O Governo, a Segurança Pública e a Povo

         aldir

  Há poucos dias o governador Flavio Dino tornou público as  intenções da sua administração para o Sistema de Segurança Pública. Ele destacou investimentos feitos no recrutamento de policiais militares e civis, compra de viaturas, o serviço de comunicação entre todo o sistema integrado de segurança com equipamentos de última geração e centrou a sua atenção para a redução acentuada de mortes dentro das unidades prisionais.

           O dirigente do Executivo Estadual falou em redução da violência, que é bastante questionada, muito embora o sentimento da população seja bastante expressivo, de que está havendo um aumento. A verdade é que os assaltos cotidianos nas ruas e avenidas da cidade, já banalizados só chegam ao conhecimento das autoridades, quando a vítima tem a necessidade de registrar um BO para tratar da segunda via dos documentos ou então a vítima sofre violência física e muitas vezes até a morte.

           O governador tem que olhar, que diante da séria crise econômica, politica e financeira pela qual atravessa o país, tendo como originadora a corrupção,  proporciona um considerável número de desempregados, que acaba se constituindo em um enorme exército fácil de ser cooptado para o submundo das drogas, dos vícios e da perdição.

Não tenhamos dúvida de que o enfrentamento a todo o contexto da violência está no combate ao tráfico de drogas. O Sistema de Segurança tem a necessidade e o dever de avançar para chegar aos tubarões, uma vez que as piabas são muitas e estão em todos os lugares e quando uma é presa, no mesmo dia tem mais de dez prontas para ocupar espaços no comércio destruidor das drogas.

Entendo que na mesma proporção em que se investe nos Sistemas de Segurança Pública e o Penitenciário, há necessidade de se fazer o mesmo em politicas públicas efetivas e não compensatórias, principalmente de educação, saúde, saneamento básico e geração de emprego e renda com a criação de um amplo mercado de trabalho.  Com o aumento constante do desemprego, além de muitos jovens que concluem cursos profissionalizantes e o considerável número de profissionais formados pelas centenas de faculdades existentes na capital e no interior, qual a destinação dessas pessoas que buscam a dignidade através do emprego?

A verdade é que o Maranhão não tem indústrias de grande porte e tem servido como um mero exportador de alumínio e minério de ferro. O agronegócio da cana de açúcar e da soja geram números pequenos e limitados de empregos e são produtos de exportação. O sonho da refinaria foi totalmente destruído pela corrupção a partir dos políticos e apesar de termos um grande porto, temos nos tornado escoador de riquezas de outros Estados, ficando com apenas uma mínima fatia do bolo.

Como se absorver essa crescente mão de obra, que é colocada no mercado todos os anos. O empreendedorismo é importante, mas são poucos os que conseguem sucesso, e com a crise e os negócios cada vez bem limitados, os conflitos são inevitáveis, o que dá origem a desvios de condutas e inserção de muitos jovens no submundo criminal.

Se não houver um equilíbrio, na proporção que for crescente o desemprego, o número de formação de obra por cursos profissionalizante e todos os formados pelas centenas de faculdades, com certeza haverá sempre necessidade de aumentar o efetivo policial, a compra de viaturas e armas, construção de presídios, os inevitáveis confrontos, as mortes de muitos inocentes e as previsões são inimagináveis.

 

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