição ou o “tiro amigo” dos camaradas é o perigo mais sorrateiro. É o mal que atinge a partir de dentro; e, como diz Cristo, «todo o reino dividido contra si mesmo será destruído» (Lc 11,17).

15. E a última: a doença do proveito mundano, dos exibicionismos, quando o apóstolo transforma o seu serviço em poder e o seu poder em mercadoria para obter dividendos humanos ou mais poder; é a doença das pessoas que procuram insaciavelmente multiplicar poderes e, com esta finalidade, são capazes de caluniar, de difamar e de desacreditar os outros, até mesmo nos jornais e nas revistas. Naturalmente para se exibirem e se demonstrarem mais capazes do que os outros. Também esta doença faz muito mal al Corpo porque leva as pessoas a justificar o uso de todo meio, contanto que atinja o seu objetivo, muitas vezes em nome da justiça e da transparência! E vem-me aqui à mente a lembrança de um sacerdote que chamava os jornalistas para lhes contar – e inventar – coisas privadas e reservadas dos seus confrades e paroquianos. Para ele a única coisa importante era ver-se nas primeiras páginas, porque assim se sentia “potente e convincente”, causando tanto mal aos outros e à Igreja. Pobrezinho!

Irmãos, estas doenças e tais tentações são naturalmente um perigo para todo cristão e para toda cúria, comunidade, congregação, paróquia, movimento eclesial  e podem atingir quer em nível individual quer comunitário.

È necessário esclarecer que só o Espírito Santo  – a alma do Corpo Místico de Cristo, como afirma o Credo Niceno-Costantinopolitano: Creio. no Espírito Santo, Senhor e vivificador» – pode curar todas as enfermidades. É o Espírito Santo que sustenta todo esforço sincero de purificação e toda boa vontade de conversão. É Ele que nos faz compreender que todo membro participa da santificação do corpo ou do seu enfraquecimento. É Ele o promotor da harmonia: “Ipse harmonia est”, diz São Basílio. Santo Agostinho diz-nos: «Enquanto uma parte aderir ao corpo, a sua cura não è desesperada; mas o que foi cortado não pode nem curar-se nem sarar».

O restabelecimento è também fruto da consciência da doença e da decisão pessoal e comunitária de tratar-se, suportando pacientemente e com perseverança a terapia.

Somos chamados, portanto – neste tempo de Natal e por todo o tempo do nosso serviço e da nossa existência – a viver «pela prática sincera da caridade , crescendo em todos os sentidos, naquele que é a Cabeça, Cristo. È por Ele que todo o corpo – coordenado e unido por conexões que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe è própria – efetua esse crescimento , visando à sua plena edificação na caridade » (Ef 4,15-16).

Amados irmãos!

Certa vez li que os sacerdotes são como aviões: só fazem notícia quando caem, mas há tantos que voam. Muitos criticam e poucos rezam por eles. É uma frase muito simpática, mas também muito verdadeira, porque delineia a importância e a delicadeza do nosso serviço sacerdotal e quanto mal poderia causar um só sacerdote que “cai”, a todo o corpo da Igreja.

Portanto, para não cair nestes dias em que nos preparamos à Confissão, peçamos à Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, que cure as feridas do pecado que cada um de nós tem no seu coração e que ampare a Igreja e a Cúria a fim de que sejam sadias e saneadoras; santas e santificadoras  para a glória do seu Filho e para a nossa salvação e do mundo inteiro. Peçamos a Ela que nos faça amar a Igreja como a amou Cristo, seu Filho e nosso Senhor, e que tenhamos a coragem de nos reconhecermos pecadores e necessitados da sua misericórdia e que não tenhamos medo de abandonar a nossa mão entre as suas mãos maternais.

Os melhores votos de um santo Natal a todos vós, às vossas famílias e aos vossos colaboradores. E, por favor, não vos esqueçais de razar por mim! Obrigado de coração!

