Ministro Flavio Dino inadmite recurso da CNBB para anular voto de Rosa Weber em aborto

Ministro destacou que amicus curiae não tem legitimidade para recorrer em processos de controle de constitucionalidade. No plenário virtual, ministro Flávio Dino votou por rejeitar embargos de declaração opostos pela CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil em ação que discute a descriminalização do aborto no Brasil até a 12ª semana de gestação.

A organização requer que o voto da ministra Rosa Weber (atualmente aposentada) seja anulado porque o pedido de destaque do ministro Luís Roberto Barroso teria sido feito antes do voto da ministra. O destaque é um mecanismo processual que retira o caso da pauta de julgamento virtual, interrompendo-o, e o transfere para julgamento em sessão presencial. A CNBB também afirmou que a decisão que permitiu sua participação como amicus curiae foi disponibilizada menos de 24 horas antes do início da sessão de julgamento virtual, o que violaria o prazo mínimo de 48 horas estabelecido pelo regimento interno do STF para o envio de sustentações.

Ao analisar o pedido, o ministro Flávio Dino destacou que o STF não confere a amicus curiae legitimidade recursal para interpor embargos de declaração em processos de controle de constitucionalidade. Em outras palavras, a figura do amicus curiae, ainda que tenha participado do processo, não possui o direito de recorrer contra decisões nesse tipo de ação. O ministro Dino também ressaltou que, conforme jurisprudência consolidada, os embargos de declaração não são meios apropriados para reformar julgados, sendo cabíveis apenas para corrigir omissões, contradições, obscuridades ou erros materiais.

No caso, o relator afirmou que o recurso da CNBB buscava, na verdade, rediscutir matéria já enfrentada na decisão embargada. Assim, ao final, votou pela ilegitimidade recursal da CNBB, não analisando os pedidos suscitados nos embargos de declaração. Antes de se aposentar, ministra Rosa Weber proferiu extenso voto na ação, posicionando-se a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez.

Fonte: Migalhas

 

 

Marina diverge de Lula: A Venezuela ‘não é uma democracia’

Ministra do Meio Ambiente cobrou transparência no país vizinho

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o regime mantido pelo ditador Nicolás Maduro na Venezuela não é uma democracia. Marina ressaltou que não fala pelo governo Lula, mas que “um regime democrático pressupõe que as eleições são livres, que os sistemas são transparentes e que não haja nenhuma forma de perseguição política”.

“Na minha opinião pessoal, eu não falo pelo governo, (o regime de Maduro) não se configura como uma democracia. Muito pelo contrário. O Brasil está muito correto quando diz que quer ver o resultado eleitoral, os mapas, todas as comprovações de que de fato houve ali uma decisão soberana do povo venezuelano”, afirmou a ministra em entrevista ao jornal Metrópoles.

“Quando se trata de política externa, o governo está correto em buscar as cautelas necessárias. Mas a cobrança foi veemente. O fato de fazer essa cobrança é uma forma de colaborar com o fortalecimento da democracia no nosso continente, e de que a gente não tenha nenhum tipo de atitude que venha extrapolar esse princípio. Eu sempre trato a democracia, os direitos humanos, como um valor. E valores não podem ser relativizados”, completou a ministra.

Nesta terça-feira (30), após o PT emitir uma nota em que classifica o processo eleitoral no país vizinho como uma “jornada pacífica, democrática e soberana”, o ex-presidente do partido e ex-ministro de Lula, Tarso Genro, pediu calma aos partidos de esquerda e disse que é preciso usar a “experiência” para se posicionar sobre as eleições venezuelanas.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou a vitória de Maduro após as eleições de domingo (28), sem divulgar as atas de votação para referendar ou não o resultado do pleito. O órgão eleitoral é controlado pelo regime chavista.

A eleição foi marcada por denúncias de perseguição a opositores do ditador e cerceamento da imprensa pelo regime chavista. No entanto, para o PT, “os graves problemas da Venezuela” são causados, principalmente, por “sanções ilegais”.

Diário do Poder

 

Voto impresso e auditável já!

A repercussão da escandalosa fraude eleitoral ocorrida há pouco na Venezuela ainda impacta (e impactará por longo tempo)) o Brasil e o mundo. Graças à loucura exasperada de Maduro, o recorrente mecanismo utilizado pelo establishment global para se perpetuar no poder – setores do capital financeiro associados ao narcotráfico e aos partidos totalitários de viés “esquerdista” – parece ter agora restado, em definitivo, despido de seus fraudulentos disfarces “democráticos”.

