Covid-19 avança em São Luís e regiões do Estado com o sério risco de uma nova onda

            O Governo do Estado não consegue mais esconder a sua preocupação com o avanço da covid-19 em São Luís e em algumas regiões do Maranhão. A ocupação de leitos em nossa capital já ultrapassou os 83% e medidas urgentes estariam sendo adotadas com a instalação de mais em outros estabelecimentos de saúde. A redução de atendimentos para consultas e procedimentos cirúrgicos já é uma realidade e as UPAs do Vinhais e Parque Vitória passaram a atender casos de pessoas que apresentem sintomas ou que já estejam contaminadas para posteriormente serem encaminhadas para as unidades de hospitalização.

As medidas restritivas que suspendiam a realização de eventos com até 150 pessoas anunciadas, no mesmo dia foram suspensas e que posteriormente seriam objeto de debates do Governo do Estado com o Ministério Público.

Enquanto o governador Flavio Dino não se define em tomar uma decisão maior e forte para enfrentar a pandemia, se concentrando mais no discurso do uso de máscaras e evitar aglomerações, mas não adota rigor para quem desobedecer as medidas de prevenção. Em qualquer lugar dessa cidade em que você for não terá maiores dificuldades para se deparar com aglomerações. Nas paradas, nos terminais e no interior de coletivos o problema é sério com muita gente sem máscaras, nas feiras e mercados, na rua Grande, nas filas de bancos e assim as aglomerações se tornam bem crescentes, além do elevado número de pessoas sem máscaras.

Os empresários dos setores de eventos, bares, restaurantes e casas de drinks, se manifestam insatisfeitos com as restrições aplicadas a eles, enquanto o poder público vê com indiferença outros setores que funcionam sem qualquer prevenção, muitos dos quais com forte potencial para contaminação como os transportes coletivos superlotados.

Estão sendo aguardadas manifestações de restrições do Ministério Público e do Governo do Estado, que devem atingir as prévias e o período de carnaval, que inclusive estão proibidas. A verdade é que a classe empresarial do setor se sente altamente penalizada, principalmente os que fizeram investimentos para a adequação dos seus estabelecimentos as normas das autoridades e depois enfrentaram a frustração da suspensão.

 

Bruno Veras Nascimento

Se o povo não se concientiar da necessidade urgente de adotar as medidas de enfrentamento da COVID-19 não vamos pelo menos amenizar as transmissões.

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