Mais de 400 presos vão passar o natal em liberdade e 1800 detentos dos regimes aberto e domiciliar já estão soltos

                 ALDIR O ex-secretário Sebastião Uchôa tentou impedir a deputada estadual Eliziane Gama e o advogado Rafael Silva, de verem de perto as mazelas do Complexo Penitenciário de Pedrinhas à época das barbáries.

Para ampliar ainda mais as preocupações da Policia Militar com a violência, que infelizmente só tem aumentado em São Luís, entre hoje e amanhã os juízes das varas das execuções criminais devem autorizar a liberação de mais de 400 presos para passar o natal com as suas famílias, tendo como critérios informações da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária e do Conselho Penitenciário do Estado. As observações da Policia Militar são decorrentes dos consideráveis casos de reincidências, que geralmente ocorrem e que acabam por contribuir para a elevação do número dos que não retornam pela reinserção no submundo do crime.

                   De acordo com o Núcleo de Monitoramento dos Egressos em Geral do Sistema Penitenciário, atualmente estão em plena liberdade e com fiscalização e acompanhamentos bastante precários, 1.828 detentos dos regimes aberto e domiciliar e 528 do livramento condicional. Dentro desse universo apenas um preso está com tornozeleira e com promessa de que dentro dos próximos dias outros 20 passarão a ser monitorados pelo mesmo sistema.

                  No Sistema de Segurança Pública, milhares de inquéritos estavam parados nas delegacias por falta de agentes policiais, escrivães e pericias, sem falarmos nas deficientes condições de trabalho para os delegados poderem efetivamente executar as suas funções profissionais.

                 Muitos inquéritos passaram a ser trabalhados para a conclusão, a partir da administração do secretário Marcos Afonso Júnior, que inclusive contou com esforços concentrados dos colegas. A verdade é que tem muitos bandidos, que já praticaram vários crimes e estão indiciados em inquéritos sem conclusão, tornando-os réus primários e considerados limpos perante o judiciário, quando já deveriam estar na cadeia por serem reincidentes e bem periculosos. Para efetivamente se combater a violência, necessário se torna primeiramente a criação de politicas sociais e preventivas efetivas para as pessoas, principalmente os jovens, oportunizando a elas dignidade e cidadania. Por ocasião das barbáries, o ex-secretário Sebastião Uchôa, tentou impedir a entrada da deputada Eliziane Gama e do advogado Rafael Silva, nas unidades de Pedrinhas. Os presos disseram a eles, que o local era transformador de seres humanos em monstros.

Repercute discurso de combate a corrupção e agiotagem do presidente do Tribunal Regional Eleitoral

                    ALDIRDesembargador Froz Sobrinho prega um basta na corrupção

          O discurso do desembargador José de Ribamar Froz Sobrinho, presidente do Tribunal Regional Eleitoral, na solenidade de diplomação dos candidatos eleitos a deputados estaduais e federais, senador e governador do Maranhão foi bem marcante pela manifestação pública que fez de combate a corrupção e agiotagem, bastante prósperas em nosso Estado. A repercussão do discurso foi muito grande, principalmente no momento em que o Maranhão ganha espaço na mídia nacional exatamente pelo envolvimento de políticos do nosso Estado, no assalto aos cofres da Petrobrás, que as investigações até o momento avaliam em mais de 60 bilhões de reais.

          O sentimento expressado pelo desembargador Froz Sobrinho, deveria se constituir em compromisso de todo o Tribunal de Justiça, da Procuradoria Geral de Justiça e de todas instituições públicas estaduais e federais, que deveriam fazer um pacto efetivo de ação rigoroso para extirpar esse câncer maligno, que dimensiona a miséria, a fome, as desigualdades sociais, desviando recursos públicos o aumento do número de novos ricos a custa da roubalheira de dinheiro público.