O rei está nu. E, com ele, parte substantiva do sistema eleitoral vigente na atualidade – sobretudo aqueles sinistramente gerenciados por urnas eletrônicas sem possibilidade de auditagem física dos votos, como o brasileiro.

Por conta desse cenário, o clima político no país – a exemplo da Venezuela – caminha para um impasse de consequências imponderáveis, que pode desaguar, tal qual alhures – sobretudo no rastro das eleições presidenciais de 2026 –, numa guerra civil fratricida, em movimentos separatistas e, por decorrência, na desagregação da unidade nacional. Trata-se de um panorama sombrio, permeado de extrema belicosidade, que já enveredou para um patamar preocupante de intransigência e imprevisibilidade.

Todas as instituições nacionais, no presente momento, estão traspassadas por uma atmosfera de máxima desconfiança e hostilidade, cujos desatinos e disfuncionalidades sugerem um diagnóstico de absoluta anomia, margeando, no limite, um estado de despotismo, incivilidade e barbárie.

Incendeiam este cenário: o indecoroso ativismo judicial e político do STF; a interferência abusiva da Corte Suprema nos demais Poderes da República; a desmoralização progressiva e aviltante do Congresso Nacional; o descumprimento das regras constitucionais básicas e a instalação de um estado de insegurança jurídica generalizado; o retorno e entranhamento da corrupção trivializada na rotina do Poder Executivo; a impunidade despudorada ao crime por parte do Poder Judiciário; a censura afrontosa e absolutamente inconstitucional à liberdade de expressão; a artilharia ostensiva e unilateral dos meios de comunicação de massa contra os opositores do atual governo; a guerra aberta e pungente nas redes sociais; a instrumentalização partidária das academias, de entidades de representação profissional (como a OAB e a ABI) e das igrejas – dentre outras insólitas ocorrências.

A tendência é que o ambiente “esquente” ainda mais, à medida que avança o calendário eleitoral. Ao contrário de medidas de contenção, os atores em cena, ao que tudo indica, investirão na agudização da inquietante conflagração, até o atingimento de seu clímax, já agendado para o segundo semestre de 2025 e o ano subsequente – salvo intercorrências ou precipitações de percurso. Até lá, a corda, de tão esticada que está, pode, inclusive, arrebentar de vez – com todas as consequências calamitosas já fartamente ilustradas pela história.

Na moldura desse quadro, já deveras conturbado, o pior (e mais ameaçador) dos mundos será haver um pleito eleitoral cujo resultado final possa vir a ser contestado, mais uma vez, por uma das partes em disputa. E é justo esta questão que passa a estar, a partir de agora, mais que outras, na ordem do dia. Matéria que desponta como substancial e decisiva no delineamento do espectro político que se seguirá nos meses vindouros, contribuindo para elevar ou reduzir o grau de agressividade da contenda, conforme os rumos que forem dados à mesma.

Sim, porque a suspeita, hoje disseminada no país – e agudizada pelo recente caso venezuelano – concernente à segurança e higidez das urnas eletrônicas passa a ser o tema mais relevante para o futuro da já fragilizada democracia tupiniquim, na medida em que somente eleições diretas e universais com resultados transparentes e incontestáveis poderão contribuir para atenuar, no porvir – a depender, tal-qualmente, da postura do próximo candidato eleito –, a atmosfera fratricida que hoje impera em solo nacional, bem como resgatar a extraviada estabilidade institucional – sem o que não há governabilidade possível.

Não deveria haver razão, portanto, para tanta turbulência concernente ao tema, a não ser por motivações esdrúxulas e obscuras. Pois diante de tanta celeuma, é justamente a introdução de mais um artifício garantidor da lisura do processo – no caso, o voto impresso acoplado à urna eletrônica – que permitiria otimizar a transparência do sistema e, por conseguinte, a inequívoca legitimidade do(s) eleito(s), aplainando novéis e potenciais fúrias e embirrações.

