Até quando os Poderes Constituídos irão se omitir diante da violência no Maranhão?

            aldir

  O velho discurso para justificar a violência, de que a problemática é nacional se perdeu no vazio. A princípio era a justificativa para os terríveis avanços, mas logo em seguida surgiu outra estratégia como engodo e tentativa frustrada de que estava havendo redução da criminalidade e mais precisamente de assassinatos, fazendo-se comparações com o ano anterior e gestão de outro governo, enquanto os números eram inferiores. Depois que o problema tomou celeridade com os assassinatos, assaltos a coletivos, assaltos a bancos, arrombamentos de caixas eletrônicos e saidinhas bancárias e a droga ocupando mais espaços cada vez determinados e impondo regras, a população ficando cada vez mais retraída, o velho discurso de que enfrentamento é sempre evasivo.

              O interessante dentro de todo o contexto é que quando a policia prende ou mata bandido segundo informam, a impressão que fica diante dos grandes alardes é de que as autoridades estão fazendo favor a população e não a obrigação constitucional de garantir o direito de ir e vir de qualquer cidadão que é extorquido pelos impostos cada vez mais crescentes e que não tem retorno de nada.

               Diante da inoperância para os assaltos a bancos e arrombamentos de caixas eletrônicos, os assaltos coletivos geralmente nos mesmos locais, a droga se tornou uma praga devastadora em todos os rincões deste estado e de maneira contundente em todas as comunidades da capital.

               A violência que já era visível dentro das escolas com as drogas em processo de crescimento constante, entrou em erupção e apesar do surgimento de alguns casos graves, o que está dentro do contexto é muito maior do que se possa imaginar.

                Os fatos cada vez mais cruéis e a inoperância cada vez maior das autoridades para o enfrentamento, o problema alcançou proporções inimagináveis, diante da crise institucional dentro da Policia Militar.

                Não se pode negar que ela teve início com a decisão do Governo do Estado, que aprovou na Assembleia Legislativa do Estado, uma Lei de Mobilidade Urbana, que dentro do seu contexto interferiu diretamente na estrutura da Policia Militar. A lei considerada arbitrária pelo Ministério Público reduziu o tempo dos militares em suas patentes e mandou para a reserva renumerada oficiais superiores altamente capacitados e com a responsabilidade de preparação de vários segmentos da tropa da capital e do interior.

               Do dia para a noite a Policia Militar perdeu referências importantes e maioria do colegiado do desenvolvimento de planejamento estratégico.

               A partir da iniciativa do Governo do Estado, os problemas são cada vez maiores e a instituição fica cada vez fragilizada com reflexos graves nas ruas diante de desvios de comportamentos e pressões oriundas de dentro da caserna.

                A demissão do coronel Raimundo Sá, do Subcomando Geral da PM e as inesperadas substituições de comandantes de unidades, são responsáveis por muitos descontentamentos. Há comentários de que o Comandante Geral já teria dado inúmeras demonstrações de deixar o cargo e o problema aumentou com as denúncias de violência institucional contra militares da base, entre cabos e sargentos, que estariam sendo vítimas de perseguição, com muitos deles sendo transferidos.

              A  bem da verdade, o que esperar de uma instituição como a Policia Militar, o principal aparelho de Segurança do Estado, que é formada por homens e mulheres de alta capacidade intelectual e formação dentro de princípios e valores éticos, sofrendo atualmente pressões e ingerências que impedem o seu pleno funcionamento em defesa da integridade dos cidadãos e dos seus patrimônios, em um momento em que a violência não dá tréguas para ninguém.

              Com a realidade posta, a violência com a droga fazendo estragos todos os dias e todas as horas e a crise instalada dentro da PM, a quem recorrer?

 

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