Deltan: ‘Criminosos querem vingança e ferrar Sérgio Moro, cada um com suas armas’

Deputado que coordenou Lava Jato diz estar chocado com plano de facção para matar senador que prendeu corruptos do petrolão

O ex-coordenador da Operação Lava Jato e deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) reagiu à descoberta de um plano de facção criminosa para matar o senador Sérgio Moro (União-PR), dizendo estar chocado, indignado e motivado a lutar ainda mais contra o crime. Para Deltan, criminosos querem vingança e “ferrar” Moro, cada um com suas armas.

Deltan usa o termo “ferrar” em uma referência irônica à fala de ontem do presidente Lula, que lembrou da época em que esteve preso e pensava em vingança contra o senador e ex-juiz da Lava Jato. Moro foi responsável por condenações por corrupção e lavagem de dinheiro que levaram Lula à prisão, pelos escândalos do Triplex do Guarujá e do Sítio de Atibaia. Com sentenças anuladas por irregularidades processuais, Lula falou que, na cadeia, falava: “Só vou ficar bem quando foder com o Moro”.

“Chocado, indignado e motivado a lutar ainda mais contra o crime. Minha total solidariedade a Sergio Moro e sua família, pessoas de honra que querem e lutam por um Brasil melhor. Os criminosos quererem vingança. Querem “ferrar” Sergio Moro, cada um com suas armas”, disse Deltan.

O plano da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) para matar o senador e ex-ministro da Justiça incluía como alvos a sua esposa e deputada federal Rosangela Moro (União-SP), seus filhos e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, principal investigador da facção criminosa e membro do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).

“Importante lembrar que o crime organizado também se preparava pra atentar contra a vida de um promotor de Justiça do Gaeco de SP em retaliação pelo bom trabalho feito pelo MP contra o crime organizado, como o isolamento de líderes de facção criminosa em presídios federais”, destacou o parlamentar.

Instituições elogiadas

O deputado Deltan Dallagnol elogiou a atuação conjunta das instituições contra o atentado do crime organizado contra a vida de Moro e sua família. “É um atentado contra a sociedade e todos os agentes da lei. Foi frustrado pela atuação coordenada da Polícia, do Congresso, do MP e da Justiça. Parabéns às instituições. Obrigado por não deixarem o crime vencer”, disse o ex-coordenador da Lava Jato.

Diário do Poder

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