Não se pode desconsiderar, ademais, que alguns dos maiores especialistas sobre o assunto já demonstraram, inclusive perante o STF e o Congresso Nacional, a vulnerabilidade do atual sistema de aferição, exposto, não apenas, a interferências externas e criminosas de hackers, como, igualmente, a fraudes sigilosamente arquitetadas no próprio código-fonte interno do programa e suas chaves criptográficas – não detectáveis em controles prévios de auditoria, muito menos na fase final de escrutínio.

A propósito, não é ao acaso que a totalidade dos países democráticos tecnologicamente mais desenvolvidos, sem exceção, nunca adotou o sistema eletrônico de votação sem o voto impresso acoplado – como o utilizado, hoje, no Brasil. Até mesma a ditadura venezuelana, antes resistente à medida, teve de ceder a esse dispositivo, em sua tentativa (frustrada) de “convencer” a comunidade internacional de que ali não haveria golpe.

Ressoa estranhíssimo, portanto, o fato de o Superior Tribunal Eleitoral (TSE), não faz muito tempo, na figura de seu ex-presidente, o Ministro Luís Roberto Barroso, já ter não apenas defendido, mas saudado a introdução do voto impresso no sistema da urna eletrônica – como comprova vídeo inequívoco de ocasião, fartamente divulgado nas redes sociais – e, agora, repentinamente, sem a apresentação de argumentos sólidos e convincentes, adotar postura diametralmente oposta.

Como mais estranho ainda é a “amnésia coletiva” de parlamentares e magistrados diante do fato de que já existe uma lei em vigor (Lei nº. 10.408, de 10 de janeiro de 2002), sancionada há quase vinte anos pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, destinada a conferir maior segurança à fiscalização do voto eletrônico, e que estabelece ipsis litteris, em seu artigo 59, § 4º: “A urna eletrônica disporá de mecanismo que permita a impressão do voto, sua conferência visual e depósito automático, sem contato manual, em local previamente lacrado, após conferência pelo eleitor” – o que tornaria desnecessária qualquer nova legislação a respeito, inclusive uma PEC (emenda constitucional), como já foi infrutiferamente tentado.

Eis porque, considerados todos os antecedentes, e a evolução inquietante do atual e delicado contexto, caberia ao STF e ao TSE – inclusive por dever supremo de função – sanar de vez as querelas no horizonte e zelar pela estabilização definitiva do ambiente de disputa, ao invés de tumultuá-lo, ainda mais, com posturas inescrupulosamente politizadas, nitidamente suspeitas, em desafinação absoluta com o seu papel institucional e desígnio constitucional – mesmo porque o recurso ao voto impresso auditável, por ser neutro, não atribui vantagem a nenhum candidato.

Demonstram, assim, Suas Excelências, que não estão aptas, nem são dignas ao nobre e elevado cargo que ocupam; tampouco, a seu turno, os cediços e agachados parlamentares, em sua tradicional omissão, subserviência e oportunismo, indignos prostitutos do valoroso posto de representação popular, que sistematicamente estão a desonrar.

Quanto ao fajuto argumento de que a introdução do voto impresso resultaria em mais despesas e mais trabalho ao TSE (por conta de possíveis judicializações), cabe uma única e incontestável resposta: a estabilidade e a segurança do regime democrático não têm preço! Qualquer “trabalho” extra de apuração, se necessário, será sempre bem-vindo, de vez que em benefício do único soberano que não pode ser golpeado por arrivistas de plantão, como reza a Constituição: o povo.

Eis, pois, que o que falta, ao fim e ao cabo, na presente conjuntura é a presença de estadistas na cena política (dominada por protagonistas ladinos e medíocres) e a grandeza republicana e de espírito aos senhores “indefectíveis” monarcas togados, em sua missão. Coerência, caráter e isenção. E como tais qualidades não se compram no mercado, e as autoridades, como sabido, não se fazem respeitar ou acreditar, só restará à população, por movimento próprio (democracia direta), na ausência de outro recurso, obrigar as instituições (Congresso Nacional e Tribunais Superiores) a cumprirem as suas obrigações. Por bem ou, no limite (e infelizmente), por mal – basta tomar como exemplo o que acontece na Venezuela.

Eis que, por tudo – e por prudência –, voto impresso e auditável já!

Pela paz, pelo bem da democracia e em nome do futuro do país.

