O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, disse que o risco de uma ruptura nos últimos anos era maior do que se pensava. “As investigações estão revelando que nós estivemos mais próximos do que pensávamos do impensável. Nós achávamos que já havíamos percorrido todos os ciclos do atraso institucional para ter que nos preocupar com ameaça de golpe de Estado quando já avançado o século 21”, disse.
Barroso afirmou que essa tranquilidade só foi rompida com as “tramas golpistas” que vêm sendo ventiladas em narrativas através de estranhas investigações da Polícia Federal envolvendo integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Esse problema só entrou no radar da sociedade brasileira, infelizmente, nos últimos anos. E vai ficando para trás. Mas entrou de uma maneira muito preocupante”, enfatizou. O ministro também criticou “politização das Forças Armadas” que, segundo ele, também participaram das tentativas de desacreditar as eleições de 2022.
“Foram manipulados e arremessados na política por más lideranças. Fizeram um papelão no TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. Convidados para ajudar na segurança e para dar transparência, foram induzidas por uma má liderança a ficarem levantando suspeitas falsas”, afirmou Barroso.
As afirmações de Barroso reforçam as narrativas de que existe um “plano” do “sistema” contra Bolsonaro: uma prisão meramente política.
Jornal da Cidade Online