Depois de ministro ser demitido por assédios sexuais, o PT enfrenta estupro por militante no RS

Gilson Alberto dos Santos Gruginskie, suspeito de ter abusado sexualmente de uma colega durante confraternização da bancada do PT da Assembleia Legislativa, em sítio localizado na zona sul de Porto Alegre, virou réu por estupro. Ele foi denunciado pelo Ministério Público e a Justiça aceitou a acusação. Ariane Chagas Leitão, advogada e especialista em Direitos Humanos, diz ter sido violentada por Gruginskie durante confraternização do partido em dezembro de 2022. Em setembro de 2023, Ariane relatou o ocorrido à direção do PT e, em novembro, ao Ministério Público Estadual, que pediu abertura de inquérito à 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM I).

Gruginskie foi indiciado pelo DEAM I por estupro. No inquérito, foram destacados o depoimento de Ariane e o relato de outras mulheres que alegam terem sido assediadas ou abusadas por pelo acusado. Para o MP, Gilson por meio de violência praticou atos sexuais com Ariane em confraternização de final de ano da bancada do PT na Assembleia Legislativa. O réu teria forçado pegar carona com a vítima e durante o trajeto fez caricias em seu corpo. A promotora, Letícia Viterbo o denunciou por estupro.

Em 12 de setembro a denúncia foi recebida pela Justiça. Em seu despacho, o juiz da 13ª Vara Criminal, Paulo Augusto Oliveira disse, “A materialidade do fato e os indícios de autoria estão consubstanciados no teor da notícia de fato enviada ao Ministério Público pelo Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores, nas declarações da vítima em sede policial, bem como nos diversos documentos juntados ao IP, em especial no laudo de Avaliação Psíquica da vítima realizada pelo IGP”.

Depois de informado da decisão, Gilson terá 10 dias para se defender da acusação. O petista foi exonerado da bancada do partido e atualmente está com a sua filiação suspensa.

Diário do Poder

 

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