Alex Fiúza de Mello: Professor Titular (aposentado) de Ciência Política da Universidade Federal do Pará (UFPA). Mestre em Ciência Política (UFMG) e Doutor em Ciências Sociais (UNICAMP), com Pós-doutorado em Paris (EHESS) e em Madrid (Cátedra UNESCO/Universidade Politécnica). Reitor da UFPA (2001-2009), membro do Conselho Nacional de Educação (2004-2008) e Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Pará (2011-2018).

 

Morre aos 102 anos o trabalhador brasileiro recordista do livro dos recordes

Morreu aos 102 anos Walter Orthmann, que entrou para o Guinness Book, o livro dos recordes, por ser o funcionário mais antigo do mundo. Ele trabalhou durante 86 anos em uma empresa de tecidos de Brusque, em Santa Catarina. A informação sobre a morte dele foi publicada nesta sexta-feira (2), pela RenauxView, empresa onde fez carreira.

“É com imensa tristeza que a RenauxView comunica o falecimento de Walter Orthmann, nosso mais antigo colaborador. Com uma carreira de notáveis 86 anos na empresa, certificada pelo Guinness World Records como a mais longa em uma mesma companhia, Walter dedicou 102 anos de sua vida a contribuir de maneira indelével para a nossa história”, destacou a companhia.

A empresa ainda relatou que, durante seu extenso período na RenauxView, Walter trabalhou com todos os diretores que passaram pela companhia, “estabelecendo negócios e amizades em praticamente todos os Estados do Brasil e desempenhando um papel vital na construção da trajetória” da organização.

“A partida de Walter deixa um grande vazio em nosso cotidiano, sendo profundamente sentida por todos que tiveram o privilégio de compartilhar momentos e experiências com ele. Neste momento de luto, estendemos nossos mais sinceros sentimentos e condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho, compartilhando a dor dessa perda significativa. Que o exemplo, as lembranças e as valiosas contribuições de Walter permaneçam vivas em nossas memórias e sirvam como inspiração para as gerações futuras da RenauxView”, finalizou o comunicado.

Jornal da Cidade Online

 

Novo ensino médio é sancionado com vetos

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que estabelece a Política Nacional de Ensino Médio, que passa a valer em 2025. A norma altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e revoga parcialmente a lei da reforma do ensino médio. Trechos que tratavam de mudanças na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram vetados.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei nº 14.945/2024,  que estabelece a Política Nacional de Ensino Médio, que passa a valer em 2025. Dois trechos que tratavam de mudanças na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com a cobrança dos itinerários formativos na prova, foram vetados pelo presidente.

Uma das principais alterações do texto é o aumento da carga horária da formação geral básica, de 1,8 mil para 2,4 mil horas totais dos três anos do ensino médio para alunos que não cursarem o ensino técnico.

O novo ensino médio prevê ampliação da carga horária anual da formação geral básica nas disciplinas tradicionais, como: Português, Matemática, Inglês, Ciências Humanas e da Natureza. Já o espanhol será optativo. O estudante do terceiro ano do ensino médio do Colégio Dr. Zerbini, de São josé do Rio Preto (SP), João Pedro Barretto, avalia as mudanças como benéficas para os estudantes brasileiros, mas pontua que o Ministério da Educação deve instruir melhor como as elas serão implementadas.

“Com a volta dessas matérias, dessas disciplinas que foram retiradas anteriormente, vai ser muito bom porque vai ser extremamente benéfico para a formação dos estudantes. Então vai proporcionar um aprendizado mais amplo, mais completo e tudo mais que todo estudante precisa. Só que é essencial que o MEC forneça instruções claras sobre como essas horas adicionais de aulas vão ser implementadas”, destaca João Pedro.

Já a carga horária total do ensino médio continua sendo de 3 mil horas nos três anos, distribuídas em cinco horas em cada um dos 200 dias letivos. A lei prevê que 600 horas devem ser dedicadas aos itinerários formativos – em que o aluno escolhe o que vai estudar para aprofundar os estudos em uma área específica, de acordo com a oferta das atividades e projetos promovidos pela escola.

O coordenador do Colégio Militar em Brasília e mestre em História Social pela UnB, Isaac Marra, avalia que apesar do foco da proposta ser o ensino médio, a reestruturação do ensino médio brasileiro tem potencial para refletir nos indicadores da educação básica com a volta da obrigatoriedade das disciplinas tradicionais, cobradas em provas de vestibulares como o Enem.

