Nestor Cerveró ex-diretor da Petrobrás, preso por corrupção na Lava Jato pede ao STF anulação da sentença

Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras e delator da Operação Lava Jato, solicitou ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), a anulação de todos os atos da operação em que está envolvido.

O pedido foi feito nesta quinta-feira (26) pela defesa de Cerveró, que busca que Toffoli estenda a ele decisões semelhantes já concedidas a Marcelo Odebrecht e Raul Schmidt, que tiveram suas condenações anuladas.

A petição dos advogados de Cerveró baseia-se nos diálogos vazados entre procuradores da Lava Jato e nas conversas entre o então procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sergio Moro, obtidos pela Operação Spoofing, da Polícia Federal, em 2019.

A defesa alega que Cerveró teve seus direitos violados durante as investigações, devido a um suposto conluio entre a força-tarefa e Moro, comprometendo a imparcialidade do julgamento.

Cerveró, que ficou preso de janeiro de 2015 a junho de 2016, firmou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) em Brasília, em 2015, devolvendo R$ 18 milhões à Petrobras. Caso Toffoli não acolha o pedido, a defesa solicita que o ministro conceda a anulação de todos os atos da Lava Jato contra o ex-diretor por iniciativa própria.

Só falta pedir de volta os R$ 18 milhões, que ele devolveu aos cofres públicos como reconhecimento dos seus atos de corrupção deslavada, mas com certeza, o que poderá ocorrer caso seja bem sucedido na primeira empreitada. Os corruptos são insaciáveis e muitas vezes são contemplados pela justiça brasileira.

Jornal da Cidade Online

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