Ex-diretor da Casa de Detenção de Pedrinhas deixa a prisão e pode abrir a boca sobre ordens que executava

        gordoOs advogados João Damasceno e Lúcio Henrique conseguiram junto a justiça a revogação da custódia do bacharel em direito Cláudio Barcelos, ex-diretor da Casa de Detenção do Complexo de Pedrinhas, acusado de haver colocado em liberdade três assaltantes de bancos mediante compensação financeira.  Os dois advogados argumentaram para a revogação da custódia, a ausência de pressupostos acautelatórios e os princípios da inocência presumida, observando que a prisão foi decretada para garantir a ordem pública. Com a demissão de Cláudio Barcelos, da Casa de Detenção e também por ele não ser funcionário do Sistema Penitenciário, não tem como interceder nas investigações e muito menos o poder de coagir testemunhas. Os argumentos levaram a justiça a colocar o acusado em liberdade, tendo às primeiras horas da noite passada sido posto em liberdade, deixando uma cela em que estava recolhido no Quartel da Policia Militar.

            A Superintendência Estadual de Investigações Criminais teria indiciado mais quatro pessoas sem revelar os nomes, as quais estão em liberdade. A verdade é que a liberdade dos três assaltantes de bancos não teria sido uma decisão do Cláudio Barcelos. Há suspeitas de que teria recebido ordens superiores e que as negociações não passaram diretamente por ele, tendo apenas recebido a determinação para cumprir a ordem. A SEIC deverá chegar a outros implicados e aos verdadeiros mandantes, dependendo do próprio Cláudio Barcelos, que sem dúvidas é portador de informações que podem comprometer muita gente. É bom lembrar, quando da sua prisão houve várias tentativas de pessoas da SEJAP, à época tentando interceder no inquérito policial, mas foram impedidos pelos delegados da SEIC e do próprio secretário Marcos Afonso Júnior, que inclusive pediu para apurar todos os fatos com a maior transparência.

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