“O enfoque é no ensino médio, mas avalia e percebe de uma forma bem objetiva a educação básica. Então, as mudanças são muito positivas, trazem tranquilidade, dão espaço de eficiência muito mais alargado para que as escolas, as secretarias de educação tenham agora uma diretriz consciente, uma organização sistemática e um fundamento robusto para poderem trabalhar. E de fato caminhar para o aperfeiçoamento da qualidade da educação básica no Brasil”, afirma Marra.

Confira as regras para os itinerários formativos:

  • Cada escola deve oferecer ao menos dois itinerários formativos, com exceção das escolas que oferecem ensino técnico.
  • No ensino regular: itinerários formativos devem complementar a formação geral básica em quatro áreas, sendo linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas 

Em relação ao ensino médio técnico, serão 2.100 horas de componentes curriculares, com 300 horas podendo ser destinada ao conteúdo da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) relacionados à formação técnica. Além disso, os estudantes terão até 1.200 horas para o ensino técnico (itinerários formativos técnicos).

Na opinião do senador Izalci Lucas, do PL do Distrito Federal, a redução do tempo de formação básica é benéfica para os estudantes que escolherem a formação técnica e profissional. No entanto, ele ponderou que essa área precisa de investimento também em infraestrutura e na qualificação de professores.

“O novo ensino médio precisa realmente colocar mais recursos para incentivar os estados a oferecerem mais itinerários profissionais compatíveis com o mercado de cada região. Você tem de ver o que que naquela região as empresas estão precisando, para formar os profissionais, os jovens, para que eles saiam de lá e sigam para o mercado de trabalho”, ponderou.

Pela nova lei, o início de implementação das mudanças no ensino médio deve ocorrer já em 2025, no caso de alunos ingressantes no ensino médio. Os que já estiverem com o ensino médio em curso terão um período de transição.

Vetos

O presidente Lula vetou o dispositivo do texto que possibilita a cobrança dos itinerários formativos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) – que, pelo texto da Câmara, deveria ser cobrado já em 2027. Os senadores retiraram o trecho, mas a Câmara reintroduziu. Sendo assim, com a sanção, o Enem e os outros vestibulares tradicionais devem continuar cobrando os conteúdos da formação geral, ou seja, as disciplinas tradicionais.

Para o Executivo, a cobrança poderia comprometer a equivalência das provas e afetar a isonomia na participação nos processos seletivos.

A norma, fruto de amplos debates na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e revoga parcialmente a lei da reforma do ensino médio

Na avaliação de Isaac Marra, o veto foi positivo para os estudantes. “Se você não tem um currículo unificado em itinerários formativos, você não tem nem condições de avaliar quais habilidades e quais as competências que deveriam ter sido adquiridas efetivamente pelos estudantes”, diz.

Ensino noturno

A lei determina que os estados deverão manter, na sede de cada um de seus municípios, pelo menos uma escola pública com oferta de ensino médio regular no turno noturno. Porém, a exigência dependerá da manifestação de demanda pela matrícula nesse turno.

BRASIL 61

 

Polícia de São Luís identificou o homem que abandonou carro com mais de R$ 1 milhão e desvenda ligação política

Está desvendado o mistério sobre o veículo abandonado em São Luís (MA) com mais de um milhão de reais em espécie em seu interior. O veículo modelo Clio ficou abandonado por cerca de 15 dias, em frente à um condomínio, no bairro Renascença, em São Luís.

O abandono do veículo gerou desconfiança de populares que acionaram a Polícia Militar. A PM foi até o local e ao abrir o porta-malas, a surpresa… a milionária quantia de dinheiro em seu interior. Com o auxílio de câmeras de segurança a polícia conseguiu identificar o motorista que abandonou o carro.

Trata-se de Guilherme Ferreira Teixeira. Sim, ele tem envolvimento com políticos. Guilherme tem fortes ligações com o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), e com o irmão dele, o deputado estadual pelo Maranhão, Fernando Braide, do PSC.

Guilherme foi assessor especial da Secretaria Municipal de Governo, até fevereiro de 2023. Ele deixou o cargo para ser assessor técnico do deputado Fernando Braide, irmão do prefeito.

