Presos que mataram e cortaram cabeças de detentos no Complexo de Pedrinhas fugiram de casa tida como presídio no bairro da Liberdade

SEJAPA foto mostra um local com aspecto de casa, em que foi construída nos fundos da delegacia do bairro da Liberdade, que o então todo poderoso secretário Sebastião Uchôa entendeu de chamar Unidade de Regime Disciplinar Diferenciado. Exposta a qualquer invasão para resgate de bandidos, entendeu ele de manter na unidade, presos dos mais elevados índices de periculosidades, alguns dos quais que não tiveram solicitações renovadas para permanecerem em presídios federais. Foram responsáveis por várias decapitações de detentos, numa das barbáries registradas em Pedrinhas.  O mais grave é que o ex-secretário decidiu ignorar totalmente as inúmeras advertências feitas pela direção do presidio, dos riscos graves de invasão e fuga. São desconhecidas providências por parte dos juízes das Varas das Execuções Criminais e do Ministério Público, quanto a improvisação de uma unidade prisional para bandidos perigosos em área residencial e em condições bem frágeis. Improvisações sem um mínimo de discernimento dos perigos iminentes, resultou a que Sebastião Uchôa incorporasse ao seu currículo 86 assassinatos, mais de 120 fugas e dezenas de túneis escavados no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em um ano e meio de administração à frente da SEJAP.

    Se a presença dele foi desastrosa e marcada pela arrogância, prepotência, assassinatos, fugas, perseguição e uma acentuada corrupção, Sebastião Uchôa, também  semeou uma herança maldita para o seu sucessor. Muito antes de assumir a direção da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária, cumpri o meu dever de jornalista bem situado dentro do contexto e como cidadão, de fazer importantes observações ao atual secretário Paulo Rodrigues da Costa, defensor público, presidente do Conselho Penitenciário do Estado e membro titular do Comitê de Gestão Integrada , criado para enfrentar a crise carcerária, mas que infelizmente tem sido incompetente, omisso e irresponsável e até se mostra como uma farsa criada pelo ministro José Eduardo Cardoso, da Justiça e pela governadora Roseana Sarney para impedir a iminente intervenção federal no Sistema Penitenciário do Maranhão.

   Não vou entrar nos inúmeros detalhes do que foi acordado, inclusive com o aval do Tribunal de Justiça e dos Ministérios Públicos  Estadual e Federal, mas garanto que os primeiros presídios novos e os reformados que seriam entregues a partir do mês de dezembro do ano passado se constituiu apenas em um mecanismo para enganar a população.  Estamos em outubro e nenhum deles foi concluído. Os assassinatos continuaram, as fugas e as escavações de túneis permaneceram e a promiscuidade se acentuou com a superpopulação. O maior cinismo e desrespeito a população ficou por conta de se pregar publicamente que estavam sendo realizadas ações de ressocialização para a comunidade carcerária. A sociedade civil organizada se furtou à problemática e até a Pastoral Carcerária se aliou a podridão do poder e os seus coordenadores passaram a dirigentes de núcleos religiosos, sem autonomia para cobranças e criticas, sendo inseridas ao exercício da subserviência.

            Bandidos serraram as grades e fugiram na madrugada

   Os perigosos bandidos Marinaldo Assunção Roxo, conhecido como “Carequinha”, Raimundo Oliveira Neto -“Oliveira”, Geovane Sousa Palhano – “Bacabal ” e Claudivan Pereira Reis, o “Caveira”, serraram as grades da tal Unidade de Regime Disciplinar Diferenciado e naturalmente foram resgatados pelo pessoal das facções a que pertencem durante a madrugada. Por volta das 8h30m da manhã de hoje, um helicóptero do GTA e um policial com um fuzil apontado para baixo fazia manobras na área do local da fuga, o que chegou a causar risadas em um considerável número de pessoas que estavam na feira na Liberdade. As pessoas do bairro da Liberdade estão bastante temerosas e procuram saber se ainda há bandidos perigosos no local para pedir a retirada deles e acreditam que a violência poder aumentar ainda mais cidade.

    O equilíbrio de vigilância no Complexo Penitenciário de Pedrinhas  foi bem determinado, enquanto o coronel Ivaldo Barbosa, Comandante do Policiamento Especializado da Policia Militar esteve acompanhando de perto as ações de fiscalização e revistas dentro de todas as unidades prisionais. As armas e drogas e celulares apreendidos e outros produtos eram entregues aos diretores das respectivas unidades prisionais. Quando foi detectado que armas brancas e celulares foram novamente apreendidos dentro das mesmas celas e pavilhões, o coronel Ivaldo Barbosa determinou que todo o material passasse a ser encaminhado para o Quartel da Policia Militar e ele chegou a solicitar a Sebastião Uchôa substituição geral de todos os diretores do Complexo de Pedrinhas. Como resposta, a SEJAP o acusou de truculência e chegaram a pedir a sua retirada do local de inspeção. Antecipando-se a uma determinação acatada pela governadora Roseana Sarney mediante exigência de Sebastião Uchôa, o coronel Ivaldo Barbosa já havia solicitado ao coronel Zanoni Porto, Comandante Geral da PM, o afastamento dos serviços por dificuldades para o exercício da missão. Logo após ele ter deixado as inspeções, os assassinatos, fugas, escavações de túneis e o tráfico de drogas, bebidas, armas, celulares e saídas de presos retornaram com muita força e o reconhecimento da autoridade de Sebastião Uchôa, junto a governadora.

              Preso foge escalando o muro do Cadeião do Diabo

   No Cadeião do Diabo, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, hoje um preso que fazia limpeza dentro da unidade, observou que em uma das guaritas não havia vigilância. Disfarçadamente fez uma corda com a utilização de peças de roupas, escalou o muro e se mandou. Quando deram o alarme, o bandido já estava longe, mas foi iniciada a procura do inteligente trabalhador da limpeza, muito embora haja no local funcionário para o exercício do serviço.

 

 

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