Estado de calamidade no Maranhão poderá ser o caminho para caixas às eleições de 2022

O estado de calamidade pública no Maranhão aprovado ontem pela Assembleia Legislativa do Estado sem maiores questionamentos e com solicitação do governador Flavio Dino para ser estendido até o último dia do presente exercício, causou revolta ao pequeno grupo da oposição. Do universo de 42 deputados que compõem o Poder Legislativo Estadual apenas os deputados César Pires, Moyses Yglésio e Welington do Curso se manifestaram contrário, alguns que se dizem oposição e que tentam mostrar  para a população que defendem interesses coletivos atenderam a ordem vinda do Palácio dos Leões para a aprovação do Estado de Calamidade, sem falarmos nos interesses pessoais.

Para o deputado Yglésio, o parlamento estadual está dando um “cheque em branco” ao governador e aos prefeitos para gastarem recursos públicos da maneira que entenderam, inclusive fazendo negociações com a dispensa de licitações, o que é muito sério e grave. Uma observação feita pelo parlamentar é que existem muitos recursos destinados para a covid-19 em prefeituras e no governo.

A verdade é que com a fiscalização do Ministério Público de Contas, do TCE e da Controladoria Geral da União, a identificação de desvios de recursos é constante, quanto mais agora que vão poder fazer quase tudo com a deliberação da Assembleia Legislativa do Estado.

Com absoluta certeza, muitos políticos vão fazer caixa com dinheiro público para as eleições de 2022, em que inúmeros deputados que aprovaram a Calamidade Pública devem ser beneficiados e quanto à questão de transparência muito frágil, quando era para existir, quanto mais agora que prefeitos e o governador podem fazer tudo e não duvidem, como querem.

Fonte: AFD

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