As investigações podem levar as autoridades à descoberta de um caso escandaloso de dinheiro que deve ser de origem de corrupção para rateio político. O mais sério dentro do contexto é que surge como envolvidos os nomes do prefeito Eduardo Braide e do irmão deste, o deputado estadual Fernando Braide. Outro fator que será decisivo para saber quem fez o saque do dinheiro é que muitos pacotes contam com lacres bancários e com cédulas que já estiveram em circulação.

Jornal da Cidade Online

 

 

 

Ministro Flavio Dino garante ex-presidente de associação de jogos e loterias o direito de ficar em silêncio em CPI

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, assegurou ao ex-presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias, Wesley Callegari Cardia, o direito de ficar em silêncio na Comissão Parlamentar de Inquérito da Manipulação dos Jogos e Apostas Esportivas, do Senado Federal, em relação a perguntas que possam incriminá-lo. O depoimento está marcado para a próxima terça-feira (6/8), às 14h30.

A CPI investiga denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, envolvendo jogadores, dirigentes e empresas de apostas (bets). Cardia foi convocado na qualidade de testemunha para “apurar pedido de propina de parlamentar” em troca do apoio à regulamentação do setor e de proteção na CPI das Apostas Esportivas instalada na Câmara dos Deputados, encerrada em setembro do ano passado.

A decisão foi tomada na apreciação de um Habeas Corpus. Segundo Dino, de acordo com as alegações da defesa, é plausível que Cardia tenha sido convocado como investigado, e não como testemunha, o que justifica a concessão do HC para preservar seus direitos. Ele destacou que o direito ao silêncio no processo penal está vinculado ao princípio da presunção de inocência e visa a prevenir a obtenção de confissões involuntárias. “Cabe à acusação provar a responsabilidade criminal do acusado.”

Cardia também terá o direito de ser assistido por seus advogados e de se comunicar com eles durante a sessão e não poderá ser submetido a constrangimentos físicos ou morais por exercer essas prerrogativas.

Fonte: CONJUR

Aliados se distanciam do apoio de Lula à fraude do ditador Nicolás Maduro

Petistas mais moderados ou menos radicais, e aliados de Lula, especialmente do PSB, querem se descolar da atitude do presidente que passa pano para o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. Os socialistas são quase unânimes ao preferirem distanciamento do PT nesse tema, que envergonha todo mundo. No Recife, por exemplo, a campanha do prefeito João Campos, que tenta reeleição, recebeu com alívio sua decisão de compor chapa com nome do PCdoB, puxadinho do PT.

Nem pensar

No Rio de Janeiro, o posicionamento do PT e a omissão de Lula fechou de vez a chance de levar a vaga de vice de Eduardo Paes (PSD).

Munição de sobra

Convocação de ministros, embaixadores e de Celso Amorim, o chanceler de fato, dá munição adicional à oposição, na campanha municipal.

Estrago em casa

Petistas que precisam disputar as eleições em 2026 tentam se distanciar do extremismo, como Randolfe Rodrigues (AP) e Fabiano Contarato (ES)

De qualquer jeito

Pelas costas, petistas descem a borduna na executiva do partido. A vergonhosa nota foi discutida pelo Whatsapp e não presencialmente.

Coluna do Claudio Humberto

 

Manifesto pela Salvação de São Luís

          Manifesto de conclamação aos diversos setores da Sociedade Civil e do Poder Público do Estado e do Município de São Luís em favor da Praia Grande, símbolo dos mais expressivos do patrimônio histórico da Cidade.

           Até quando mereceremos, silenciosos e constrangidos, a humilhação da pergunta pronunciada por um pensador estrangeiro de passagem por São Luís: “Que elite é esta – de que os senhores, de qualquer forma, fazem parte -, a qual não tem compromisso sequer com o dever de cuidado com a cidade-tesouro onde nasceu, respira, existe e convive?”          

              Como esquecer a declaração do técnico de Organismo Internacional – que percorreu a América do Norte, a América Central e a América do Sul, visitando todo as cidades históricas, para discorrer sobre a situação do seu patrimônio arquitetônico e cultural -, a dizer não haver nada, em termos de relevância, comparável a São Luís, portal dos Lençóis Maranhenses, lamentando, todavia, o descaso com o qual é tratada, sob a crescente ameaça do estado de ruína?

