Alvo de estranhas investigações do judiciário brasileiro, a juíza Ludmila Lins Grilo segue exilada nos EUA para poder exercer o legítimo direito constitucional de manifestar sua opinião. Desde que chegou em solo americano, Ludmila vem soltando o verbo sobre a “ditadura” que se transformou o Brasil.
Em recente conversa com o senador Eduardo Girão, Ludmila relatou:
“Não queria ter saído no Brasil. Gostaria de morar no meu país. Não vim para os EUA viver o ‘American dream’. Vim porque, realmente, eu não tinha mais condições de viver em liberdade no meu país, de falar livremente. E por isso fui obrigada a sair do país. Mas aqui, nos EUA, pelo menos eu consigo continuar fazendo coisas que eu já não podia fazer no Brasil. Aqui eu posso falar e posso expor ao mundo o modelo da ditadura brasileira.
É um modelo diferente do que o mundo conhece, então é muito difícil explicar para o gringo o que está acontecendo no país. Eles têm aquela ideia de ditadura clássica promovida pelo Executivo de um país, pela pessoa que ocupa o cargo de administração máxima no país, quando na verdade o que existe no Brasil é um modelo de ditadura de base juristocrática. Começou com a ditadura do judiciário, e o poder Executivo atual acabou se beneficiando dessa ditadura que se iniciou no judiciário, e hoje temos um modelo híbrido, em que ambos se retroalimentam”.
A juíza garantiu que continuará expondo o que está acontecendo no Brasil para o mundo, e acrescentou:
“As pessoas não sabem aqui fora. Só as muito politizadas entendem o que está acontecendo no Brasil”.
Jornal da Cidade Online