Deputados derrubam veto e garantem R$5,7 bilhões para campanha eleitoral

Para petista, tirar bilhões que poderiam ir para Saúde ou Educação, por exemplo, e usar em campanhas é “conquista da Democracia”

Os deputados se reunirão na véspera do recesso parlamentar para derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro ao fundão eleitoral e garantiram, por 317 votos a favor e 143 contra a destinação de R$ 5,7 bilhões para bancar as campanhas eleitorais do ano que vem. A hipocrisia ficou bem escancarada, quando muitos deputados que gritam por mais saúde, mais educação e defendem programas de combate a fome, não hesitaram em garantir mais dinheiro para as campanhas políticas de 2022.

Enquanto uns poucos defenderam que a tecnologia tornou muito mais barata a realização de uma campanha, ainda que em nível nacional, outros como o petista Arlindo Chinaglia (SP) tentam fazer parecer que tirar do Orçamento bilhões que poderiam ir para Saúde ou Educação, por exemplo, e usar em campanhas eleitorais trata-se de uma “conquista da Democracia”.

Chinaglia chegou a dizer que o financiamento público garante que os parlamentares não fiquem devendo favores, dando a entender que essa era a prática antes com o financiamento empresarial. O petista esquece, entretanto, que o financiamento público é garantido por dinheiro do contribuinte e que a “dívida” deve ser para com eles.

O veto foi analisado pelos senadores e já foi derrubado, garantindo os bolsos cheios para as campanhas e o recesso para que o contribuinte, que pagará a conta, esqueça quem destinou R$ 5,7 bilhões para políticos.

Diário do Poder

 

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