Bruno Covas justifica como defasagem o aumento de 46% do próprio salário

Bruno Covas (PSDB), prefeito de São Paulo, alegou, em entrevista, nesta segunda-feira (28), que a “defasagem do teto salarial do município” foi a principal justificativa para o aumento de 46% no salário do gestor da capital, vice-prefeito e dos secretário, que foi autorizada por ele na quinta-feira (24), depois que a Câmara dos Vereadores aprovou.

“O teto está congelado desde 2013, quando tivemos o último reajuste. Durante esse período de 8 anos, a inflação foi algo em torno de 60 a 100%, dependendo do valor considerado. O valor do salário dos professores na rede municipal aumentou 80%. Então, hoje, o teto está defasado”, explicou Covas, em entrevista ao GloboNews.

Ele minimizou o valor dos novos salários citando que, apenas “em 2022, caso a pandemia já tenha passado”, serão postos em vigor os novos vencimentos e garantiu que o aumento era necessário para evitar que os servidores deixassem os cargos e migrassem para a iniciativa privada ou outras esferas do governo.

“Algumas carreiras que recebem pelo teto, como é o caso dos auditores fiscais, os funcionários começam a se preparar para concursos, para trabalhar no governo federal ou em outros governos estaduais ou municipais. Então, nós vamos perdendo esses servidores que recebem pelo teto. Aqui, não se trata apenas do salário do prefeito. Aqui, se trata da correção do teto”, completou.

Com a correção, os ordenados pagos a partir de janeiro de 2022 serão os seguintes:

  • Prefeito: R$ 35.462,00;
  • Vice-prefeito: R$ 31.915,80;
  • Secretários municipais: R$ 30.142,70.

A prefeitura de São Paulo tem 121.295 servidores, mas o aumento foi destinado apenas para prefeito, vice e secretários municipais.

Jornal da Cidade Online

 

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