Deputado Yglésio Sousa pede CPI para investigar transferências suspeitas no curso de Medicina da UEMA de Caxias

São inúmeras as justificativas apresentadas à justiça nos pedidos de liminares para transferências de alunos de cursos no exterior e em faculdades particulares, com vistas ao ingresso gracioso no curso de medicina da Universidade Estadual do Maranhão. Doenças psicológicas e distância da família são os principais motivos que levaram a Justiça conceder liminares para que alunos que não passaram pelo tradicional processo seletivo da Universidade Estadual do Maranhão fossem matriculados no Curso de Medicina da UEMA (Campus Caxias), o que não impede eles de concorrerem pelo sistema correto do concurso vestibular.

A denúncia foi feita em plenário pelo deputado César Pires e posteriormente o deputado Yglésio de Sousa foi procurado por grupos organizados de alunos, os quais relatam que são bastante suspeitas as liminares proferidas pela justiça, sem a devida observância da maneira correta e competitiva para o ingresso no curso de medicina da UEMA de Caxias, um dos mais concorridos do Estado.

Depois de fazer um levantamento da seriedade do problema, em que os universitários denunciam que os contemplados pelas facilidades da justiça são alunos de faculdades e universidades estrangeiras que estão sendo matriculados no curso de Medicina da UEMA extrapolando a capacidade de cada turma que é de 35 alunos. Há turmas superlotadas com as decisões proferidas. Importante destacar que não há edital que garanta a transferência externa de alunos.

“Não é menosprezar o problema de depressão. Mas quando você tem 17 decisões no mesmo sentido, todas as medidas liminares concedidas pelo mesmo magistrado. Nós começamos a ver problema em um curto horizonte”, disse o deputado Dr. Yglésio  na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado. O parlamentar destacou que a UEMA não pode ser vítima de sucateamento do ensino superior, em especial no curso de medicina. “As universidades têm que estar preparadas para receber os estudantes e isso demanda infraestrutura. Tem que ter laboratório suficiente para os estudantes. Garantir uma estrutura que seja compatível com a quantidade de alunos, defendeu o deputado Yglésio de Sousa, salientando que o acesso ao ensino superior público deve ser através do concurso público e não através de uma simples liminar enxertando alunos na UEMA, sem terem passado pelo processo de competição dos demais.

O deputado e médico Yglésio de Sousa já teria conseguido 15 assinaturas para o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI para investigar a realidade das facilidades criadas pela justiça para desestabilizar totalmente o curso de medicina da UEMA de Caxias.

O problema vem tomando proporções sérias, uma vez que os alunos que submeteram ao tradicional vestibular para o ingresso no curso superior já estão fazendo movimento, diante de que apesar da UEMA ter recorrido de todas as liminares concedidas, nenhuma delas teve o mérito julgado e a porteira continuará aberta para juízes expressarem os seus entendimentos e prejudicar totalmente a qualidade de ensino da Faculdade de Medicina da UEMA de Caxias.

Agência Assembleia

 

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