             Como ignorar o casal de juristas viajante do mundo, peregrino dos seis continentes, deslumbrado por São Luís, ponderando que seria legítimo, por amor à beleza, até mesmo fechá-la e cobrar ingresso para que o turista pudesse visitá-la?! porém, lastimando a desconsideração com a qual regressistas e progressistas, nisto iguais, a tem tratado, sobretudo quanto ao centro histórico e ao centro do centro arquitetônico, chamado Praia Grande, onde a cidade nasceu?

            Irresignados, nos pronunciamos não apenas contra, mas, sobretudo, a favor.  Contra o decreto de morte, acentuado na última década, com a retirada e/ou o abandono das instituições ali existentes, do que são exemplos deploráveis, o Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, a Secretaria da Cultura do Estado do Maranhão, a Defensoria Pública do Estado do Maranhão, o Museu do Reggae e a Casa de Nhozinho e, sem exaurirmos a matéria, o Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho.

A favor, contudo, da superior compreensão de que a cidade-patrimônio é mercado, é negócio, é turismo, ou seja, indústria democrática com sentido social, do que os Jogos Olímpicos de Paris 2024 são modelo, não podendo São Luís esfarrapar o seu presente e incinerar o seu futuro, cavando a sepultura do seu próprio patrimônio histórico, arquitetônico e cultural.

               Propositivos, reclamamos a lembrança de que o esvaziamento da Praia Grande é o reverso do sonho de Bandeira Tribuzi, defensor da ideia da

instalação da Universidade do Maranhão exatamente nela, a mais antiga semente urbana, hoje exposta e vulnerável, objeto de violência sem-fim.

Assim, pugnamos para que os candidatos a Prefeito de São Luís venham a público e assumam compromisso, em pensamentos, palavras e atos, com a defesa da cidade-monumento e, em especial, com a traída e saqueada Praia Grande, entregue à própria falta de sorte.

Advogamos que políticas públicas de estímulo á economia criativa sejam sediadas no Centro Histórico de São Luís, com destaque para a Praia Grande e para o Desterro. Em tempos em que todo silêncio é eloquente, convidamos os Centros Universitários, as Faculdades isoladas, enfim, as Universidades Privadas, a ocuparem a Praia Grande e o Desterro, ali desenvolvendo as suas atividades pedagógicas e/ou comunitárias.

               Neste sentido, chamamos ao palco, para que não permaneçam abstêmios, Conselhos, Academias, Institutos e demais organizações congêneres, a se juntarem a outros organismos da Sociedade Civil. Todos, em solidária união, haverão de romper com a inércia, o arreceio e a passividade, para que participem da criação do Observatório Histórico, Cultural e Arquitetônico da Cidade de São Luís, sob a solar compreensão de que os direitos culturais são direitos exigíveis, difusos e coletivos, oponíveis à morte da memória citadina, estadual e nacional, como filosofou Franklin de Oliveira.

       Finalmente, incitamos a todos, tanto aos detentores, na Sociedade Política, de autoridade pública, quanto aos protagonistas da Sociedade Civil, com sua autoridade moral, para que despertem, dialoguem e renasçam, superando a mistificação, a desídia, a desrazão, a irresponsabilidade, o abandono e o desapreço à cultura, cerrando fileiras em torno da salvação da cidade-tesouro, cidade-monumento e cidade-patrimônio.

        Sigamos, juntos, nesta faina cidadã e democrática de fazer reviver o Centro Histórico de São Luís, alma mater das mais caras tradições da cultura e do espírito ludovicense!

São Luís, 1º. de agosto de 2024.

Luís Augusto Cassas; Sergio Victor Tamer; Rossini Correa; Rita Benneditto; Regina Faria; Aziz Santos; Ruy Palhano, etc.

 

Medalha de ouro no judô é militar do Exército e o vangloria como: “braço forte e mão amiga”

Campeã olímpica nos pesos pesados no judô feminino, Beatriz Souza é militar do Exército Brasileiro. Segundo informações, ela é terceiro sargento e recebe mensalmente um soldo de R$ 5,1 mil. Ela é militar desde 2018.

Nas redes sociais, Beatriz Souza compartilha momentos de sua vida no Exército. Antes de embarcar para Paris, Beatriz deixou uma mensagem comemorando o aniversário da instituição:

“Parabéns Exército pelos seus 109 anos de excelência no esporte”, comentou. Em outra publicação, ela vangloriou a instituição como: “braço forte e mão amiga”:

Jornal da Cidade Online