Trabalhadores rurais se reúnem no sindicato da categoria temendo principalmente pelas vidas das crianças e dos idosos.
A audácia de grileiros, latifundiários, políticos e empresários do agronegócio não tem dimensão, quando se trata de impor seus interesses e violentar direitos de trabalhadores rurais nas questões inerentes a posses centenárias de terras e até mesmo nas relacionadas a áreas devolutas. No último dia 06 do corrente, durante audiência de conciliação, instrução de julgamento, o elemento Francisco das Chagas Silva da Paz, fez ameaças aos trabalhadores rurais Lourenço Sales, Neuton Fonseca, Antonio José, Neldiane Fontenele, Gilberto da Silva e Raimundo Garcia Fontenele e ao advogado Diogo Cabral, dentro da sala de audiência do Fórum de Humberto de Campos, na presença do conciliador quando afirmou. o meu suor pode até ficar derramado neste fórum, mas lá não fica. Eu não ameaço ninguém eu faço. Diante da destemida a ameaça presenciada pelo mediador judicial, o advogado Diogo Cabral pediu a suspensão da audiência e se dirigiu para uma delegacia de policia para registrar o fato e pediu a instauração de inquérito e encaminhou denúncia ao juiz de Humberto de Campos. Um conflito de terra se transformou em uma velada ameaça de morte, prática que vem dominando todo o Maranhão. A partir do momento em que o Governo do Estado decidiu marginalizar trabalhadores e trabalhadoras rurais dos seus direitos de posse e até mesmo de ocupar terras devolutas, favoreceu latifundiários, empresários, grileiros e políticos, estes cada vez perversos e utilizadores de força policial e jagunços. A truculência Humberto de Campos é semelhante a do município de Codó, onde a problemática não é diferente em razão de que as forças policiais militar e civil cumprem com os interesses do grupo dominante. Entidades internacionais de defesa dos direitos humanos estão pedindo a interferência do governo brasileiro para solucionar o problema. Se depender do governo do estado, providência alguma será adotada, uma vez que ele se posiciona em defesa dos foras da lei.
Por toda esta semana, o advogado Diogo Cabral denunciará o fato a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, registrando que a sua vida e dos demais agricultores correm sérios riscos, tendo também anexado uma cópia do registro da audiência em que consta a ameaça de morte e a imediata retirada do acusado da sala de audiência mantendo a ameaça.