         Na mesma solenidade o governador Flavio Dino ratificou o compromisso assumido com o povo maranhense de combate a corrupção e vai tentar trazer de volta o que foi subtraído dos mais diversos órgãos públicos de maneira vergonhosa, registrando que para tanto conta com o apoio de todos os maranhenses.

        Há poucos dias foi realizado um evento na praça Deodoro, como registro do Dia de Combate a Corrupção. Foi firmado um pacto entre instituições, entre as quais estavam presentes algumas que efetivamente lutam e outras que têm as mesmas responsabilidades, pouco ou nada fazem e ficam à espera de serem provocadas. Todos os dias a mídia denuncia casos escabrosos de desvios de recursos públicos e o governo atual, que tem vida por mais uma semana, desafiou abertamente a tudo e todos praticando corrupção deslavada em todos os seus segmentos, mas praticamente nada foi feito, muito pelo contrário, a hipocrisia do silêncio e da omissão lhe favoreceu. As palavras do desembargador Froz Sobrinho, podem se constituir como um sentimento de luta que possa a vir a nascer com o novo governo e com as esperanças de mudanças de muitos maranhenses, indignados e revoltados com tanta roubalheira nas últimas décadas. Se realmente todos os gatunos que desviaram bilhões de reais dos cofres públicos do Maranhão, forem investigados, processados e condenados, principalmente os que eram acobertados por mandatos políticos, haverá necessidade de serem construídas efetivamente novas unidades prisionais no Maranhão.

Novo superintendente do INCRA não é da corrente manipulada por Washington Macaxeira

O sociólogo Jowberth Frank Alves conhece a realidade fundiária e os problemas relacionados aos conflitos agrários no Maranhão. Poderá se constituir em um referencial para acabar os vícios impregnados dentro do INCRA.

ALDIR

    O sociólogo Jowberth Frank Alves será o novo Superintendente Estadual do INCRA, conforme publicação de ato no Diário Oficial da União, pela presidente Dilma Rousseff e o ministro Miguel Rosseto. A nomeação de Jowberth Frank para o INCRA do Maranhão quebra uma corrente viciada comandada pelo ex-vice-governador Washington Macaxeira, atualmente Ministro do Tribunal de Contas do Estado, que procura ter ingerências na indicação de aliados para cargos federais, muitos dos quais sem competência e propósitos de seriedade na gestão das instituições. Os sérios problemas em que foi envolvido o INCRA resultaram em questões sérias, dentre as quais a proteção exacerbada a interesses de políticos, latifundiários, grileiros e empresários do agronegócio, com a postergação de desapropriações de áreas para assentamentos da reforma agrária, convênios nada transparentes com prefeituras e a irresponsabilidade na questão do assentamento de famílias de trabalhadores rurais que deixaram as áreas indígenas Awá Guajá. As últimas três administrações do INCRA prejudicaram seriamente as comunidades quilombolas, principalmente em algumas regiões da Baixada e no município de Codó, quando a instituição vergonhosamente  se eximia de ações para favorecer o grupo comandado pelo coronel reformado da PM e deputado estadual César Pires.

Entidades que congregam quilombolas e famílias vítimas da opressão já denunciaram as três últimas administrações as autoridades e através da Ouvidoria Agrária Nacional já pediram que sejam feitas auditorias em vários projetos e programas, em que os recursos deixaram de chegar aos beneficiários. Há necessidade de investigação dos atos praticados pelos forasteiros que passaram pela instituição com o objetivo definido marcado por interesses diversos, principalmente nas terceirizações e convênios.

O sociólogo Jowberth Frank Alves é coordenador estadual do Programa Terra Legal, responsável pela regularização fundiária na área da Amazônia Legal. Ele não é funcionário de carreira do INCRA e não tem qualquer vinculação com o grupo politico de Washington Macaxeira, que apesar de ser Ministro do Tribunal de Contas do Estado, vive em Brasília correndo atrás do pessoal do PT pedindo cargos para prepostos manipulados por ele.