O crime praticado por um “gangster” travestido de jornalista

A maioria das pessoas que me acompanham sabem que eu tenho o registro profissional de jornalista. Somente os mais próximos, porém, sabem que também sou formado e licenciado como investigador privado.

Nunca ouvi dizer, em nenhuma das funções, que é permitido violar a lei no curso de uma investigação. Independente do motivo.

Dizer que uma denúncia contra Greenwald é violação à liberdade de imprensa é o mesmo que dizer que a prisão do Fernandinho Beira Mar é uma violação à liberdade de mercado.

Glenn é um criminoso.

O “The Intercept” não recebeu uma denúncia e publicou-a, com mero interesse jornalístico. O caso é o pagamento sistemático de um hacker, para a violação ilegal do sigilo telefônico de autoridades, com clara intenção de manipulação política. Pra piorar, tudo isso feito por um estrangeiro.

Me envergonha profundamente que grande parte da imprensa saia em defesa do acusado. Sua conduta fere fortemente a ética e a dignidade da profissão. Prestar-lhe solidariedade, então, é uma demonstração de desprezo para/com os valores do ofício.

Infelizmente, grande parte dos membros da mídia já esqueceu, há muito, o que é profissionalismo. Tornaram-se meros militantes partidários, escritores de folhetim, que aceitam qualquer coisa em nome da ideologia.

Triste fim de uma honrada profissão.

“A maior arma do nosso partido é a imprensa.” (STALIN, Josef)

Felipe Fiamenghi

O Brasil não é para amadores.

 

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